Um Inferninho celestial

A maior edição do Inferninho Trabalho Sujo, que aconteceu nesta quinta-feira, também foi uma experiência auditiva. Se nas outras edições privilegiávamos o calor humano de um espaço pequeno em que bandas poderiam aquecer ainda mais a noite com o volume de seu som, desta vez trazendo para o palco de pé direito alto da Casa Rockambole optamos por uma edição celestial em que a sensibilidade e a delicadeza estivessem em primeiro plano, sem que isso diminuísse a temperatura da noite. E o crescendo musical e energético que começou com voz e violão e acabou com uma banda de rock fez o público subir a expectativa cada vez a cada nova apresentação, devidamente saciada após cada um dos shows.

Assista abaixo:  

Inferninho Trabalho Sujo apresenta Sessa, Tangolo Mangos, Marina Nemesio, Luiza Villa, Tori e Júlia Guedes

A primeira edição do Inferninho Trabalho Sujo de setembro é das grandes! Vamos reunir cinco shows na próxima quinta-feira, dia 5, na Casa Rockambole. Quem abre a noite é a novata paulistana Luiza Villa, mostrando suas primeiras composições solo, seguida do encontro das cantoras sergipana e mineira Tori e Júlia Guedes, misturando os próprios repertórios. Depois é a vez de Marina Nemesio mostrar as músicas que farão parte de seu primeiro disco solo. E ainda temos a banda baiana Tangolo Mangos encerrando uma extensa turnê que fizeram pelo Brasil no útlimo mês, antes da atração que fecha a noite, quando Sessa sobe ao palco para mostrar as músicas de seu disco mais recente, depois de fazer uma turnê pela Europa. Entre os shows, duas duplas discotecam: primeiro Lina Andreosi e Clara Bright e depois eu e a Francesca Ribeiro, deixando a noite ainda mais quente e fluida. A Casa Rockambole fica na Rua Belmiro Braga, 119, em Pinheiros, os shows começam a partir das 19h e os ingressos podem ser comprados neste link.

David Cross tocando King Crimson em São Paulo!

E a Balaclava aperta a veia prog ao anunciar mais um showzaço esse semestre, desta vez trazendo o violinista, tecladista e flautista David Cross, integrante de uma das fases clássicas do cabeçudaço King Crimson, para uma apresentação em que, ao lado de seu conjunto, irá tocar a íntegra do soberbo Larks’ Tongues in Aspic (1973), além de músicas dos discos Starless and Bible Black e Red, ambos lançados há 50 anos. O show acontece dia 28 de novembro na Casa Rockambole e ainda contará com uma roda de conversa antes do show em que Cross falará ao lado do baterista de sua banda (Jeremy Stacey, que toca na fase atual do King Crimson) e do produtor e empresário iugoslavo Leonardo Pavkovic, que à frente do selo MoonJune Records, mantém a chama progressiva acesa até hoje. Os ingressos já estão à venda.

A expansão do Inferninho Trabalho Sujo

A novidade do segundo ano do Inferninho Trabalho Sujo é que a festa vai para além do Picles. Dedicada a apresentar novas bandas às que já existem, criei a festa há um ano transformando as sextas-feiras do Picles numa incubadora de talentos que mistura tanto artistas iniciantes quanto outros já estabelecidos para aproveitar o calor da cena musical brasileira pós pandemia. Em seu primeiro ano, a festa já já contou com artistas novíssimos como Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo, Pelados, Varanda, Os Fadas, Monch Monch, Madre, Tangolo Mangos, Desi e Dino, Janine, Mundo Vídeo, Boca de Leoa, Odradek, Fernê, Madrugada, Cianoceronte, Schlop, Monstro Bom, Manu Julian, Celacanto, André Medeiros Lanches, Ondas de Calor, Skipp is Dead, Lauiz, Fernanda Ouro, Grisa e Tiny Bear e nomes já consagrados da cena independente brasileira como Ava Rocha, Yma, Grand Bazaar, Test, Patife Band, Di Melo, Rafael Castro, Tagore, Lulina, Garotas Suecas, Filarmônica da Pasárgada, Xepa Sounds de Thiago França, Luna França, Laurie Briard, entre outros. E a partir deste mês começo a explorar novas casas de shows, novos formatos e horários para espalhar a palavra do Inferninho por aí. A primeira delas acontece neste sábado, dia 17, no Porta, quando recebemos a banda Celacanto. No dia 23, uma sexta, seguimos no Picles trazendo o tradicional show anual da Fernê ao lado da banda Monstro Bom, que está lançando seu disco de estreia. Na sexta seguinte, dia 30, vamos pro Cineclube Cortina, quando teremos o lançamento do segundo disco da banda catarinense Exclusive os Cabides, Coisas Estranhas, com abertura da banda paulistana Os Fonsecas (ingressos à venda por aqui). E na outra quinta-feira, dia 5 de setembro, fazemos uma versão ainda maior na Casa Rockambole, trazendo os trabalhos das cantoras Luiza Villa, Marina Nemésio, Tori e Júlia Guedes, a banda Tangolo Mangos e o grande Sessa (ingressos à venda neste link). Em todas as apresentações estarei sempre bem acompanhado na discotecagem com as queridas Francesca Ribeiro, Lina Andreosi, Pérola Mathias e Bamboloki, que me ajudam a deixar essa nova fase ainda mais quente. Vamos?

Bar Italia no Brasil!

Mais uma bola dentro da Balaclava, que acaba de anunciar a vinda do grupo inglês Bar Italia para o Brasil – e não apenas para São Paulo. O trio londrino pisa em solo brasileiro pela primeira vez numa pequena turnê que acontece entre os dias 7 e 14 de dezembro, quando passam pelo Recife (dia 7, no festival Coquetel Molotov), São Paulo (dia 10, na Casa Rockambole), Curitiba (dia 12, no Jokers, com abertura do grupo Terraplana) e Belo Horizonte (dia 14, dentro do festival Música Quente, na Autêntica). Bebendo tanto do rock alternativo dos anos 80 quanto do indie rock dos anos 90, o grupo conta com a vocalista Nina Cristante como sua arma secreta e lançaram dois discos pela gravadora nova-iorquina Matador, Tracey Denim e The Twits. E os ingresoss já estão à venda por este link.