Trabalho Sujo - Home

Olha a Lulina vindo aí…

Se você já fechou sua lista de melhores do ano no primeiro dia de dezembro você está errado, porque ainda tem muito disco bom pra dar as caras ainda em 2025. Um deles foi avisado de supetão pela própria Lulina, que me pediu pra avisar que está prestes a lançar o segundo volume de sua colaboração com o compadre Hurso. Vida Amorosa que Segue – Volume 2 segue a linha City Pop do primeiro disco para continuar falando (mais) das agruras e (do que das) delícias da vida romântica, O novo disco sai de uma vez no próximo dia 15, não tem single, mas ela adianta em primeira mão para o Trabalho Sujo a bela capa do novo álbum.

Azul Pelados

Bem bonita a recém-revelada capa do disco novo dos Pelados, Contato. Sem firulas (nada de foto dos integrantes, título, nem sequer o nome da banda), ela só reforça a vibe de ficção científica retrô que parece pairar sobre o disco com efeitos gráficos analógicos. Uma das vantagens de ter uma vocalista, a sensível Manu Julian, que também é uma baita artista plástica. O terceiro disco da banda paulistana sai na próxima quinta.

Lá vem o Mateus Fazeno Rock…

O cearense Mateus Fazeno Rock desde o início do ano vem preparando o terreno para seu novo momento, quando lança seu terceiro disco, Lá Na Zárea Todos Querem Viver Bem, no início do próximo mês, dia 1º de agosto. Produzido por Fernando Catatau (que também toca no álbum) e Rafael Ramos, o artista revela a capa do novo álbum em primeira mão para o Trabalho Sujo, depois de lançar os singles “Arte Mata” e “Melô do Sossego”.

“As ilustrações que compõem a capa foram criadas por Suellem Cosme, aqui do Ceará, que reside em Fortaleza e trabalha com gravura, cerâmica e tal”, me explica o próprio Mateus por email, ao reforçar que a ilustração saiu de uma estampa que a artista fez para a toalha de mesa do clipe de “Melô do Sossego”. “Ela tem uma pesquisa que coincidiu com o nossa nossa pesquisa de identidade visual, buscando imagens e referências de festividades negras em algum sentido, e o trabalho dela, atualmente, está muito baseado nesse lugar”, rerforçando a luz da imagem escolhida, como “dourada, solar, que traz nessas cores a subjetividade que o álbum representa”. Veja abaixo os dois clipes já lançados e a relação do nome das músicas do disco, que ele também antecipou pra cá:  

O Amor da Lupe de Lupe

Eis a capa do disco novo da Lupe de Lupe, que chama-se Amor e será lançado no próximo dia 1º de julho. O disco conta com participações de Estevan Cípri Barbosa, Ricardo de Carli e Filipe Monteiro como bateristas e arranjos de cordas feitos por Felipe Pacheco Ventura e tem apenas quatro faixas. Mas se o formato do título das três novas faixas anunciadas – “Vermelho (Seus Olhos Brihando Violentamente Sob os Meus)”, “Se Nosso Nome Fosse Um Verbo (Canibalismo como Forma de Amor)” e “Uma Bruta Realidade (O Nosso Jatobá)” – forem uma pista para a duração extensa de cada música – como aconteceu com “Redenção (Três Gatos e Um Cachorro)“, com quase 10 minutos – teremos um disco épico com apenas quatro faixas. Imagine os shows.

Like a Virgin

“A cor do álbum é clara”, explicou Lorde ao anunciar a capa e o nome de seu quarto disco, batizado de Virgin. “Feito água do banho, janelas, gelo, cuspe. Transparência total. A linguagem é simples e sem sentimentalismo. Os sons são os mesmos sempre que possível. Estava tentando me ver, por inteiro. Tentei documentar algo que refletisse minha feminilidade: crua, primitiva, inocente, elegante, sincera, espiritual, masculina.” Trazendo em sua capa azulada um raio X de um quadril em que pode se ver a fivela de um cinto, o zíper e os botões de uma calça e um DIU, Virgin (que já está em pré-venda) será lançado no dia 27 de junho, terá 11 faixas e é produzido por Lorde e Jim-E-Stack, além de ter participações de Fabiana Palladino, Andrew Aged, Buddy Ross, Dan Nigro e Devonté “Blood Orange” Hynes. Mas não há notícia sobre novos singles – além, claro, do recém-lançado “What Was That” – até lá.

Marina Sena orgânica

Marina Sena lança seu Coisas Naturais nesta segunda-feira à noite, quando parece tentar retomar suas raízes musicais, quando era uma artista mais orgânica do que um fenômeno pop. A capa do novo disco – sem Photoshop nem inteligência artificial – tenta traduzir esse novo momento da cantora mineira, pinçando inclusive referências setentistas para sua nova fase (um retrato da Gal ali e outro do Marku Ribas acolá, veja abaixo). Vamos ver o que ela está aprontando…  

Ilessi nos mostra o Atlântico Negro

Eis em primeira mão a capa de Atlântico Negro, quarto disco solo da cantora carioca Ilessi, que será lançado nesta quarta-feira, Dia da Consciência Negra. O disco, gravado originalmente no ano passado, seria lançado no início deste ano, mas problemas de saúde da cantora obrigaram o disco a ser adiado. “Às vezes não entendemos muito as razões das coisas, mas acho que o disco ser lançado agora, neste ano tão importante, faz sentido”, me explica por áudio. “2024 foi difícil em um plano macro, com perdas da natureza, retrocessos políticos e guerra. A força de um disco como esse, lançado no Dia da Consciência Negra, mostra que a vida é sábia, mesmo quando a questionamos.” Criado após uma sessão catártica na Áudio Rebel no final de 2022, o disco reuniu a canotra a Marcelo Galter, Ldson Galter e Reinaldo Boaventura para celebrar os compositores negros brasileiros, algo que foi ganhando outros contornos à medida em que a banda se entrosava no estúdio, “A gente começou um processo tão integrado, algo difícil de explicar, como se acontecesse uma intimidade sem tanto tempo de convivência, uma intimidade que às vezes é mágica mesmo, que a música traz, que é a identificação musical e algo da minha fé, da ordem espiritual mesmo.”, continua a cantora. “Fizemos dois ensaios, cada período de ensaio com mais ou menos uma semana em tempos passados, e eu entendi que era uma coisa muito de grupo.” A capa, fotografada já em 2024, veio justamente fechar o ciclo pessoal de saúde que Ilessi havia atravessado. “Eu passei por uma série de problemas este ano, perdi o útero e isso foi muito difícil para mim”, detalha. “A sensação que tenho é que essas doenças, tumores, são violências acumuladas, até de outras vidas e existe uma simbologia muito forte em relação ao renascimento”. Ela conta que fez as fotos logo no primeiro dia que foi liberada do repouso absoluto, que a deixou em casa por um bom tempo após a cirurgia. “Sair do mar simbolizou nascer de novo, uma purificação”, ela continua, explicando que se inspirou numa imagem que viu num perfil de astrologia, que mostrava uma mulher negra saindo do mar revolto. “Era aquilo que eu queria transmitir. A sensação que tive ao ver a foto foi todo o simbolismo do Atlântico, da travessia e lembrei do livro Escravidão, do Laurentino Gomes, que tem um trecho sobre a travessia e a quantidade de corpos jogados no mar durante séculos. Alguma coisa despertou em mim naquela foto, como se fosse nós emergindo das profundezas e ressignificando tudo.” A foto foi feita às cinco da manhã na Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, e Ilessi lembra emocionada: “O céu estava rosa, rosa forte, e foi mudando de cor, ficando laranja. Foi incrível, como se nós estivéssemos ficando da mesma cor da natureza, nos integrando a ela ou ela a nós. Na verdade, somos uma coisa só.” Ouça abaixo o primeiro single do disco “Cativeiro de Iaiá / Evém o Nego Paturi”, lançado nesta segunda:  

O Colinho de Maria Beraldo

Eis a capa de Colinho, segundo disco solo de Maria Beraldo, que sua autora vem cozinhando há algum tempo e que finalmente está prestes a colocar no mundo. O sucessor do ousado Cavala é mais uma parceria da compositora com o produtor Tó Brandileone, contará com participações especiais (e pelo teor de um repost, Ana Frango Elétrico é uma delas), tem em Kendrick Lamar uma de suas principais referências (como contou em um stories) e terá seu primeiro single lançado na semana que vem. São as boas notícias do segundo semestre que não param de chegar!

“It ain’t HIM, babe…”

A produção do filme A Complete Unknown sobre os primeiros anos de Bob Dylan (com o menino do Duna no papel principal) parece estar indo um pouco longe demais… Olha o disparate que é a recriação dessa capa do Freewheelin’ Bob Dylan? Qual é a necessidade disso? Acho que isso não se justifica nem se o filme for bom… E reforça a minha sensação de cosplay…