Bufo Borealis ao natural

Grupo de jazz funk idealizado pelo baixista Juninho Sangiorgio e pelo baterista Rodrigo Saldanha, o sexteto Bufo Borealis está prestes sa lançar seu terceiro álbum, batizado de Natureza, que consideram seu disco mais livre – e dão uma amostra do que vem por aí ao antecipar o segundo single, “Urca”, que será lançado nesta terça-feira, em primeira mão aqui no Trabalho Sujo. “É o nosso disco mais plural, com composições de todos os integrantes e referências que vão do On The Corner de Miles Davis ao Check Your Head dos Beastie Boys, passando por Curtis Mayfield e Lou Donaldson”, explicam os dois fundadores do grupo, que ainda conta com Anderson Quevedo (sax), Paulo Kishimoto (percussão e sintetizadores), Tadeu Dias (guitarra) e Vicente Tassara (piano). “Este trabalho mostra um claro amadurecimento e intensa conexão musical entre nós, que nos últimos anos fizemos inúmeras apresentações totalmente diferentes umas das outras, deixando a música cada vez mais aberta ao improviso e mais livre de estereótipos”. O disco sai no dia 6 de março e conta com participações da vibrafonista Nath Calan, do trompetista Daniel Gralha e do baterista Clayton Martin. “Urca”, com seus diferentes climas e atmosferas, é um bom exemplo do que os dois falam, e tem seu clipe dirigido pela videoartista Julia Ro, que também faz as projeções nos shows do Bufo, que o montou a partir de imagens filmadas pelos integrantes da banda.

Assista ao clipe abaixo:  

Inferninho Trabalho Sujo apresenta Bufo Borealis e Pelados – de graça!

E vamos encerrar mais um ano de Inferninho Trabalho Sujo nessa quinta-feira, quando retorno ao bom e velho Picles para receber duas bandas queridas que teriam se apresentado no mês passado caso a prefeitura de São Paulo não estivesse disposta a sabotar a própria população. Em um dos dias de blecaute que a cidade viveu recentemente, Bufo Borealis e Pelados se apresentariam no intenso sobrado no coração de Pinheiros no que seria a primeira edição do Viçafest, pois ambos grupos contam com Vicente Tassara na formação, que aproveitava a ocasião para coemmorar seu aniversário. Mas mesmo que a prefeitura e a Enel tenham lutado contra o Viçafest acontece nesta quinta-feira, dentro do Inferninho Trabalho Sujo e o melhor é que se você chegar antes das 22h não paga para entrar (só tem que retirar seu ingresso online antes neste link). O Picles fica no número 1838 da Cardeal Arcoverde e depois dos dois shows assumo a pista com a minha cúmplice caótica Bamboloki para nos despedirmos de 2024 em grande estilo. Vamos?

Delírio cósmico

Não foi apenas uma maravilha o encontro do Bufo Borealis com o guitarrista Lucio Maia no palco do Centro da Terra nesta terça-feira. A apresentação, batizada pela banda instrumental de Um Passo à Frente, realmente avançava adiante a cada minuto em que a noite mergulhava em sua escuridão, cada vez mais mexendo nas cabeças e corações do público que encheu o teatro para entrar naquela viagem. O amálgama jazz funk idealizado por Rodrigo Saldanha, Juninho Sangiorgio, Anderson Quevedo, Paulo Kishimoto, Tadeu Dias e Vicente Tassara começou a noite mostrando músicas de seu terceiro álbum, que ainda não tem data de lançamento definida mas deve sair entre este ano e o próximo, para só então receber o guitarrista pernambucano. Acompanhado do Bufo Borealis Lucio primeiro mostrou músicas de seu único álbum solo, o disco batizado com seu nome que lançou em 2019, para depois seguir o sexteto em composições de seus discos anteriores. E a cada nova jam, que atravessava minutos como se fossem horas e segundos ao mesmo tempo, o encontro das duas partes ia mostrando-se mais intenso e próximo, mas ninguém estava preparado para o que aconteceu quando os músicos caminharam rumo ao delírio cósmico que nos proporcionaram ao entrarmos num dos maiores momentos de melancolia psicodélica já ouvidos, quando erigiram um monumento não-palpável à tour de force que George Clinton provocou seu guitarrista Edie Hazel (à época da gravação, em 1971, com parcos 17 anos) a celebrar a dor da perda e a alegria da luz em homenagem à passagem de Jimi Hendrix. Ouvir “Maggot Brain”, do Funkadelic, esticada por dezesseis minutos no palco do Centro da Terra foi certamente um dos grandes momentos de 2024 – e não apenas para quem esteve presente nessa sessão especial. Afinal, essas frequências sonoras ainda estão por aí…

Assista abaixo:  

Bufo Borealis + Lucio Maia: Um Passo À Frente

Nesta terça-feira temos o prazer de receber mais uma vez a groovezeira pesada da banda Bufo Borealis no palco do Centro da Terra, que convida outro mestre da guitarra para participar de sua apresentação. E se no ano passado o grupo de jazz funk havia recebido Edgard Scandurra, desta vez é Lucio Maia quem comparece à apresentação do caldeirão de groove formado por Juninho Sangiorgio (baixo), Rodrigo Saldanha (bateria), Anderson Quevedo (sax), Paulo Kishimoto (percussão e teclado), Tadeu Dias (guitarra) e Vicente Tassara (piano). Juntos, os sete músicos visitam os dois primeiros discos da banda e os da carreira solo do guitarrista, além de passar por composições novíssimas que temperam esse encontro inédito. O espetáculo Um Passo à Frente começa pontualmente às 20h e os ingressos já estão à venda na bilheteria e no site do Centro da Terra.

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Centro da Terra: Setembro de 2024

Quando entrar setembro a programação de música do Centro da Terra promete ser épica. A temporada que ocupa cinco segundas-feiras chama-se Gole a Gole e é capitaneada pelo quarteto vocal Gole Seco, que dedica cada um dos dias à carreira individual de suas integrantes para finalizar numa grande apresentação conjunta. A primeira a apresentar-se é Niwa (no dia 2), que mostra um show chamado Disruptivas; depois (dia 9) vem Loreta Colucci com uma apresentação chamada Voz e Violão, ao lado do músico Luca Frazão. Na terceura apresentação (dia 16), Giu de Castro mostra Manual do Tempo de um Dia, feito em cima da obra do escritor e ator Gabriel Góes, que também estará no palco, e na quarta segunda-feira (dia 23), Nathalie Alvim traz Outro + um Tanto Daquilo que me Constitui, em que mistura seu trabalho autoral e intérprete. No último dia do mês (dia 30), as quatro fazem uma apresentação inédita do Gole Seco para encerrar a temporada. Nas terças-feiras, o trabalho começa no dia de aniversário de 23 anos do Centro da Terra (dia 3), quando o saxofonista Cuca Ferreira (que toca com o Bixiga 70, Corte e outros grupos), faz seu primeiro show solo apresentando o projeto CucaSounds, quando convida a bailarina Bia Galli e o cantor Giovani Cidreira, entre outros músicos, para desbravar um espetáculo batizado de Música em Busca de um Filme. No dia 10, a banda Jonnata Doll e os Garotos Solventes mostra o início do processo de seu novo disco no espetáculo A Próxima Parada, que tem a participação de Yma. Na terceira terça do mês (dia 17) é a vez do grupo de jazz funk instrumental Bufo Borealis mostrar o início de seu próximo álbum numa apresentação chamada Um Passo à Frente, que terá participação do guitarrista Lucio Maia. E a programação do mês termina na terça (dia 24), quando a vocalista Inês Terra, que mostra seu espetáculo Língua Fora, em que também participarão Paola Ribeiro e Panamby. Os espetáculos começam sempre pontualmente às 20h e os ingressos já estão à venda na bilheteria e no site do Centro da Terra.

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Jazz funk na sua cara!

Que bordoada esse show que a Bufo Borealis fez ao lado de Edgard Scandurra. O guitar hero paulistano por excelência já havia participado das gravações do primeiro disco do combo de free jazz fundado a partir de uma cozinha de formação punk: o baixista do Ratos de Porão Juninho Sangiorgio e o baterista Rodrigo Saldanha fundaram o grupo a partir de experimentos musicais inspirados pela fase elétrica de Miles Davis. Com Tadeu Dias na guitarra, Paulo Kishimito na percussão e teclados, Vicente Tassara nos teclados e Anderson Quevedo no sax, o grupo enfileirava músicas de seus dois discos criando um parede sonora que entrou pelos poros de todos que lotaram o Centro da Terra nesta terça-feira. O acréscimo de Scandurra à formação trouxe um sniper para este batalhão enfurecido, que acertava com precisão para onde quer que apontasse sua guitarra. O final do show com versões para “In a Silent Way” de Miles Davis e “20th Century Schizoid Man” do King Crimson foi só o golpe baixo final que acabou por acachapar as expectativas de todos os presentes. Alguém anotou a placa do caminhão?

Assista aqui.  

Bufo Borealis + Edgard Scandurra: Escuridão

Maior satisfação receber o grupo instrumental Bufo Borealis baixa pela primeira vez no palco do Centro da Terra, que faz sua apresentação Escuridão com um convidado que já é da casa – o guitarrista Edgard Scandurra, que injeta uma dose de rock (e progressivo ainda por cima!) no caldeirão jazz funk do grupo paulistano. E o resultado é explosivo! Os ingressos estavam quase no fim, mas ainda dá pra comprá-los neste link e o espetáculo começa pontualmente às oito da noite. Vamo?

Centro da Terra: Março de 2023

Com o número de segundas-feiras de fevereiro reduzido pelo carnaval, deixamos para começar as temporadas no Centro da Terra em março. E para começar o ano em grande estilo, temos a presença da mestra Ná Ozzetti, que nos brinda com a primeira temporada de 2023, Três Duos e Um Trio, em que convida comparsas para passear por diferentes recantos da música brasileira. Na primeira segunda ela forma o trio do título com Fernando Sagawa (sax, clarinete e flauta) e Franco Galvão (violão), quando visitam as Dominguinhos, com arranjos próprios. Na segunda noite, o primeiro duo acontece ao lado do baixista Marcelo Cabral, quando Ná passeia pelo repertório dela e de outros autores contemporâneos. No dia 20, é a vez de formar um duo apenas com os sopros de Fernando Sagawa, quando passeiam por diferentes fases e autores da música brasileira e o último duo vem formado com o violonista Franco Galvão, em homenagem ao compositor paulista Vadico, trazendo também outros sambas do passado. Na primeira terça-feira do mês quem chega ao Centro da Terra é o quarteto carioca Oruã, liderado pelo herói independente do Rio de Janeiro Lê Almeida, que traz seu “free jazz de pobre, kraut de vagabundo, sem neurose” pela primeira vez ao palco do teatro, apresentando o espetáculo Passe. Na outra terça, dia 14, é a vez do grupo de jazz funk Bufo Borealis encontrar-se pela primeira vez com o guitarrista Edgard Scandurra, na apresentação que batizaram de Escuridão. E no fim do mês, as duas últimas terças ficam a cargo de Mestre Nico, que todos nós conhecemos por acompanhar Siba na percussão e vocal, que começa a mostrar seu trabalho solo na minitemporada De Andada no Tempo. Os espetáculos começam sempre às 20h e os ingressos para todas as apresentações já estão à venda neste link.

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