Fechando o ciclo

Rubinho Jacobina encerrou lindamente sua temporada Segurando a Chama nesta segunda-feira, fechando o ciclo de quatro apresentações em que além de testar um repertório inédito que fará parte de seu quarto álbum também azeitou uma química com os compadres Allen Alencar (guitarra e teclados), Gabriel “Bubu” Mayall (baixo) e Theo Ceccato (bateria), que nunca haviam tocado juntos, e toparam experimentar essas músicas inéditas, enquanto iam mexendo nelas pouco a pouco. Neste último episódio, Rubinho recebeu Juliana Perdigão que começou sua participação dividindo vocais e trazendo seu clarinete para a textura de instrumentos da banda tocando uma das novas do dono da noite, “Não Me Arranhe”, composta com Otto, para depois emendar duas de seu repertório – a parceria com Arnaldo Antunes (“Torresmo”) e a com Oswald de Andrade (“Anhangabaú”, de onde tirou o título de seu álbum de 2019, Folhuda, de onde saíram as duas canções) – e encerrar a dobradinha tocando “Xequerê”, do próprio Rubinho, numa noite com o astral quentíssimo apesar do frio lá fora. Foi demais.

#rubinhojacobinanocentrodaterra #rubinhojacobina #centrodaterra #centrodaterra2025 #trabalhosujo2025shows 123

Engatando a terceira

Na terceira noite de sua temporada Segurando a Chama no Centro da Terra, Rubinho Jacobina mais uma vez passou o verniz em suas novas parcerias com Otto, Nina Becker, Mãeana e Domenico Lancellotti, tirou a poeira de pérolas eternizadas por Adoniran Barbosa, Jackson do Pandeiro e Doris Monteiro ao lado da máquina de groove que vem azeitando com seus novos comparsas Allen Alencar, Gabriel “Bubu” Mayall e Theo Ceccato. O convidado da semana foi Péricles Cavalcanti, que pegou o violão de Rubinho e assumiu o centro do palco para mostrar as suas “Blues da Passagem”, “Quem Nasceu” e o novíssimo reggae “Na Babilônia” para o repertório dessa noite.

#rubinhojacobinanocentrodaterra #rubinhojacobina #centrodaterra #centrodaterra2025 #trabalhosujo2025shows 118

Abrindo a roda

Ruben Jacobina vai erguendo o que se tornará seu próximo álbum pouco a pouco na temporada que está fazendo no Centro da Terra e nesta segunda noite trouxe dois novos elementos além da banda que montou para estes shows, que estreou na semana passada. Desta vez, o trio formado por ele, Gabriel “Bubu” Mayall e Theo Ceccato tornou-se quarteto com a entrada do guitarrista Allen Alencar, que também trouxe um teclado e pedais para entrar na brincadeira, trazendo luzes mezzo psicodélicas mezzo românticas para a formação e deixando Rubinho mais solto para cantar – e assim será pelo resto da temporada, que pode ter outras surpresas. A noite, que, como a primeira, contou com parcerias inéditas do autor com Otto, Domenico Lancellotti, Nina Becker e Mãeana, além de hits da era de ouro do rádio brasileiro (como o “Mimoso Colibri” de Adoniran Barbosa e “Sei Lá”, eternizada por Doris Monteiro), também viu a primeira participação especial do mês, quando convidou a parceira Sílvia Machete para reverenciar Jorge Mautner, começando pela única parceria dele com o mestre, “Ba-Be-Bi-Bo-Bu”, que Sílvia gravou em seu primeiro álbum, produzido pelo próprio Rubinho.

#rubinhojacobinanocentrodaterra #rubinhojacobina #centrodaterra #centrodaterra2025 #trabalhosujo2025shows 110

Preparando o mês

Muito bom o início de temporada de Rubinho Jacobina no Centro da Terra, quando começou a mostrar em público músicas que deverão ser a base de seu próximo álbum, entre elas parcerias com Otto, Nina Becker, Domenico Lancelotti e outros camaradas. Além de seu sagaz violão jorgebeniano – sua mão direita amacia bem o groove acústico como poucos de seus contemporâneos conseguem -, Rubinho esteve acompanhado de uma cozinha montada para essa temporada, quando reuniu o baixo de Gabriel “Bubu” Mayall à bateria de Theo Ceccato, os três desvendando juntos os mistérios das músicas inéditas de Jacobina. Além delas, também pinçou músicas menos conhecidas de nosso cancioneiro, como faixas de Jackson do Pandeiro e um literal lado B de Adoniran Barbosa, “Mimoso Colibri”, que quando lançada estava no outro lado do compacto “Saudosa Maloca”, e encerrou a apresentação depois que o público pediu bis e ele sacou um de seus hits, a ótima “Artista é o Caralho”. Bom demais.

#rubinhojacobinanocentrodaterra #rubinhojacobina #centrodaterra #centrodaterra2025 #trabalhosujo2025shows 106

Para além do palco

A experiência Ava Rocha ao vivo sempre transcende o palco e não foi diferente nesta quinta-feira, quando ela mostrou mais uma vez seu suntuoso Nektar, desta vez no palco da Casa Natura Musical. A interação entre a cantora e compositora carioca com seu público é cada vez mais intensa – e ela desceu duas vezes para cantar no meio do povo, depois de entregar maçãs e bebida para os fãs embevecidos que estavam grudados na beira do palco. E amparada por uma banda (quase) sem guitarras, formada por Chicão Montorfano, Vini Furquim, Gabriel “Bubu” Mayall, Charles Tixier e Yandara Pimentel, ela não apenas passou pelo repertório do novo álbum, como visitou hits dos discos anteriores (incendiando os fãs com “Lilith” e “Joana Dark” ou a seduzindo em “Você Não Vai Passar” e “Transeunte Coração”) e outros sucessos populares que já incorporou ao novo show, como “Conselho” do grupo Revelação e “Todo Mundo Vai Sofrer” de Marília Mendonça. Ava no meio do povo é bom demais.

Assista aqui:  

Ava transcendental

Como sempre, um disco de Ava Rocha ganha novas camadas quando vai para o palco e, mais uma vez, ela foi além. Se seu Nektar gravado ao lado de Thiago Nassif e Jonas Sá já é um dos grandes acontecimentos musicais do ano, sua versão ao vivo abre novas janelas sensoriais a partir simplesmente da presença da cantora e compositora. A banda que ela reuniu (Chicão e Vini Furquim nos teclados, Gabriel “Bubu” Mayall no baixo, Charles Tixier na bateria e efeitos e Yandara Pimentel na percussão – uma banda sem guitarra) recriou o disco à risca, deixando-a à vontade para que ela o transcendesse. Ava é uma artista única e tem a capacidade de imantar o público com gestos e movimentos que, feitos por qualquer outro artista, não funcionariam. Ela consegue reunir qualidades do teatro, do cinema, do circo e da performance, colocando tudo a serviço de sua música, transformando gestos mundanos – como jogar papel picado pro alto, brindar cachaça, deixar a saia cair, equilibrar um copo na cabeça, enroscar-se num plástico – em sublimes. Completamente entregue, ela transforma seu corpo em veículo para a oração que é sua música e o néctar de purificação que extraiu de seu disco invadiu o público do Sesc Pinheiros neste domingo, grande parte dele formado por outros tantos artistas contemporâneos de Ava, todos bestificados com sua presença. Ela passeou por todo novo repertório e costurou com seus próprios hits (“Transeunte Coração”, “Você Não Vai Passar” e “Joana Dark”) com outros sucessos gigantescos (a trágica “Todo Mundo Vai Sofrer” de Marília Mendonça e o clássico samba “Conselho” de Almir Guineto, com a qual fechou o show), numa apresentação transcendental.

Assista aqui:  

Uma expedição à criatividade de Ava

Femme Frame, temporada de um mês que Ava Rocha deu início nesta primeira segunda-feira de novembro no Centro da Terra, foi uma expedição rumo ao processo criativo da cantora e compositora carioca. Ela começou acompanhada apenas por Victoria dos Santos na percussão, seguida logo depois pela guitarra dissonante de Gabriel “Bubu” Mayall, até que recebe a aparição mágica dos irmãos Gustavo e Tulipa Ruiz . As duas cantoras se encontraram na bela “Lilith”, composta por ambas para o disco mais recente de Ava, Trança, e se engalfinharam num dueto que culminou essa peregrinação ao cérebro de Ava. As próximas noites terão novas surpresas, não dê mole!

Assista aqui.  

Ricardo Dias Gomes: Missão/Emoção

Radicado em Portugal desde 2017, o cantor, compositor e músico carioca Ricardo Dias Gomes volta ao Brasil por um breve período e aproveitou este deslocamento para mostrar algumas músicas novas em uma apresentação no Centro da Terra. Acompanhado de Gabriel “Bubu” Mayall e Bianca Godói, o guitarrista e baixista da banda Do Amor, que também passou pelo grupo que acompanhou Caetano Veloso em sua fase Cê, Dias Gomes mostra músicas de seus trabalhos solo bem como canções inéditas em uma apresentação única que também um convite à simplicidade, nestes tempos tão intensos que atravessamos. O espetáculo Missão/Emoção começa pontualmente às 20h desta terça-feira, dia 18, e os ingressos já podem ser comprados neste link.

Lulina: Onde é Onde?

lulina-centro-da-terra

Imensa satisfação receber a querida Lulina com seu espetáculo em construção Onde é Onde? nesta terça-feira, 21 de maio de 2019, no Centro da Terra. A cantora e compositora pernambucana está prestes a lançar seu próximo álbum, o primeiro desde Pantim, de 2013, e chama parte dos músicos que a acompanharam neste processo – o tecladista Dudu Tsuda, o baterista Thomas Harres, o guitarrista Maurício Tagliari, o percussionista Igor Caracas e o baixista Bubu – para maturarem este novo repertório no pequeno palco do Sumaré. Conversei com ela sobre este espetáculo feito sob medida para o Centro da Terra, quando mostra suas novas canções que estarão em um seu próximo disco (mais informações aqui).