Boogarins 2015: “O que importa pra mim é ser, não ter”

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Os Boogarins já estão em turnê pelo exterior, colhendo os frutos de seu impressionante Manual (já ouviu?) e aproveitam a viagem para lançar mais um clipe do disco, desta vez em trânsito, da viajandaça “6000 Dias”.

Já ouviram o disco novo dos Boogarins?

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O disco novo dos goianos dos Boogarins – o elíptco Manual ou Guia Livre de Dissolução dos Sonhos – foi parar no New York Times e dá pra ouvir inteirinho aqui, uma semana antes do lançamento oficial.

Sério candidato a um dos discos do ano, dizaê.

Vida Fodona #511: Tive que sacrificar

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O primeiro Vida Fodona de outubro, só agora! Que vexame!

Ride – “Vapour Trail (Robert Smith Remix)”
Paul McCartney + Michael Jackson – “Say Say Say (2015 Remix)”
!!! – “Ooo”
Karina Buhr – “Pic Nic”
Elza Soares – “Pra Fuder”
Supercordas – “Espectralismo ou Barbárie”
Boogarins – “6000 Dias”
Deerhunter – “Breaker”
Ryan Adams – “Style”
Bárbara Eugenia + Rafael Castro – “Te Atazanar”
Rodrigo Ogi + Mao – “Estação da Luz”
Instituto – “Ossário”
Fabio Góes – “Nerves”
Skylar Spence – “Fall Harder”
Broken Bells – “It’s That Talk Again”
DJ Poulpi – “No One Knows When The Sky Falls”
Lana Del Rey – “Don’t Let Me Be Misunderstood”

Vem aqui.

Boogarins avassalador

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Depois de um show histórico no festival da Casa do Mancha (quem foi sabe), o grupo goiano Boogarins libera mais uma inédita de seu segundo disco – a hipnótica “6000 Dias”. Eles lançam seu Manual ou Guia Livre de Dissolução dos Sonhos no fim deste mês, quando também começam uma turnê européia que passa pela Inglaterra, Bélgica, Dinamarca, Noruega, Holanda, Suíça, Itália, Espanha, Portugal e França. O show de lançamento do novo disco acontece em São Paulo, no próximo dia 25, no Mirante 9 de Julho – depois disso o grupo só volta para o Brasil em novembro.

Ave Mancha!

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Nós da trupe Sussa – eu, Danilo, Pattoli, Babee e Klaus – fomos chamados pra dar início aos trabalhos do Fora da Casinha, o festival de oito anos da Casa do Mancha, que consagra a atual cena independente brasileira com o primeiro festival de indie rock realizado em São Paulo neste século. Na real é uma desculpa pra aplaudirmos pessoalmente este sujeito incrível que, na raça, vem adubando cada vez mais uma cena local e autoral, além de criar uma das melhores bolhas de otimismo da cidade (a incrível foto acima, com Samurai e a Ana de papagaios de pirata, foi tirada pela Kátia e eu tunguei de uma ótima história oral do Mancha contada na Vice). São dez atrações – Twinpine(s), Gui Amabis, Carne Doce, Supercordas, Maurício Pereira, Holger, Soundscapes, Stela Campos, O Terno e Boogarins – que mostram a amplitude e especificidade deste gênero, que também reunirá um verdadeiro quem é quem do indie rock brasileiro nesta década – não apenas de São Paulo, pois tem gente vindo de tudo quanto é lugar. Pra comemorar, vamos tocar só música brasileira. O festival começa às 16h deste domingo no Centro Cultural Rio Verde e os ingressos estão quase no fim!

Boogarins 2015: “Nesse labirinto de tédio”

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“Avalanche”, a primeira faixa do novo disco dos Boogarins a aparecer, ganha um clipe bem retrô assinado pelo pessoal do selo de fitas cassete Terry Crew.

Boogarins à sua frente

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O Manual ou Guia Livre de Dissolução dos Sonhos, o segundo disco dos Boogarins, é mais um daqueles discos que nos fazem pensar que 2015 vai acabar e ainda vão continuar aparecendo discos foda gravados e lançados neste ano. Mas antes de sua chegada oficial, que acontece no final do mês que vem, com direito a show no Mirante 9 de Julho dia 25 de outubro, a banda goiana relança seu primeiro disco Plantas Que Curam, com direito a três músicas ao vivo, duas delas inéditas. Uma delas, “À Sua Frente”, foi descolada antecipadamente para o Trabalho Sujo e foi gravada em Los Angeles, no estúdio da Lolipop Records. “Essa música foi uma das primeiras que escrevi e tocamos ela só nos primeiros shows em Goiânia, antes do Plantas ter sido lançado”, me explica o guitarrista Benke Ferraz. A música e a outra inédita, “Refazendo”, quase entraram no novo disco, mas ficaram de fora na seleção final. Saca só a viagem:

Boogarins 2015: “Eles não deixam ver o sol”

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Rapaz, esse disco novo dos Boogarins promete…

Esse registro da incrível “Avalanche” ao vivo no Centro Cultural São Paulo foi feito no final do mês passado, pouco antes da banda goiana embarcar na turnê de divulgação de seu segundo disco, Manual, que será lançado até o final deste mês.

Vida Fodona #509: Rejuvenescimento espiritual

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Fui a Brasília, passei pelo Rio e voltei.

Tame Impala – “Nangs”
Miley Cyrus + Flaming Lips – “Karen Don’t Be Sad”
Boogarins – “Avalanche”
Letuce – “Aristoteles Laugh”
BNegão & Os Seletores de Frequência – “Dias da Serpente”
Toro y Moi + Washed Out – “Want”
Modjo – “Lady (Hear Me Tonight)”
Major Lazer + MØ – “Lost”
Boss in Drama + Karol Conká – “Lista VIP”
Weeknd – “Can’t Feel My Face”
Max Romeo – “Chase the Devil”
Sinkane – “Yacha (Peaking Lights Dub Mix)”
Massive Attack – “Group Four”
Guilherme Arantes – “O Melhor Vai Começar”

Vem aqui.

Fora da Casinha 2015

Fora da Casinha

Nem lembro há quanto tempo conheço o Mancha, mas lembro perfeitamente da minha felicidade quando ele aceitou dividir uma Noite Trabalho Sujo na Trackers na primeira vez que fizemos shows na festa (com Bonifrate e Soundscapes). A parceria seguiu logo depois quando o convidei para repetir a dose na festa de 18 anos do Trabalho Sujo (quando ele convocou o MZK e o Curumin) e saquei que havia uma preocupação: Mancha, que fez seu nome junto à cena independente brasileira ao transformar sua própria casa em um dos melhores (e menores) palcos da cidade, era refém de um local.

Havia uma preocupação de expandir os horizontes espaciais da Casa do Mancha para que seu trabalho não ficasse preso a uma coordenada geográfica e ele já tinha algumas ideias na manga. A primeira delas confirma-se hoje, quando ele chamou o Trabalho Sujo pra ser o veículo que anuncia o primeiro Fora da Casinha: um festival de música independente brasileira que acontece durante o primeiro domingo de outubro. São 10 bandas que já passaram pela Casinha se apresentando continuamente por honestos 60 reais (40 reais o primeiro lote, não dê mole) – talvez a melhor relação custo/benefício da noite paulistana. O festival acontece no Centro Cultural Rio Verde e reúne Holger, Gui Amabis, Mauricio Pereira, Twinpine(s), Stela Campos, O Terno, Carne Doce, Soundscapes, Supercordas e Boogarins. Eu, Danilo, Klaus, Luiz e Babee estaremos presentes recebendo o público com a tranquilésima volta das Tardes Trabalho Sujo – não, a Sussa não morreu.

“Faz uns anos que flerto com extrapolar o limite físico da casinha, não ficar refém de um modelo de trabalho singular”, me explica o Mancha. “Já temos essa preocupação de não estagnar numa situação confortável e nos últimos dois anos realizamos algumas produções fora com resultados muito bons. Conforme fomos amadurecendo ficou mais latente a relevância do que podemos apresentar, então fui moldando a idéia de um festival que mantivesse a narrativa que temos na Casa do Mancha só que numa proporção maior.”

Ele conta um pouco da história do lugar: “A Casa do Mancha surgiu de um estúdio caseiro na sala da casa onde eu morava. Basicamente minha intenção era gravar minhas idéias, músicas de amigos e eventualmente juntar todo mundo pra mostrar o que a gente tava fazendo. Aconteceu isso e muito mais. Aos poucos as gravações ganharam melhor qualidade, aprendemos a tirar um bom som da sala e as apresentações se tornaram mais frequentes, disputadas por um público que buscava conhecer novos artistas. Tive pessoas incríveis que passaram anos comigo ajudando a conduzir a casinha como o Tomaz Afs e o Rafael Crespo e isso me fez perceber que existia ali um potencial para ajudar a alicerçar uma fatia da produção musical independente.”

Ele reforça o acerto de opção: “Por estar numa posição privilegiada, em contato com muitos artistas constantemente, vejo coisas incríveis na produção atual. Não é a realidade do grande mercado pois esse ainda é pautado pela lógica do consumo fácil, sem muitas preocupações com referências ou evolução. Mas agora, passada a comoção do acesso à tecnologia que facilitou as gravações, voltamos ao ponto que o artista se destaca pelas apresentações. Isso necessariamente progride a música ao vivo, tanto pro lado dos artistas quanto dos locais de show.”

Pergunto se é uma só edição ou se teremos outros Fora da Casinha depois desse: “O festival nasce como comemoração dos 8 anos da casinha”, diz. “Minha maior preocupação foi costurar artistas que representam bem nosso trabalho durante esse tempo, todos tem um forte laço conosco, são parceiros de longa data e estão nesse festival muito mais pela relação que eles tem com a casa do que qualquer outro motivo. Então vai ser uma festa de aniversário com amigos. E aniversário a gente faz todo ano, se tivermos fôlego e amigos pra comemorar sempre… Por que não?”

Os ingressos começaram a ser vendidos hoje e o primeiro lote custa só R$ 40. Não dê mole.