Mais um mashup do sagaz Raphael Bertazi reúne duas realidades numa mesma canção, mas desta vez Björk e Elza Soares se encontram longe da pista de dança – Elza entra com a faixa-título de seu emblemático Mulher do Fim do Mundo enquanto a islandesa comparece com sua épica “I’ve Seen it All”, tema do filme Dançando no Escuro. O título – Sambando no Escuro – é até previsível, mas o resultado é demais.
A morte de Fernando Brandt me fez lembrar dessa versão que Björk fez para “Travessia” – quem imaginaria que uma música daquele bando de mineiros influenciados por Beatles seria gravada por uma diva do pós-punk da Islândia? É só uma amostra da influência e importância do trabalho do compositor.
Björk acaba de revelar o primeiro trailer do centro da exposição sobre sua carreira que irá fazer no MoMA em Nova York, a instalação “Black Lake”, e pelo que dá pra sacar, vamos a uma viagem certamente existencialista pesada…
É uma idéia óbvia e, no caso dela, inevitável: o Museum of Modern Art de Nova York convidou Björk para criar uma exposição sobre sua carreira, que reúne objetos pessoais, memorabilia de clipes, discos e turnês, além de filmes e sons tirados do disco-aplicativo Biophilia e uma peça central chamada Black Lake, descrita como uma “experiência imersiva de filme e música de dez minutos” criada em parceria com o diretor Andrew Thomas Huang e a empresa de 3D Autodesk. O escritor islandês Sjón também foi convocado para dar uma nova dimensão à narrativa da exposição, que ficará em cartaz a partir de março até junho desse ano, além de dar origem ao catálogo Mid-Career Retrospective with New Comissioned Piece for MoMA.
Avisem ao André do MIS!
Mal Björk anunciou que iria lançar disco novo em 2015 e Vulnicura já vazou. O que poderemos esperar do novo disco de nossa islandesa favorita?
E esse achado do Stereogum? Nada menos que a Björk, com 11 anos, em vídeo, lendo um conto de natal na TV islandesa. Tudo bem que ela lê na própria língua natal e não dá pra entender nada, mas mesmo assim é um vídeo que vale a pena ser visto – aqui, ó.
Adventure Time talvez seja um dos grandes trunfos culturais dessa década, ainda crescendo lentamente rumo ao topo do pop. A popularização do desenho já está em estágio avançado de massificação e se você não sabe do que se trata, faça-se o favor de se informar e cair na melhor psicodelia do século até agora. Os personagens do programa do Cartoon Network aos poucos estão se embrenhando em nosso inconsciente e não duvide se 2015 assistir ao momento em que eles se tornarão mais populares que o Mickey, o Snoopy ou o Super Mario para todas as faixas etárias. Essa compilação de capas de discos clássicos mashupadas com o imaginário do título, reunida por este blog, já dá uma vaga noção de que o desenho não é mais um segredo entre crianças apaixonadas, pais vidrados e doidões deslumbrados:
A quem interessar possa: Björk avisou pelo Facebook que não poderia comparecer ao London Film Festival essa semana, que iria exibir seu Biophilia Live porque, ora vejam só, ela está gravando disco novo, que será lançado em 2015.
Outono assim sim.
Lily Allen – “Everybody’s Changing”
Chromeo + Solange – “Lost on the Way Home”
Arnaldo Baptista “Hoje De Manhã Eu Acordei”
Rafael Castro – “Apagada a Luz”
Spoon – “I Turned My Camera On”
Tears for Fears – “Mad World”
Pipo Pegoraro – “Radinho”
Giancarlo Ruffato – “O Homem da Casa”
Radiohead – “Unravel”
Work Drugs – “Rolling in the Deep”
David Bowie – “Life on Mars”
Neil Young – “My Hometown”
Sebadoh – “New Worship”
Pink Floyd – “Dogs”
Sério!
Que viagem.