Essa idéia é bem boa, deviam pensar nisso a sério:
Quer dizer, deviam nada – não duvido que, depois de algumas centenas de reuniões, lançassem um “biscoito da geração internet” com @ no lugar do A, referências ao Twitter ou ao Facebook, algum cruzamento entre esporte radical e usar mouse pra “interagir com a galera”. Melhor não. Vi lá no Bruno.
Do Think Geek, claro.
Tá, até dá pra entender essa sanha que empresas têm por reinventar a própria marca, logotipo, embalagem. O que não dá pra entender é porque a Piraquê resolveu apagar um clássico dos petiscos brasileiros ao jogar no lixo as versões originais das embalagens de seus biscoitos (como as duas daí de cima) para adaptar para um formato mais “globalizado”. O detalhe é que, com isso, além de apagar seu próprio passado, ainda risca a importância da artista plástica Lygia Pape na história da marca.
Ela não só criou toda identidade visual que acompanha a marca até hoje – inclusive nos envólucros de sua cream cracker, da clássica Goiabinha e dos biscoitos Maria -, ela também inventou, na própria Piraquê, o conceito moderno de embalagem de biscoito. Se antes eles vinham em caixas ou latas, depois de Lygia passaram a vir empilhados verticalmente numa embalagem que não permitia espaço entre as bolachas. A Daniela que começou esta campanha e dá mais detalhes da história da marca e da artista em seu blog.