Quem quer ganhar um par de ingressos pra ver o Real Estate?

RealEstateSP

Uma das melhores bandas independentes dos Estados Unidos hoje vem pro Brasil na semana que vem, quando o Real Estate se apresenta em São Paulo no dia 20 (olha o pôster feito pela Dani Hasse aí em cima) e no dia seguinte em Porto Alegre. Tenho um par de ingressos do show de São Paulo para sortear e quem quiser concorrer basta escrever nos comentários deste post qual é a sua música favorita da banda e porquê (e não esqueça de deixar seu email para que eu entre em contato). Recebo respostas até o domingo à noite e divulgo o vencedor na segunda de manhã. Valendo!

Quem quer ganhar ingressos para o show do Stephen Malkmus na segunda-feira?

malkmus-segunda

Basta dizer aí embaixo qual é a melhor música do Pavement e porque Malkmus deveria tocá-la em seu show solo que você estará concorrendo a um par de ingressos para o show de segunda-feira, no Beco 203, em São Paulo. O resultado sai no dia do show.

Quem quer ganhar ingressos para o show do Stephen Malkmus na terça-feira?

malkmus-terca

E pra ganhar um par de ingressos pro show de terça, também no Beco 203 de São Paulo, com o detalhe de ser open bar, basta dizer qual é a melhor música da carreira solo do líder do Pavement – e porquê. O resultado também sai no dia do show.

Épico mundano: Como foi o show do Television em São Paulo

tomverlaine

Tudo bem que, fora Jimmy Rip – o segundo guitarrista que assumiu o posto depois que Richard Lloyd deixou a banda em 2007 -, o Television que se apresentou na quarta passada no Beco era o mesmo que havia gravado Marquee Moon. Era o mesmo Billy Ficca de cabelo descolorido e comprido firme na bateria e o mesmo Fred Smith, que a idade transformou num tiozão do churrasco, com o mesmo baixo forte e preciso. Mas o show era – como sempre foi – de Tom Verlaine. É ele quem ergue a banda a um nível extraterreno, que disse o célebre Ahmet Ertegün, da Atlantic, ao se recusar contratá-los por considerá-los música de outro planeta. Seus épicos urbanos são cantados com uma voz ao mesmo tempo doce e resmungona e ele floreia estas composições que remetem a um Bob Dylan indie com uma guitarra magistral, de ângulos improváveis, tocada com o polegar, sem palheta.

No show desta semana, a terceira passagem da banda por São Paulo, não foi diferente. Embora a harmonia entre os quatro seja incandescente e do substituto Jimmy Rip faça jus às frases originais de Richard Lloyd, o holofote naturalmente cai sobre Verlaine. Isso acontece justamente pelo instrumental de sua banda orbitar ao redor da força gravitacional gerada pela alternância dos versos de suas canções mundanas e de seu timbre elétrico ímpar. É a mistura improvável de canções mundanas e solos transcendentais que formam o coração e o cérebro do grupo. E o fato do homem Television ter o dobro da idade da média da platéia do Beco não o torna tão distante daquela realidade – a fauna da rua Augusta em 2013 não é muito diferente da Nova York do final dos anos 70, talvez mais populosa. Mas descer a rua paulistana antes de assistir aos nova-iorquinos foi uma experiência complementar ao show. Grisalho e de cabelo curto, Verlaine parecia mais um velho punk disposto a cantar as glórias de seu tempo, mas bastou a banda começar a tocar e suas duas vozes – a da garganta e a da guitarra – pareciam estar falando sobre a rotina daquele lugar, em São Paulo.

Entre clássicos e músicas menos conhecidas, a banda começou o show pontualmente às 11 da noite e segurou quase duas horas de apresentação, com poucas músicas durando menos que cinco minutos. O grupo até arriscou uma música nova e uma versão de “Persia” com vocal e letra, fazendo jus à sua lenta tradição de moldar canções com o passar das décadas. Afinal, lá vão quase quarenta anos desde o primeiro disco e a discografia oficial do Television, sem contar os discos ao vivo, tem apenas três discos de inéditas. O público, mais velho e mais intenso que o que assistiu ao Toro y Moi duas semanas antes naquele mesmo lugar, pedia músicas da clássica estréia da banda no grito e fechava os olhos em transe durante os longos solos de guitarra. E depois dos doze minutos de “Marquee Moon” ao vivo, a banda ainda voltou para um bis com “Psychotic Reaction” do Count Five, um clássico do protopunk psicodélico, fechando a experiência como se o Television fosse uma banda adolescente.

Fiz uns vídeos, confira abaixo.

 

Quem quer ir no show do Television?

Television

Quarta-feira tem show do Television no Beco 203, que descolou um par de ingressos pra quem quiser vê-los na faixa. Ganha quem melhor descrever o estilo do homem-televisão, um dos maiores guitarristas da história, o senhor Tom Verlaine. O resultado sai na terça que vem – e o Beco descolou mais um mimo pro vencedor, que ganha o pôster (da Dani Hasse) autografado por ela!

Coisa fina: como foi o show do Toro y Moi em São Paulo

toroymoi-beco

Que beleza foi o show do Toro y Moi na noite desta quarta-feira. Auxiliado por uma banda precisa, Chaz Bundick mostra como está evoluindo seu som, que originalmente era feito sozinho num quarto, para algo mais orgânico e arredondado, deixando a eletrônica mais como ferramenta que conteúdo. Enquanto revezava-se entre teclados, efeitos e vocais, era acompanhado de perto pelo pulso firme do baterista Andy Woodward. Ao segurar timbres, melodias e ritmos, Chaz e Andy deixavam o guitarrista e tecladista Jordan Blackmon e o baixista Patrick Jeffords livres para explorar seus instrumentos – enquanto Jordan, que também fazia os vocais de apoio, preferia uma guitarra mais ruidosa e rítmica que melódica (ecos inevitáveis do pós-punk – é um guitarrista indie), Patrick deslizava linhas de baixo que às vezes eram firmes às vezes esparsas e fluidas (um músico que veio do conservatório).

E no equilíbrio entre estes dois músicos, Chaz destilava suas canções doces e tímidas, que, contrastadas ao groove cada vez mais intenso de seu grupo, ganham uma nova dimensão (“High Living”, que infelizmente não filmei, ganhou até um inusitado, mas coerente, peso de rock clássico, perto do final). O som da banda está cada vez mais soul com toques de jazz elétrico, fazendo o black power e o vocal macio do senhor Toro y Moi me lembrar do R&B do final dos anos 90. Mas há uma feliz estranheza que não deixa o som soar fácil ou descartável – é música de pista, mas há ênfase nos trabalho humano e na presença dos músicos, portanto é um show para ser assistido e não apenas curtido.

Embora houvesse ênfase natural em relação ao material de seu disco mais recente, Anything in Return desce cada vez mais suave, o show percorreu as diferentes fases da curta carreira do Toro y Moi, como se fosse a primeira vez que a banda tocasse em São Paulo. E levando em consideração que suas outras apresentações foram em festivais para dezenas de milhares de pessoas (no Terra em 2011 e no Lollapalooza deste ano), um show feito para poucas centenas de felizardos talvez tenha sido o melhor cartão de visitas que Chaz Bundick poderia deixar no país. Muito prazer e venha mais vezes.

Abaixo, umas músicas que filmei.

 

Quem vai hoje no Toro y Moi?

toroymoi

O showzinho de hoje promete – e o Fernando, vencedor da promoção, já foi avisado como deve proceder para assistir à apresentação do jovem Toro.

Quem quer ir no show do Toro y Moi?

toro-y-moi-poster

Chaz Bundick se apresenta no fim de semana no Lollapalooza Brasil e também no Beco (o poster acima é da Dani Hasse), na quarta da semana que vem. Já havia falado que os ingressos estão à venda, mas se você quiser ganhar um par de ingressos para a quarta, basta responder nos comentários deste post qual é a sua música favorita do Toro y Moi e porquê. O resultado da promoção sai na terça que vem.

Television no Brasil

E a festa dos dois anos da chegada do Beco a São Paulo vão ser comemorados em grandessíssimo estilo, com a banda do Tom Verlaine dissecando seus clássicos numa festa open bar. Nada mal, hein… No vídeo abaixo, vê-se o Television em sua primeira vinda ao Brasil, em 2009, tocando o hino “Marquee Moon”.

 

Que tal um showzinho do Toro y Moi…?

toroymoi-2013

…no Beco, longe do Lollapalooza? Os ingressos já estão à venda