Leva pouco limão, picles e bacon, mas mesmo parece bonzaço (vodca de jalapeño? Hmmm…).
Pacolli que me falou.
…que, caso você não conheça, é o melhor uísque da área.
Dica da Helô, que voltou de férias 🙂
Horta agilizou uma degustação da minha bebida favorita e alerta – tem Laphroaig no free shop!
Os single malts são o mais próximo do terroir que nossa língua pode perceber. É uma afirmação controversa, não tem raiz da videira nem clorofilia e madurez da uva no sol, mas se sente a turfa escocesa com intensidade ímpar. Laphroaig, da ilha de Islay, é quase uma hipérbole do solo engarrafado, de tão potente. Já o conhecia de fama, único uísque a trazer a chancela real do príncipe de Gales estampada no rótulo e famoso pelo “estilo gaita de fole”, que se ama ou detesta. Sem opções.
Comprei uma garrafa no Duty Free de Guarulhos e fui abri-la no hotel em Buenos Aires, numa viagem recente. Foi uma epifania aromática. Tirei a tampa e instintivamente olhei para o teto, com medo de disparar o alarme de incêndio. Não estou exagerando. O primeiro gole foi pavoroso, como me advertia o nariz: fumaça, iodo, algo de esparadrapo e medicinal, como lamber um cinzeiro ou beber um charuto guardado num armário de farmácia. É atraente essa descrição? Nem um pouco. Meia hora depois o gosto ainda estava na boca, só que ficara agradável, salino, marinho e defumado, pedindo mais goles.
Atesto e dou fé. Continua lendo lá.