O Sploid do Gizmodo pinçou esse comparativo gráfico feito pela Fat Wallet comparando as naves mais rápidas da ficção científica.
Você sabia que a Estrela da Morte era tão rápida?
Outro daqueles mashups infames…
Dica da Stefanie.
Cheio de spoilers e comentários espertilhos sobre os furos no roteiro da série.
O designer Brandon Schaefer segue uma linha parecida com a do minimalista espanhol Hexagonall – e ambos pertencem a uma cena global de remixadores visuais do inconsciente coletivo que, através do design, relêem o século 20 e o começo deste 21 com perspectivas bem além dos clichês que os cercam. Nessa mesma linha, vale conferir o Supertrunfo de fontes do Face 37, os livros-game de Olly Moss, os filmes de papel do Spacesick, os pôsteres do polonês Grzegorz Domaradzkis, o Tarantino do canadense Ibraheem Youssef, a filosofia pop do Mico Toledo e os super-heróis pulp de Steve Finch. E estes são apenas alguns dos que republiquei por aqui. Há muito mais.
Eis a estréia da minha coluna sobre cultura digital ontem. A coluna Impressão Digital completa o meu blog no Link e sai todo domingo, no Caderno 2.
Depois de muita espera, o trailer da sequência do clássico de ficção científica Tron (1982) foi “decifrado” nesta semana. Explico: em vez de ser apenas lançado, o trailer do filme anunciado em 2008 na feira de cultura pop Comic Con (com nomes de peso como a dupla francesa Daft Punk na trilha sonora e Jeff “Lebowski” Bridges no elenco) teve de ser desvendado em uma espécie de competição online. As pistas foram espalhadas por sites com mensagens cifradas. Coletivamente, os fãs solucionaram os enigmas que, reunidos, revelavam o caminho para encontrar o trailer do filme.
O formato não é novo. Chama-se “narrativa transmídia” e é usado em quase todo grande lançamento hoje em dia. Filme, série, disco e livro ganham vida para além de seus formatos originais para se espalharem por outras mídias. O aclamado disco In Rainbows (2007), da banda inglesa Radiohead, só foi disponibilizado gratuitamente para download depois que pistas enigmáticas foram deixadas pelo grupo em seu site. O mesmo acontece com a série Lost, em que dicas deixadas pelos produtores tanto nos episódios quanto em sites estimulam a interação com o telespectador.
Toda esta complexidade parece intransponível para quem apenas observa de fora. A chegada do computador e da internet à indústria cultural fez que este processo múltiplo fosse acelerado. E o que estamos assistindo nestes novos anos 10 é a maturidade da cultura pop.
O pop surgiu durante a Depressão norte-americana, quando diversões baratas como quadrinhos, cinema, discos, literatura pulp e fliperamas se difundiram como opção de entretenimento para as massas.
No pós-Guerra, esta mesma cultura tornou-se jovem, e o adolescente – encarnado em nomes como James Dean e Elvis Presley -, público-alvo. Desde os anos 60, contudo, este mercado já não é composto apenas por sucessos descartáveis. E graças a nomes como Beatles, Bob Dylan, Zappa, Velvet Underground, Crumb e as revistas Mad e Rolling Stone, o pop foi engrossando a sua voz.
Diferentes autores localizam momentos específicos em que o que parecia ser banal ficou sério. O escritor Steven Johnson define que este momento é a série policial Hill Street Blues, dos anos 80, em que pela primeira vez os protagonistas não tinham a obrigação de aparecer em todos os episódios. O crítico Chuck Klosterman aponta para os anos 90, quando, na terceira temporada do reality show Real World, da MTV, o elenco começou a perceber que poderia atuar num programa que primava pela espontaneidade. Há outros: a chegada da geração inglesa (Neil Gaiman, Alan Moore) à HQ americana, a ida de David Lynch para a TV (em Twin Peaks), o momento em que DJs tomaram consciência do que poderiam fazer com a música alheia e o excesso de referências de Matrix, além da própria contracultura.
A era digital fez que os muros entre os nichos do pop desabassem e a paisagem cultural se tornasse eletrônica no novo século. Nela, todos estão conectados entre si e os polos emissores e receptores da comunicação se confundem. Não é à toa que Lady Gaga lançou nesta semana um clipe (“Telephone”) que não é só um vídeo promocional mas um curta, com direito a citação literal de Tarantino – e que foi lançado, como o trailer de Tron Legacy, direto na internet.
“I’m out and I’m gone!”
Beastie Boys x ‘Galactica’
O dono do login katamaran78 no YouTube fez um mashup reeditando o clipe de “Sabotage”, dos Beastie Boys, com imagens do seriado de ficção científica Battlestar Galactica. Busque pelos termos “Sabotage” e “Galactica” no site. Ele ainda editou um vídeo em que mostra as versões – o clipe original e seu mashup – para comparar as duas.
“Play it again”
A segunda vinda do Keyboard Cat
Fatso, hit no YouTube tocando teclado, morreu vinte anos antes de virar mania. Esta semana seu dono revelou sucessor para o bichinho, chamado Bento.
Vi no Charles. E depois encontrei esse vídeo, comparando quadro a quadro o clipe original e o remake.
Dublaram episódio de Battlestar Galactica com as vozes do Laboratório Submarino 2021…
Um dos grandes momentos da última temporada de Battlestar Galactica transformado em delírio 8-bit. Assista em tela cheia.
Não bastasse o box dos Beatles, olha o que apareceu essa semana…
Fodona, hein. Mas o box não tem sequer um encartezinho com um texto sobre a série, limitando-se a 20 discos com as quatro temporadas e os episódios paralelos como Razor e The Resistance – embora não conte com o DVD de Caprica (que já saiu esse ano) e a websérie Face of the Enemy, que antecipou a última parte da quarta temporada. O box ainda vem com um robôzinho Cylon, mas pelo que disseram é meio tosco. E como The Plan, o filme sobre a série do ponto de vista dos cylons, ainda vai sair, não duvide se lançarem ainda mais um outro box logo, logo – incluindo esses extras que eu falei.
E, sim, eu sei que eu tou devendo falar sobre o final da série – é que tem muita coisa rolando no Link (em breve umas vêm a público) e é natural que ele seja prioridade. E, pelo jeito, vou misturar com a resenha do Lost e do Tru Blood – séries que, aparentemente, têm pouco em comum, mas que optaram por elementos épicos para alimentar suas próprias mitologias. Mas pode ficar tranqüilo que eu falo de cada uma delas, em separado. Como se não bastasse isso, ainda tem a retrospectiva, que está em processo…