Blur mais perto do Brasil

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E por falar em Blur, o grupo confirmou não apenas um, mas dois shows, em outubro na Argentina. A banda inglesa já havia confirmado a passagem por nosso continente ao anunciar um show em Santiago no dia 7 de outubro. Agora é a vez dos argentinos fazerem a festa: a banda toca no dia 10 em Córdoba e no dia 11 em Buenos Aires. Inevitavelmente tocará no Brasil, mas as perguntas se acumulam: antes ou depois dos hermanos? Só em São Paulo ou em mais de uma cidade? Façam suas apostas.

“Como la leyenda del fênix”: “Get Lucky” dos pampas!

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E se “Get Lucky” nascesse na Argentina? Eis a proposta do grupo Dame Guita, que pôs bombachas, churrasco e chimarrão em um dos hits de 2013, transformando-a na inacreditável “Despiertos para Ponerla”, saca só aí embaixo:

 

Porque o show do Cure em Buenos Aires foi melhor que o de São Paulo

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O show foi um tico mais longo que o de São Paulo (15 minutos a mais), abriu com “Plainsong” e “Pictures of You”, teve “Primary” no lugar de “Shake Dog Shake” e a primeira parte terminou com “Disintegration” em vez de “End”. O bis do meio foi idêntico ao que rolou em SP () e o final – entre “Dressing Up” e “Killing an Arab” – foi aquela explosão de hits na mesma ordem de toda esta turnê sul-americana. Mas

não foi a ordem das músicas que vez do show de Buenos Aires ser melhor que o de São Paulo, mas as diferentes condições ao redor do palco. Principalmente o fato de não ter área vip – como no Brasil -, que colocou os fãs de verdade na cara de Robert Smith. Era visível a animação da banda inteira ao ver seu público se descabelando a cada hit ou b-side.

Precisamos rever urgente essa obsessão brasileira por área vip (a área vip argentina ficava num canto do estádio, quem pagava a mais assistia ao show com ótima visão do palco e sentado, mas longe da grade). O show também teve direito à já clássica fama do público argentino de entoar os riffs das canções como se fossem hinos de torcida e os porteños ganham ainda mais pontos por não ficarem conversando o tempo todo durante as músicas e na educação ao pedir passagem (isso sem falar na maconha, onipresente, e no álcool, ausente). Os vídeos que fiz já aí embaixo (e a foto lá de cima também é minha):

 

O gordo nu que rola na estrada e outras assombrações inúteis do folclore argentino

Cara…

O gordo que rola nu na estrada (nunca vi um nome tão longo para um fantasma) é uma das lendas mais sem objetivo que vi em minha vida. Fiquei sabendo desta história, tal como contei na postagem anterior, quando fazia uma viagem em caminhão entre Buenos Aires e São Paulo em 2005. Os caminhoneiros relataram que, perto de São Gabriel, no centro do Rio Grande do Sul, existe a lenda do “homem gordo que rola nu na estrada”. Um deles, um senhor de 65 anos, jurava de pé junto que havia deparado-se com este adiposo fantasma uma noite de lua cheia na estrada em meados dos anos 90. Não é um fantasma que apareça com frequência.

Físico – Trata-se, pelas descrições, de um senhor muito gordo, obeso, de talvez uns 150 a 160 quilos, que – totalmente nu – rola ladeira abaixo na estrada. O sr. em questão é “branquelo”, o que sugere que poderia ter sido – no período em que estava vivo e que tinha que pagar impostos – um integrante da comunidade polonesa ou alemã da região, segundo o diálogo que mantive com o grupo de pessoas que acreditavam no “gordo que rola…”. No entanto, quando tentei especular sobre a eventualidade de que fosse albino, não tive respostas entusiastas sobre o assunto.

Modus operandi – Ele rola nu, girando a grande velocidade (como se fosse um imenso barril). E, quando está perto da colisão com um veículo, desaparece no ar.

Onde – Ele rola na estrada. Em uma ladeira, na direção do declive. Logo, não há esforço algum.

Efeitos colaterais da performance do gordo nu e branco – Nenhum efeito. O gordo aparece e some. O único ponto negativo é o susto – breve – do risco de atropelar o obeso fantasma. E de talvez amassar o pára-lamas

Trânsito – O gordo em questão atua em um trecho específico da estrada (e somente à noite). E. mais especificamente ainda, só para os que trafegam de Uruguaiana rumo à Porto Alegre (no sentido inverso, aparentemente, o sr. obeso não age. O motivo disso não o conheço. Mas, essa unilateralidade não parecia que fosse um problema para as testemunhas desse evento fantasmagórico)

Ariel Palácios conta essa e outras num post velho de seu blog.

Spoiler do show do Paul McCartney: “Here Today” e “Something”

Dois dos momentos mais tocantes nos shows do Paul na Argentina: as duas homenagens feitas ao John e ao George.

Muito mestre.

With a little help from my friends

A minha passagem por Buenos Aires na semana passada contou com as digníssimas presenças de três entidades do meu panteão pessoal: Carbone, que editava o há muito inativo e-zine Ruídos na virada do milênio, e os dois patrões da Fubap, Fred e Rafa, estes dois finalizando um tour porteña que já batia os dez dias. Carbone teve que partir antes do segundo show, por isso não pode nos acompanhar no almoço da quinta-feira passada em Puerto Madero, devidamente registrado no vídeo acima pelo Rafa.

Wilco na Argentina?

Em outubro – ou pelo menos é o que diz esse site… E no Brasil?

O segredo de El Secreto de sus Ojos

Lembra daquela cena do argentino O Segredo dos Seus Olhos em que a câmera filma um estádio de longe para sobrevoá-lo e assumir o ponto de vista da torcida? Olha como ela foi feita:

Brasileiro argentino

Não dá pra culpar os caras…

O plano-seqüência de El Secreto de sus Ojos

Algum filme brasileiro ousa desse tanto?