Vida Fodona #385: O frio tá passando

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Vamos celebrar.

Big Star – “Thirteen”
Glue Trip – “Lucid Dream”
Washed Out – “All I Know”
Arctic Monkeys – “Do I Want to Know?”
PELVs – “Still P.G. (Reggae Version)”
Jagwar Ma – “The Throw”
Strokes – “Tap Out”
MGMT – “Alien Days”
Mayer Hawthorne – “Designer Drug”
Justin Timberlake – “Take Back the Night”
Breakbot + Ruckazoid – “Why?”
Jamie Lidell – “I’m Selfish”
Daft Punk – “Lose Yourself to Dance”
Is Tropical – “Dancing Anymore”
Sebadoh – “Brand New Love”

Vem!

Arctic Monkeys 2013

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Além da ótima “Do I Wanna Know?” (que eu não comentei aqui pois apareceu na mesma época dos protestos deste último mês e posto no final do post), a banda de Alex Turner agora vem com essa excelente “Mad Sounds”, que o Tiago comentou no post do Franz (valeu!):

Que música boa… Agora ouça a música abaixo e perceba se não estamos à sombra de um dos grandes momentos dos Arctic Monkeys que, mesmo com seus altos e baixos, quando acerta, acerta direitinho:

 

Vida Fodona #366: As 75 melhores músicas de 2012

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Sim: cinco horas e meia de Vida Fodona, pra tirar o atraso.

Dr. Dog – “Lonesome”
Bonde do Role – ”Baby Don’t Deny It”
Sinkane – “Lovesick”
Thiago Pethit + Mallu Magalhães – “Perto do Fim”
Tulipa Ruiz + Criolo – “Víbora”
Mallu Magalhães – “Me Sinto Ótima”
Cambriana – “The Sad Facts”
Blur – “The Puritan”
Grizzly Bear – “Yet Again”
João Brasil – “Sou 212 Foda”
Teen Daze – “Brooklyn Sunburn”
Arctic Monkeys – “Katy on a Mission”
Diplo + Jahan Lennon – “About That Life”
Daddy – “Love in the Old Days”
Lana Del Rey – “National Anthem”
Tulipa Ruiz + Lulu Santos – “Dois Cafés”
Van She – “Idea of Happiness (SebastiAn Remix)”
XXYYX – “About You”
ONUINU – “Happy Home”
Ariel Pink’s Haunted Grafitti – “Only In My Dreams”
ruído/mm – “Índios”
Céu – “Falta de Ar”
Estelle + Janelle Monae – “Do My Thing”
Mahmundi – “Desaguar”
Alabama Shakes – “Hold On”
Blur – “Under the Westway”
Tame Impala – “Elephant”
Sambanzo – “Capadócia”
Curumin – “Selvage”
Tennis – “Petition (Vacationer Remix)”
Supercordas – “Mumbai”
Superchunk – “This Summer”
Sexy Fi – “Looking Asa Sul, Feeling Asa Norte”
Mahmundi – “Calor do Amor”
Jessie Ware – “Wildest Moment”
Breakbot + Irfane – “One Out of Two”
Goldroom – “Fifteen”
Caribou – “Sun (Zopelar Rework)”
Electric Guest – “American Daydream”
Toro y Moi – “So Many Details”
Lana Del Rey – “Born to Die”
The Internet – “Fastlane”
Xx – “Tides”
Silva – “Moleton”
Delicate Steve – “Two Lovers”
Neil Young & The Crazy Horse – “Ramada Inn”
Cat Power – “Cherokee”
Céu – “Chegar em Mim”
JJ – “10”
Twin Shadow – “Five Seconds”
Bobby Womack + Lana Del Rey – “Dayglo Reflection”
Nicki Minaj – “Starships”
Metá Metá – “Oya”
Lucas Santtana – “Jogos Madrugais”
Poolside – “Just Fall in Love”
Chromatics – “Kill for Love”
Divine Fits – “Would That Not Be Nice”
Chet Faker – “Terms and Conditions”
Sinkane – “Jeeper Creeper”
Tame Impala – “Apocalypse Dreams”
Grimes – “Oblivion”
Frank Ocean – “Lost”
Spiritualized – “Hey Jane”
Lindstrøm – “Eg-ged-osis (Todd Terje Extended Mix)”
Major Lazer + Amber Coffman – “Get Free”
Chromatics – “The Page”
Lana Del Rey – “Blue Jeans (Penguin Prison Remix)”
Grimes – “Genesis”
Tame Impala – “Feels Like We Only Go Backwards”
Poolside – “Harvest Moon”
Frank Ocean – “Pyramids”
Kendrick Lamar – “Bitch, Don’t Kill My Vibe”
Curumin – “Passarinho”
Chromatics – “Lady”
Hot Chip – “Flutes”

Vamos que 2013 nos espera.

As 75 melhores músicas de 2012: 64) Arctic Monkeys – “Katy on a Mission”

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2012 foi um ano de entressafra para os Arctic Monkeys, que, mesmo sem disco novo, lançou dois singles bem sucedidos (a ponteaguda “R U Mine?” e o cover que fizeram para “Come Together”, do Beatles, por ocasião dos Jogos Olímpicos em Londres). Mas ao regravar “Katy on a Mission“, o single que colocou a irrelevante Katy B no mapa pop britânico, num especial para a BBC que o grupo de Alex Turner reforçou seu papel de principal banda de rock da Inglaterra no século 21, trazendo o hit insosso da pista de dança rumo ao palco de pub tão afeito ao grupo. Eles ainda vão longe…

Vida Fodona #335: Quase no meio

Recomeçando devagar…

Stephen Malkmus & the Jicks – “Tigers”
Queen – “Don’t Stop Me Now”
Killer on the Dancefloor + Thiago Pethit – “Come Debbie”
Major Lazer + Amber Coffman – “Get Free”
Ariel Pink’s Haunted Grafitti – “Only In My Dreams”
Tulipa Ruiz – “É”
Tame Impala – “Apocalypse Dreams”
Dirty Projectors – “Dance for You”
Blur – “Under the Westway”
Chromatics – “Lady”
Céu – “Chegar em Mim”
Bonifrate – “Cantiga da Fumaça”
Xx – “VCR (André Paste Baile Funk Remix)”
André Paste – “Novinha I’m Yours”
Mulatu Astatké + Criolo – “Nètsanèt”
Arctic Monkeys – “Katy on a Mission”
Secos & Molhados – “Sangue Latino”
Cults – “Go Outside”

Colaê.

Outra música nova dos Arctic Monkeys

Bem boa… Parece saída do Humbug, que é o melhor disco deles, pra mim.

Dica da Dani, valeu!

O que vi do Lollapalooza: Foster the People e Arctic Monkeys

Quando vi que Foo Fighters e Arctic Monkeys seriam os principais nomes do Lollapalooza brasileiro, me bateu um sossego – poderia perder tranquilamente o festival. Ao assistir ao show dos Foo Fighters no primeiro dia do festival, ao vivo pela TV, o mesmo sossego transformou-se em desconforto – não só vinha a consciência de que os Foo Fighters haviam deixado de ser uma banda promissora para se tornar a maior banda emo do mundo (não que haa algum problema nisso), como Dave Grohl esqueceu-se de cantar, transformando-se em uma sirene de garganta que berra por todas as músicas e toca-as sempre em velocidade acelerada, como se estivesse com pressa de terminar o show. Ao vê-lo destruindo a própria “Big Me” ao tocá-la quase no dobro de sua velocidade original, mudei para outro canal em que pude assistir a um longo show do Cure da metade da década passada. Ao mesmo tempo lia mensagens e atualizações de status que reclamavam do perrengue antes, durante e depois do show. Os motivos eram os de sempre: filas, preços, qualidade do serviço, som baixo, telão pequeno, multidão, demora pra conseguir sair do lugar, etc. Defeitos e destratos que infelizmente se tornaram inerentes a qualquer grande evento no Brasil.

Mas no dia seguinte tinha os Arctic Monkeys, que não são propriamente uma banda favorita ou querida, mas pelos quais tenho um tremendo respeito. Mais especificamente em relação a Alex Turner, o dono do grupo, que é um cara que veremos pelos próximos 20, 30 anos mantendo a mesma qualidade e eficácia na produção de canções memoráveis. Dá até para arriscar que os Monkeys são melhores que os Strokes, a maior banda desta geração, pois o conjunto da obra dos ingleses é mais consistente que a discografia dos nova-iorquinos. Os últimos desempatam no quesito coletânea de hits – e muito pelo fato dos Strokes serem pioneiros de uma época em que o rock tinha ficado em segundo plano, fazendo que boa de suas canções venha com forte carga afetiva. Mas basta lembrar do show dos Strokes no último Planeta Terra – por melhor que ele tenha sido, não dá para dissociar aquela apresentação de uma reunião de banda antiga, um revival, uma versão (bem) melhorada da volta do Guns’N’Roses em 2001. Aos doze anos de idade, os Strokes já estão em sua fase Las Vegas. Bem diferente do que aconteceu com os Arctic Monkeys. Tive de conferir.

E logo mais me vi andando pela areia da pista de corrida do Jóquei paulistano rumo ao palco em que os ingleses iriam se apresentar. Cheguei tarde e perdi o MGMT, portanto bastava achar um lugar bom para ver o Foster the People e esperar um pouco mais para assistir aos Monkeys.

Tão esquecível quanto divertido, o Foster the People fez um show muito superior ao que poderia se imaginar de uma banda de sua estatura, vencedor da categoria “revelação” do indie rock do ano passado, com os dois pés na pista de dança. Em 2012, esses adjetivos tornam qualquer artista em menos do que uma nota de rodapé, mas o fato é que guardaram seus três (quatro?) hits para o final do show e, goste ou não, “Pumped Up Kicks” funciona muito bem no palco, ainda mais com uma gracinha que sublinha o aspecto dance music da canção, ao turbiná-la de repente, com muita ênfase no grave.


Foster the People – “Pumped Up Kicks”

Já o Arctic Monkeys não teve a menor dificuldade para dominar o final do evento. Como os Foo Fighters, eles também são heróis de uma geração muito nova, com menos de 20 anos, que sabem cantar todas suas músicas – e cantam aos berros. O que muda é a dimensão. Os Monkeys não são uma banda de primeiro escalão, uma banda de estádio, power rock, que domina sozinha uma multidão de dezenas de milhares. Mas caminham para isso (se isso ainda continuar existindo) – e a passos firmes. Seu fiel da balança é inevitavelmente seu principal nome, o guitarrista e vocalista Alex Turner, que aos poucos encarna uma mistura de Elvis Presley com Dorian Grey puxando o espírito norte-americano do rock’n’roll – aquele que se mistura com a caipirice do rockabilly de Jerry Lee Lewis e à melancolia dos falsetes de Roy Orbinson – para o sotaque do norte da Inglaterra. Eles talvez sejam a banda de rock mais importante do mundo hoje (com o Franz Ferdinand como seu grande rival nessa categoria) – rock enquanto gênero musical, não sinônimo de música pop. Estou falando de country com blues, baixo, guitarra e bateria, um gênero que começa com Elvis nos anos 50 e começa a perder sua importância depois que Kurt Cobain se matou e o Radiohead o tornou obsoleto de vez.

Nesse território os Monkeys não deixam a bola cair em momento algum (no máximo na chata “Brick by Brick”, mas tudo bem, é a música cantada pelo baterista) e Turner protagoniza um espetáculo de sonoridade essencialmente crua, onde a dinâmica entre as guitarras é conduzida a partir de seu instrumento, que rege o resto do grupo. Seu canto falado e mascado caminha com malemolência sobre riffs ponteagudos e refrões populistas. Ele joga para a galera – e a galera adora. Mas nunca é piegas, nunca é emotivo ou faz gracinhas bobalhonas. Sua rigidez como band leader é parente de sua própria música e não faz concessões. Melhor pra todo mundo.

Findo o show, vale frisar que a organização do festival até conseguiu dar melhor vazão ao público, à exceção, claro, da já costumeira ausência de táxis à saída do evento. Mais à frente, outro problema típico paulistano – embora o festival tivesse sido realizado a menos de um quilômetro de uma estação de metrô (quase um milagre quando se pensa na vida cultural de valets e estacionamentos a R$ 50 da vida cultural de São Paulo), o público se acotovelava para entrar na marra, exigindo que policiais tivessem que fechar o portão de entrada para que a massa não se espremesse de vez rumo aos vagões. A confusão teve direito a xingamentos coletivos, portão aberto na marra e cacetetes exibidos como intimação – e isso tudo levando em conta que o público era formado por indies pós-adolescentes com uma imensa quantidade de meninas. Não era um show de hardcore ou um jogo de futebol. Mesmo assim, uma confusão desnecessária – que inevitavelmente trouxe o bordao “quero ver na Copa” repetido entre resmungos, quase como um mantra. Final desnecessário para uma boa noite.

Abaixo, os vídeos que fiz dos dois shows:

 

Todo o show: Foo Fighters, Arctic Monkeys, Foster the People, MGMT, TV on the Radio, Friendly Fires, Gogol Bordello e muitos outros no Lollapalooza Brasil 2012

Fui ao mais novo festival no calendário brasileiro somente no domingo pra ver os Arctic Monkeys (vi também o Foster the People, depois comento sobre os dois shows por aqui), mas deixo abaixo vídeos que achei com a íntegra dos principais shows do Lollapalooza Brasil que apareceram online. Se alguém ver mais algum por aí, dá um alou (ninguém filmou o dos Racionais?):

 

Vida Fodona #319: Tô aqui de volta

Pronto, pronto, foi só uma semaninha…

Arctic Monkeys – “Katy on a Mission”
Computer Magic – “The End of Time”
Two Door Cinema Club – “Something Good Can Work (Mitzi Remix)”
Friends – “Friend Crush”
Neon Indian – “Fallout”
Coeur de Pirate – “Golden Baby”
Of Montreal – “Feminine Effects”
Sambanzo – “Xangô”
Burial + Four Tet – “Nova”
Xx – “Shelter (Beat Culture Remix)”
We Have Band – “Tired of Running”
Yuksek – “Off the Wall”
Lucas Santtana – “Vamos Andar Pela Cidade”
Julie Driscoll, Brian Auger & The Trinity – “Flash Failures (Let the Sunshine In)”
Divide & Kreate – “Crazy in the Deep”

Vamo lá?

Arctic Monkeys 2012

Música nova dos Monkeys. Chama-se “R U Mine” e é um pouco acima da média do grupo.

Mas uma coisa é de se admirar na banda de Alex Turner: eles não param de lançar música nova.