Vida Fodona #279: Voltamos à nossa programação normal

Recuperou-se? Eu sim.

Ariel Pink’s Haunted Grafitti – “Bright Lights, Blue Skies”
Holy Ghost – “Do It Again”
Radiohead – “Lotus Flower (Brainbeats Remix)”
LehtMoJoe – “Machu Picchu Goes on”
Electrosound – “Tightrope ABC”
Lindstrøm + Christabelle – “Baby Can’t Stop”
Tulipa Ruiz – “A Ordem das Árvores”
Bee Gees – “Stayin’ Alive (Teddybears Remix)”
Caribou – “Odessa”
Rolling Stones – “Live with Me”
La Roux – “In It For the Kill (Twelves Remix)”
Apples in Stereo – “Dance Floor”
Toro y Moi – “Still Sound”
Les Rhytmes Digitales – “Sometimes”

Vamos?

On the run 80: Gente Bonita, 40 graus

Começar o ano com uma Gente Bonita no Rio de Janeiro é sinal de boa sorte! Invadimos o verão carioca dentro de uma festa que é… Segredo. Nova onda do compadre Dodô, a Segredo, como o nome diz, é segredo: não divulga-se onde acontece a festa, nem quem toca, mas abrimos uma exceção aqui e já antecipamos que quem vai cuidar do som da festa, à noite inteira, é a Gente Bonita – trazendo hits da nova temporada prontinhos pra aquecer ainda mais o verão do Rii (mas já abro aqui outro dos segredos – o ar condicionado é power). Quem quiser descobrir o segredo, basta entrar na página da festa, enviar seu nome para o email que está lá até as 15h deste sábado para saber todas as coordenadas da noite. E se você quer ter uma idéia de qual será o clima, fizemos esse setzinho novo cheio de pérolas ensolaradas para uma noite incrível. Vamo lá?

Gente Bonita Mixtape Rio Verão 2011 (MP3)

Strange Talk – “Climbing Walls”
Terry Poison – “Comme Ci Comme Ça (The Twelves Remix)”
Get Stellar – “The Moment”
Apples in Stereo – “Dance Floor”
Aloe Blacc – “I Need a Dollar”
Darwin Deez – “Up in the Clouds”
Housse de Racket- “Oh Yeah!”
Two Door Cinema Club – “What You Want (Redlight Remix)”

Vida Fodona #247: Do número 35 ao número 17

Só faltam 16 músicas…

Broken Bells – “Sailing to Nowhere”
LCD Soundsystem – “All I Want”
Broken Social Scene – “Texico Bitches”
Charlotte Gainsbourg – “Time of the Assassins”
She & Him – “In the Sun”
Rox – “My Baby Left Me”
Apples in Stereo – “Dance Floor”
Best Coast – “Boyfriend”
Mavis Staples + Jeff Tweedy – “You Are Not Alone”
National – “Afraid of Everyone”
Foals – “Miami”
Bárbara Eugênia – “Haru”
Dr. Dog – “Where’d All The Time Go?”
Spoon – “The Mystery Zone”
Yeasayer – “O.N.E.”
Tame Impala – “Half Full Glass of Wine (Canyons Remix)”
Scissor Sisters – “Any Which Way”
Lissie – “Pursuit of Happiness”
Generationals – “Trust”

Cole aqui.

As 75 melhores músicas de 2010: 29) Apples in Stereo – “Dance Floor”

29) Apples in Stereo – “Dance Floor

Os 50 melhores discos de 2010 – do 10º ao 1º


1. Tulipa – Efêmera


2. Black Keys – Brothers


3. Hot Chip – One Life Stand


4. LCD Soundsystem – This Is Happening



5. Nina Becker – Azul / Vermelho


6. Apples in Stereo – Travellers in Space and Time


7. Caribou – Swim


8. Lindstrøm & Christabelle – Real Life is no Cool


9. The National – High Violet


10. Ariel Pink’s Haunted Graffiti – Before Today

Vida Fodona #244: Final da retrospectiva 2010

Pronto, último Vida Fodona do ano, as máquinas já estão desligando e a garota da foto é a Nina Becker 😉

Lurdez da Luz – “Ah Uh (Onomatopeias)”
Foals – “Miami”
M. Takara 3 – “Espelho”
Andy Clockwise – “My Generation”
Flying Lotus – “Zodiac Shit”
Tame Impala – “Alter Ego”
Kid Cudi – “Marijuana”
Marcelo Jeneci – “Pense Duas Vezes Antes de Esquecer”
Kissed Her Little Sister – “My Dreams Are Televisions”
Yeasayer – “Madder Red”
Ariel Pink’s Haunted Nightmare – “Beverly Kills”
National – “Conversation 16”
Lindstrøm + Christabelle – “Lovesick”
Caribou – “Sun”
Apples in Stereo – “Dance Floor”
Nina Becker – “Samba-Jambo”
LCD Soundsystem – “One Touch”
Hot Chip – “Take It In”
Black Keys – “Next Girl”
Tulipa – “Brocal Dourado”

E só melhora!

“Eu te disse”

Mais Apples in Stereo?

Mais Apples in Stereo!

Vida Fodona #231: Outubro é o mês da procrastinação

E a preguiça?

Lou Reed – “Wagon Wheel”
Beatles – “Please Mr. Postman”
Apples in Stereo – “Energy”
Novos Baianos – “Mistério do Planeta”
Jurassic 5 – “In the Flesh”
TTC – “Teste Ta Compréhesion”
Eminem – “Lose Yourself”
Average White Band – “Cut the Cake”
Emicida – “Outras Palavras”
Picassos Falsos – “Bolero”
Erasmo Carlos – “Minha Gente”
Jimi Hendrix Experience – “Third Stone from the Sun”
Ween – “Freedom of ’76”
Pink Floyd – “San Tropez”
Pavement – “Half a Canyon”
Steely Dan – “King of the World”
Isaac Hayes – “Hyperbolicsyllablicsesquedalymistic”

Sossega

Apples in Stereo – e só

Texto que escrevi pro blog do Estadão sobre o SWU falando dúnico show que vi no festival até agora.

Foi com dor no coração que eu disse não ao Rage Against the Machine. Não tanta dor assim, metade é floreio textual. Mas quando vi as condições a que o SWU submeteu seu público, assim que cheguei na Fazenda Maeda para assistir apenas aos Apples in Stereo, fiquei feliz em ter escolhido não ficar até o fim do primeiro dia do festival. E nem precisei ficar sabendo dos relatos deprimentes de horas de tortura em trânsito para sair do festival (#radioheadfeelings) como sentir o frio na pele para identificar o tamanho da roubada. Apenas vi a minúscula estradinha de terra que o evento colocou para escoar todos os sabe-se lá quantos mil carros que os diferentes estacionamentos iriam escoar. Não havia anoitecido ainda, mas já dava para antever o mar de luzes traseiras vermelhas à frente do pobre motorista, cercado por outros em idêntica situação – vendo o êxtase de ver sua banda favorita ao vivo transformar-se numa raiva incontrolável contra o amadorismo semiprofissional da indústria de entretenimento brasileira.

Por isso, disse não ao Rage. Led Zeppelin de minha adolescência, havia jurado para mim que ainda os veria em vida, dane-se se voltassem só pela grana (e como se tocar música não fosse o trabalho dos caras). Mas como promessas para si mesmo são as mais tranquilas de serem abortadas, deixei para lá. Mas o fator determinante que me fez ir ao SWU em seu primeiro dia foi uma bandinha minúscula dos Estados Unidos, que, com quase vinte anos de carreira, é uma pequena nota de rodapé na história da música pop, mas que também é quase um capítulo inteiro em uma das minhas partes favoritas da história do rock: a psicodelia. O Apples in Stereo faz parte do mesmo coletivo Elephant 6 que deu ao mundo o Olivia Tremor Control, o Neutral Milk Hotel e o Elf Power, bandas que, do fim dos anos 90 até hoje, ajudam a manter acesa a chama da lisergia entre os nomes no rock independente do século 21. E era a principal atração – a única internacional – de um dos palcos do festival.

Liderada por Robert Schneider (que foi entrevistado pelo Fred Leal no C2 Música deste sábado e no Link desta segunda), a banda vem abandonando o lado barroco lo-fi de seus primeiros discos nos últimos anos, dando mais ênfase à faceta pop e objetiva de hits fáceis de ser lembrados. Seu disco mais recente, Travellers in Space and Time, é um dos melhores álbuns de 2010, mesmo que esteja longe de ser lembrado pelas listas de melhores do ano, tanto do público quanto da crítica. Por serem comercialmente minúsculos, quase sempre não são lembrados nesta hora.

Mais um motivo para assistir aos Apples – eles disputariam público com uma das raras apresentações dos Los Hermanos e tocariam quando a dupla canadense MSTRKRFT tocasse na tenda de dance music. Dois concorrentes de peso, para tirar público da banda. O espaço dedicado aos Apples estaria, portanto, mais transitável, menos abarrotado, mais civilizado. Em condições normais, os Apples in Stereo teriam tocado em São Paulo num palco do Sesc, talvez no Espaço +Soma ou no Studio SP, o que inevitavelmente tornaria sua apresentação disputadíssima. Mas no ambiente do festival, ela tornou-se praticamente um luau para os fãs da banda.

Um show redondíssimo, de pouco mais de uma hora, em que a banda esmerilhou todo seu pop psicodélico futurista e radiante para um público pequeno, mas completamente em sintonia com a banda. Em pouco mais de uma hora, se divertindo tanto quanto o público, a banda criou uma bolha de boas vibrações que praticamente os isolou do clima de vinho barato do SWU (mesmo que a única bebida alcóolica à venda fosse cerveja). Alternando principalmente músicas dos dois últimos discos (Travelling e New Magnetic Wonder, de 2007), o show também funcionou por ter evitado o complexo de épico que reinava sobre o festival.

Terminado o Apples in Stereo, logo logo ouviria o Mars Volta funcionando como trilha sonora perfeita para ir embora. O som de pesadelo – não estou ficando velho, Mars Volta é bem ruim mesmo – funcionava como um presságio para o tumulto e o pânico que reinaram sobre a madrugada. Estava de volta à estrada antes das 22h e li, pela internet, a confusão que aconteceu durante o show do Rage Against the Machine.

A dúvida agora é saber se vale à pena chegar na fazenda de novo nesta segunda-feira a tempo de ver o Yo La Tengo e encarar Josh Rouse e Cansei de Ser Sexy antes dos Pixies (Queens of the Stone Age eu passo, muito obrigado). Mas a certeza é única – mesmo que tenha Linkin Park e Tiesto depois dos Pixies, acho válido sacrificar o bis da banda americana para não pegar o perrengue da saída. Pois, não duvide, muita gente vai ficar só até os Pixies – o suficiente para tumultuar aquela minúscula estrada de terra.

Apples in Stereo no SWU


“Hey Elevator”


“Dignified Dignitary”


“Go”


“Energy” / “Dance Floor”


“Told You Once”


“Rainbow” / “No One in the World”


“Next Year About the Same Time”


“Can You Feel It?”


“Please”


“Same Old Drag” / “Ruby”