Anos Vinte

Mais uma tempestade de cérebros em meia a certa curiosidade artística, Ayn Rayd e o antialtruísmo, o incômodo natural do artista, latinidades e umas coisas meio afro, o falar com a própria voz, a função do rótulo, gente que nem sabe que é artista, MPB enquanto armadilha, a medida do sucesso, as famigeradas listas de melhores do ano, discos sem código de barra, o papel da cobertura cultural, a morte da capa do disco, o momento em que algo ainda está sendo desenhado, o artista sem carreira, o mundo musical que ainda não existe, view ou hit, um ano de maturação, como foi a Goma Laca e as novidades das Noites Trabalho Sujo e do Veneno Soundsystem. Na trilha, Lugar Comum, do João Donato.


Ronaldo Evangelista & Alexandre Matias – “Vinteonze #0029“ (MP3)

Mais um programa curto, com o disco Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida rodando no laptop como trilha sonora e assuntos que vão para todos os lados, como os Mutantes enquanto produto pop, um palco triangular, a noite de São Paulo entre as casas podreira, o Sesc e os lugares de marca, o público de caderno de cultura, o universo afro, os discos que se encaixam, as famosas “divergências musicais”, o clima de paranóia, um hit menor do Tim Maia, uma bolha de festivais, a democratização da internet e blábláblá, Rodrigo Brandão em uma interpretação Gil Scott-Heron para Ary Barroso, algo que inevitavelmente irá mexer com a vizinhança, o ator de não ir ao show do Ringo, outros universo, acervos e recortes, o novo lugar do Baile Veneno, alguém tacando fogo nas próprias mãos, cera de carnaúba, a diferença entre indústria e mercado, Emicida encarnando Moreira da Silva e o fato de você nunca saber quem é que vai apontar e começar a gritar “ELE! ELE!”.


Ronaldo Evangelista & Alexandre Matias – “Vinteonze #0028“ (MP3)

Um prazer rever vocês – e assim começamos com mais um programa falando sobre o que der na telha, como plano de saúde, apartamento próprio e vida constituída, uma questão de escala, um regente sem orquestra, a lógica industrial contra a inevitabilidade do digital, U2 no YouTube x “All You Need is Love” ao vivo, se Buddy Holly foi o primeiro artista a se produzir, o porquê da existência do Restart, o ciclo do descolo, Ringo Starr e Roberto Carlos, os filhotes do Álbum Branco, Sinatra, Elvis e João Gilberto, o que está acontecendo no seu bairro, o Cansei de Ser Sexy de seu tempo, Radiohead é Coltrane?, o auge da modernidade nos anos 80, o disco do Tied & Tickled Trio com o Billy Hart, Strokes é Ramones?, o futuro do Planeta Terra, o que é planejado e o que é por impulso, o Passo Torto e o Silva, Karabitchevsky e Mark Knopfler, a redescoberta das cidades, o personagem da novela é mais importante que o vizinho, curadoria física e o online de sua época. Tudo isso ao som do novo do Girls.


Ronaldo Evangelista & Alexandre Matias – “Vinteonze #0027“ (MP3)

Finalmente mais um especial cinema em que falamos de alguém confundido com Jesus Cristo, outro meio foda-se tudo, mais um personagem super intrincado, um produtor picareta, um elenco impecável, da arte de brincar de criar mitos, do direito de xingar, da lógica do Monty Python, de uma mulher dupla, de um filme que não vai mudar a vida de ninguém, personagens recorrentes, de tudo que vai se amarrando aos poucos, da caravela voadora de Da Vinci, do jeito que brincam com a personalidade de cada um, de uma galera estudando xadrez na União Soviética, de uma falsa protagonista, do Quermite, de um monte de gente em volta dele, do altar dos Anos Vinte, de cheirar cocaína, do escalamento da moral social do coletivo, do Zé Colméia e do Scooby Loo, de uma briga clássica na história dos limites da censura, de uma música de masturbação do Prince e de como a história da humanidade é a história da superação da violência através do diálogo – tudo isso ao som do Força Bruta, do Jorge Ben. Shall we?


Ronaldo Evangelista & Alexandre Matias – “Vinteonze #0026“ (MP3)

E segue o papo sobre o que der e vier, com um dos primeiros registros de world music, a Ford da música, as polkas de Mr. Z, mulher de calça, abstração do sentimento, maconheiros de porta de boate, o grupo vocal mais conhecido do Brasil, o melhor clipe do ano, shows do João Donato e do Cidadão Instigado com o Fagner, Gene Kelly x Fred Astaire, a adaptação desse tipo de música pra um mercado mais comercial, o precursor da era do rancor, Pickwick Records, Brill Building e Tin Pan Alley, o primeiro músico a se autoproduzir, ascendência cearense, órgãos de tubos Wurlitzer, o principal nome no exterior nos anos 60, a lenda que ele tomou LSD, Moacir Santos e o tema de Missão: Impossível. Tudo ao som do disco Taboo, de Arthur Lyman.


Ronaldo Evangelista & Alexandre Matias – “Vinteonze #0025“ (MP3)

Um Vinteonze diurno, gravado a seco, em que falamos sobre um lugar construído nos anos 30, como é o Studio RJ, alguns picos de popularidade, o sensor de humor do Domenico, um encontro com Jeff Mangum, a primeira vez no Circo Voador, um filho de Nova Jérsei, a regra dos três, o micróbio do samba, Cidadão Instigado com Fagner, David Gilmour pós-punk, versões originais de músicas que ficaram mais conhecidas depois, muito conviviência, A Bad Donato ao vivo, Flavor Flav no baixo, um show sem registro em vídeo, o momento-reverência, Casa das Caldeiras e Sesc Belénzinho, Davi Moraes na bateria, um quê de Odair José, um cara cantando seus próprios fantasmas, Junio Barreto e Otto, o museu mais antigo de fliperama que existe, Lapa x Augusta e lembranças da festa Lebowski, da Trabalho Sujo + Veneno na Trackers e da festa Fela. Tudo isso ao som de um disco da Françoise Hardy e do EP do Bixiga.


Ronaldo Evangelista & Alexandre Matias – “Vinteonze #0024“ (MP3)

Sacamos o vinil do primeiro disco da Karina Buhr para falar se todo mundo é artista ou se ninguém é artista, do marketing do rock, de uma esquisitice séria, do Pitchfork x Addicted to Noise, da bandeira do indie, da diferença entre rock ou pop, do David Carson na Ray Gun, da Nação Zumbi com a Tulipa Ruiz no Rock in Rio, da Mariana Aydar com o Emicida, do faça-você-mesmo do jazz, de brincadeiras visuais, do porquê de as pessoas serem tão ingênuas, de miniexpectativas e minirrepercussões, dO Iluminado 2, dos discos novos da Mallu Magalhães, Lenine, Marisa Monte e da própria Karina Buhr, do que a revista Bizz representa até hoje, dum contexto em que essa sigla faça sentido, da diferença entre emprego e trabalho, de quando o artista vira um gênero, de um silêncio muito bem colocado, de um beat do Takara por três minutos e da primeira vez que a dinâmica Vinteonze chega ao meio impresso.


Ronaldo Evangelista & Alexandre Matias – “Vinteonze #0023“ (MP3)

Voltamos aos dois discos por edição, e também falamos de auto-ajuda e hip hop, uma alegoria de western, uma adolescência filmada de um jeito mais free que a nouvelle vague, a supervalorização do dubstep, outra festa na Trackers, homens de certa idade, o seguidor do caminho aberto pelo Josh Wheddon, o primeiro disco pop brasileiro, um cara que tava parado há um tempão, o conceito de álbum conceitual, the ultimate male dream, velharias recicladas de mil formas, um filme televisivo no mau sentido, o momento em que todo mundo se encontra depois que morre, um cidadão de classe média que não entende o que é cultura, Árvore da Vida,o ídolo da nova geração, um achado de simplicidade, o primoroso Waking Life, a grande sacada de Jesus Cristo como filósofo, uma metáfora pro núcleo familiar depois do século 20, Sambanzo, Kassin e Ariel Pink ao vivo, Miriam Lane, recomendação de livros e “o termo”. Na trilha, The Blues and the Abstract Truth, do Oliver Nelson, e o McCartney II, do Paul.


Ronaldo Evangelista & Alexandre Matias – “Vinteonze #0022“ (MP3)

Um ano mágico, um ritmo muito próprio, mil códigos assumidos, a impressão de estar vendo alguém jogar videogame, ultrafuturismo no século 19, um flerte com a música latina, uma situação de guerra num ambiente familiar, um revival da verdadeira época em que não se sabiam quais são os limites do mundo, algo não exatamente teen ou jovem adulto, um mashup muito improvável, o encontro de Locke com ele mesmo, um ensemble piece, a morte de Charlie Haper, aliens superficiais, o tempo inteiro ziguezague, ícone sobre ícone, várias sutilezas da linguagem dos quadrinhos, a baterista Zelda Fitzgerald, o retrato de um público que muda de opinião muito facilmente, uma caricatura do conceito de super-herói, referências de várias culturas, o fato do antagonista ser de ficção científica, um McGuffin e foda-se. Tudo isso ao som do primeiro disco do Quinteto Violado – e, ao contrário do que prometemos, não comentamos os comentários. Mas comentaremos. Continuem comentando.


Ronaldo Evangelista & Alexandre Matias – “Vinteonze #0021“ (MP3)

O novo do Rapture é a trilha sonora de um papo que fala de uma passagem por Belém com Bonde do Rolê, Banda Uó, Gang do Eletro, Drunk Disco e André Paste, overdose de Emicida, novilíngua, etnografia de mentira, a diferença entre sentir e pensar, as possibilidades de ser artista, consumir a cultura produzida no lugar em que você mora, a primeira vez que você vai ouvir falar em Pipo Pegoraro, a presença do “eu” na música contemporânea brasileira, Criolo: awareness ou backlash?, o clichê de comparar o jazz com o hip hop, o livro American Nerd e um clássico de John Hughes.


Ronaldo Evangelista & Alexandre Matias – “Vinteonze #0020“ (MP3)