Vida Fodona #456: Primavera indecisa

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Voltando à programação normal…

Celia – “Vida de Artista”
Beatles – “Come Together (Rhythm Scholar Remix)”
Roxy Music – “Avalon (Lindstrøm + Prins Thomas Version)”
Todd Terje – “Inspector Norse”
Nicolas Jaar – “Keep Me There”
André Paste + Fepaschoal – “A Calma”
Emicida + MC Guime – “Gueto”
Flying Lotus + Kendrick Lamar – “Never Catch Me”
Mr. Twin Sister – “In the House of Yes”
AlunaGeorge – “Supernatural”
Caribou – “Can’t Do Without You”
Taylor Swift – “Out Of The Woods”
Tennis – “I’m Callin'”
Erlend Øye – “Whistler”
Amadou + Mariam – “Ce N’est Pas Bon (A JD Twitch edit)”

Bora!

Vida Fodona #454: Beirando o limite do impossível

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Clima bizarro, trilha sonora tranquila.

Ariel Pink – “Everybody”
David Bowie – “Sue (or in a Season of Crime)”
Melody’s Echo Chamber – “Shirim”
Thiago Pethit – “Romeo (Adriano Cintra Remix)”
André Paste + Holger – “Cosmos”
Röyksopp + Ryan James – “Sordid Affair (Maceo Plex Remix)”
Aluna George – “Supernatural”
MØ – “Walk This Way (Slowolf Remix)”
Taylor Swift – “Shake It Off”
Flight Facilities + Emma Louise – “Two Bodies (HNNY Remix)”
Mahmundi – “Sentimento”
Tiê + David Byrne – “All Around You”
Tielman Brothers – “18th Century Rock”
Banda do Mar – “Pode Ser”

Aqui ó.

O disco de estréia de André Paste

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E o menino André Paste cresceu. Lembro quando o conheci: estávamos no auge da Gente Bonita quando um moleque ainda menor de idade, vindo de Vitória, no Espírito Santo, me adicionou no MySpace, linkando mixtapes que misturavam Amy Winehouse com Companhia do Pagode, nitidamente influenciadas pela fase mashup de João Brasil. Trouxe Paste para tocar em São Paulo pela primeira vez (em 2009, no Vegas) e de lá ele foi pro mundo: tornou-se conhecedor de tecnobrega, integrou a Avalanche Tropical, fez dupla com o Dago e agora, cinco anos depois de pisar em São Paulo pela primeira vez, ele lança seu primeiro disco solo.

Mas ao contrário do previsto Shuffle passa longe do oba-oba e da putaria típicas de suas discotecagens – ele prefere baixar os BPMs e convidar velhos amigos (João Brasil, Silva, We Are Pirates) para um disco pensativo e com um quê melancólico, mesmo com as brincadeiras tipicamente brasileiras (como convidar Waldo Squash da Gang do Eletro para seu “Réquiem para Tiësto” ou chamar Mozine, da banda de hardcore Mukeka di Rato, para ler o “Horóscopo”). Do disco todo, pinço a new rave “Cosmos”, que além de conversar com discos importantes de 2014 como o Our Love do Caribou e o It’s Album Time do Todd Terje ainda tem o trunfo de ser a primeira coisa envolvendo o Holger que eu consigo gostar.

Bati um papo por email com o André sobre o disco novo, que segue na íntegra ao final do post e pode ser baixado por aqui:

Quando você teve a ideia de lançar um disco solo? Por que um trabalho autoral?
Essa ideia tá na minha cabeça há uns três anos, não tem aquele lance de que antes de morrer você tem que escrever um livro, plantar uma árvore e ter um filho, então, eu só queria ter um disco hahaha era meu único desejo até agora.

O disco também foge do clima alto astral das suas discotecagens pra preferir um caminho mais downtempo…
Eu quis fazer um disco good vibe, sem me prender muito a bpm’s altos. Na real as músicas aconteceram naturalmente, chegou um momento que eu percebi que o disco estava ficando mas downtempo, mas eu curti.

As participações especiais já estavam definidas quando você começou a compor o disco?
Já, o conceito do disco, de convidar vários amigos vindos de formações musicais diferentes veio antes da composição dele. Queria juntar pessoas que gosto no disco.

O disco vai sair num formato físico? E como vai ser o show?
Vai sair em CD físico sim, em mais ou menos um mês já esta pronto. Estou esperando o lançamento pra começar a formatar o show, mas quero fazer poucas apresentações, vão ser shows bem pontuais.

Quais seus próximos passos, depois desse disco?
Não sou muito de fazer planos não, vou deixar acontecer naturalmente daqui pra frente.

 

“Get Lucky”, Jô Soares edit

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Quem foi o gênio que fez essa versão?

(Eu sei que foi o André Paste, mas não quero encher a bola do garoto demais, né?)

Conheça: André Paste

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Nome: André Paste
Ouça: Cid Moreira On The Dancefloor Mixtape

André Paste vai sair do armário. O jovem capixaba que se tornou o principal nome da cena mashup brasileira, começou ainda adolescente, quando, inspirado pelo disco de mashups do carioca João Brasil, resolveu fazer suas próprias fusões musicais. Ele começou usando o funk carioca como base de suas misturas, mas aos poucos foi migrando para outros gêneros musicais e pegou gosto pelo brega paraense na mesma época em que engrossou as fileiras da Avalanche Tropical, coletivo organizado pelo DJ Dago Donato que também incluía nomes como os curitibanos Bonde do Rolê e Drunk Disco e a banda paulistana Holger. Mas Paste nunca havia composto suas próprias músicas, dedicando-se mais a selecionar músicas pop e bizarras em sets memoráveis que misturam os hits da vez, obscuridades brasileiras e clássicos da música pop. Até agora.

É que ele está gravando seu primeiro disco autoral. “O nome é Shuffle”, diverte-se, “Estou produzindo este disco com o Silva, que está funcionando como meu braço direito”. Silva é um dos novos nomes da música pop brasileira desta década que, apesar de ter se estabelecido no Rio de Janeiro, também é do Espírito Santo. Além de coproduzir o disco, ele também toca instrumentos que Paste não sabe tocar.

Ele explica o processo de produção: “Sei programar bateria, escolher exatamente o timbre que quero e cantar todas as partes que quero”, ri, “muito do processo está sendo assim: gravo no iPhone uma linha e ele a transforma em midi e, juntos, vamos editando”. Ele explica que vai ser um disco autoral, mas cheio de participações: “É um disco de featurings, eu faço todos os instrumentais e convido pessoas pra cantar”. Além do Silva, o disco ainda terá participações da banda Holger, do DJ Waldo Squash (da Gang do Eletro), João Brasil, We Are Pirates, Mozine (do Mukeka di Rato), entre outros.

O disco deve ser lançado pelo próprio DJ, ainda no segundo semestre, mas isso não significa que ele abandonará o mashup. “Não cansei não, ainda adoro, mas sempre tive vontade de ter minha música, até pra ver o que as pessoas vão fazer com ela depois. Ia ser demais ter minhas músicas como fonte pra outros mashups”, comemora. Enfatizando que não é um disco de pista, e sim de músicas.

A data precisa ele não consegue estipular: “Como é meu primeiro trabalho autoral tá sendo um parto lançar, sempre quero melhorar, mudar timbre, mas no maximo em dois ou três meses ele
sai”, conclui.

Ouça mais bandas novas aqui.

On the run #128: DJ Gorky’s BBC Diplo and Friends Set

Falando em Bonde do Rolê, e esse setzinho que o Gorky fez pra BBC, hein? Não é todo dia que “Feira da Fruta” (é, aquela), Roberto Carlos, Robertinho do Recife, André Paste e Sá, Rodrix e Guarabyra caem tão bem no set de dance music… A ordem das músicas segue logo abaixo:

 

Vida Fodona #335: Quase no meio

Recomeçando devagar…

Stephen Malkmus & the Jicks – “Tigers”
Queen – “Don’t Stop Me Now”
Killer on the Dancefloor + Thiago Pethit – “Come Debbie”
Major Lazer + Amber Coffman – “Get Free”
Ariel Pink’s Haunted Grafitti – “Only In My Dreams”
Tulipa Ruiz – “É”
Tame Impala – “Apocalypse Dreams”
Dirty Projectors – “Dance for You”
Blur – “Under the Westway”
Chromatics – “Lady”
Céu – “Chegar em Mim”
Bonifrate – “Cantiga da Fumaça”
Xx – “VCR (André Paste Baile Funk Remix)”
André Paste – “Novinha I’m Yours”
Mulatu Astatké + Criolo – “Nètsanèt”
Arctic Monkeys – “Katy on a Mission”
Secos & Molhados – “Sangue Latino”
Cults – “Go Outside”

Colaê.

Vida Fodona #318: Aproveitando o fim do verão

E me dê os parabéns: são seis anos de Vida Fodona!

Electric Guest – “American Daydream”
Kavinsky + Lovefoxxx – “Nightcall”
Gorillaz + Andre 3000 + James Murphy – “DoYaThing”
João Brasil – “Sou 212 Foda”
Xx – “VCR (André Paste Baile Funk Remix)”
Yuksek – “Off the Wall”
Mahmundi – “Desaguar”
Radio Taxi – “Garota Dourada”
Mayer Hawthorne – “A Long Time (Chromeo Remix)”
Lulu Santos – “Só Faço Com Você”
Bird & the Bee – “Private Eyes”
Lana Del Rey – “Radio”
Supercordas – “Ascensão e Glória do Império Cibernético”
Estelle + Janelle Monae – “Do My Thing”
Ting Tings – “Soul Killing”
Public Image Ltd. – “One Drop”

Por aqui.

On the run 107: Gangsta Brega, por André Paste

Tive a oportunidade de dividir as picapes com o menino André Paste – que peguei no colo, quando ele ainda discotecava apertando nos atalhos do teclado do laptop – durante o Eletronika que rolou em Belém nesse ano – e, no dia seguinte, acompanhá-lo com os dois Drunk Disco pirando nas banquinhas de camelô atrás de CD-Rs de tecnobrega. Aí passam algumas semanas e ele manda esse set inacreditável.


Gangsta Brega, por André Paste“
(MP3)

Keko & Nino – “O Swing que Balança”
Leozinho – “Piercing na Rachada”
Mc Shevchenko e Elloco – “Cuidado que Aparelho Machuca”
Afala Case & GG – “Viva Viva a Putaria”
Mc Metal e Cego – “Gostou Novinha”
Dinho & Vertinho – “Mulher do Patrão”
Mc Popai & Ace – “Passaporte do Prazer”
Vicio Louco – “Não Vai Dar”
Tsuname – “Adeus”
Dinho Vertinho & Daynne Absoluta – “Não Faz Assim”
Metal & Cego – “Novinha Tá Querendo O Que”
Mc Bic & Mc Felipe Love – “Os Ator de New Jersey”

O 2011 de André Paste

E por falar no menino-prodígio dos mashups, ele resumiu seu 2011 em meio minuto:

Resta ouvi-lo contar a história de quando o mashup QUASE se tornou a “dança da moda” no seriado Malhação, por culpa dele.