Radiohead e os segredos de “Daydreaming”

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O cineasta norte-americano Rishi Kaneria debruçou-se sobre teorias psicológicas, referências biográficas, citações discográficas e num subdiretório específico do Reddit para montar esse esplendoroso vídeo-ensaio sobre o significado do clipe e da música de “Daydreaming”, do disco mais recente do Radiohead, tanto num nível emocional e pessoal quanto crítico e artístico. Excelente, pena não ter legendas em português (mas se alguém quiser traduzir, é só publicar nos comentários):

Dica da Ana, ela mesma outra obcecada por teorias de conspiração e Radiohead a ponto de criar uma sua específica sobre o penúltimo disco da banda.

The King of Limbs: Newspaper-album ou codex?


Arte: Stanley Donwood

Boa teoria da Ana sobre o novo Radiohead: o grande lance do álbum-jornal tem mais a ver com a disposição da ordem das faixas do que qualquer outro conceito temático sobre o The King of Limbs. Fala, Ana:

Ontem estava concentrada no meu trabalho e ouvindo o álbum pelo zilionésima vez em uma semana. Como tenho a estranha habilidade de pensar em mil coisas simultaneamente, um dos meus pensamentos foi “esse disco seria muito melhor com uma seqüência diferente, como eles puderam ser tão desleixados?”. Desleixados nada. Lembrei dessa história toda de álbum-conceito newspaper, todo o papo de que uma música tem ligação com a outra… Só que isso não se percebia no álbum que eu estava ouvindo. Parecia pura balela.

Pois na hora liguei dois e dois e pensei que a sequência do álbum divulgado em mp3 traria a sequência encriptada do álbum físico (que ainda não foi divulgada, e o lançamento vai ser só em maio). Pô, uma das músicas até se chama CODEX*, pelamordedeus!

Foi como uma maçã que caiu na minha cabeça! Aí bolei essa teoria. Mesmo ao acaso, tudo se encaixou como um quebra-cabeças. Mesmo estando semi-aposentada do mundo da música, sempre vou ter o sexto sentido musical. Isso deu uma mãozinha.

A grande diferença entre o álbum em MP3 e wmv e o disco que vai ser lançado em maio é a seqüência das faixas. Toda essa coisa de “newspaper álbum” é a grande jogada de marketing da vez. A última foi o “pague quanto quiser”.

Mas o importante é que o resultado dessa seqüência me surpreendeu. Músicas que me irritaram antes tomaram outra forma, e finalmente senti a tal conexão entre as músicas que eles falaram antes. Tudo fez sentido. Elementar, meu caro Watson!

E ela ainda fez este infográfico para explicar como seria a ordem “certa” do disco:

Demais, hein. Não custa lembrar que *”Codex”, título de uma das músicas do novo disco, são aqueles pequenos cadernos que formam o livro, segurados por uma cordinha (“códice”, em português).

Essa seria a ordem “correta” de The King of Limbs.

1) “Lotus Flower”
2) “Feral”
3) “Little By Little”
4) “Codex”
5) “Give Up the Ghost”
6) “Morning Mr Magpie”
7) “Bloom”
8) “Separator”

E aí, vai testar?