Ana Frango Elétrico 2025: “O resto que desvie”

O que Ana Frango Elétrico está aprontando? Veja abaixo:  

Os 20 discos mais importantes desde 2020

Meu camarada Carlos Albuquerque, o bom e velho Calbuque, está na equipe da recém-lançada edição brasileira da clássica revista norte-americana Esquire, que chega impressa ao Brasil em edições especiais. E no primeiro número, ele organizou uma enquete com um júri da pesada incluindo jornalistas, executivos da indústria e artistas (este que vos escreve incluso) para descobrir quais são os 20 discos mais importantes desde 2020 até hoje e o resultado (que pode ser visto abaixo) está nas bancas com um texto de apresentação do próprio Calbuque.

Veja abaixo:  

O novo mundo de Arnaldo Antunes

Eis a capa do novo disco de Arnaldo Antunes, Novo Mundo, que será lançado na próxima semana e é o primeiro que o compositor paulistano lança pelo selo Risco, casa de artistas como Ana Frango Elétrico, Maria Beraldo e Luiza Lian, consagrando a gravadora independente como um dos principais nomes desta cena ao fisgar um artista de tal proporção. O disco, produzido por Pupillo, conta com participações de David Byrne, de Ana Frango Elétrico, de Marisa Monte, de Vandal e com uma parceria póstuma com o saudoso Erasmo Carlos, é o primeiro disco de inéditas do compositor desde 2000 e vem coroar a ótima fase que ele atravessa desde antes da pandemia, quando lançou o disco de protesto O Real Resiste (que ganhou outra dimensão com o tragédia daquele ano, num show feito pela internet), seguido da festejada parceria com o pianista pernambucano Vítor Araújo, no projeto Lágrimas no Mar, e com a já histórica volta de seu grupo original, os Titãs. Veja abaixo o nome das faixas e as participações de cada canção:  

Sem embaraço

Desembaraçou! Sempre é bom ver um artista desabrochar e nesta terça-feira tivemos mais uma oportunidade no Centro da Terra de ver outra carreira musical tomando corpo naquele palco pela primeira vez. Quando Leon Gurfein me falou que queria soltar seu canto profissionalmente no palco, minha intuição disse que seu senso estético espalharia-se facilmente para a música. Há uma década convivendo com artistas de diferentes portes pelos bastidores (Leon faz cabelo, maquiagem e produção visual para nomes como Ava Rocha, Liniker, Tulipa Ruiz e Johnny Hooker, entre outros), ele mostrou sua familiaridade com o palco a partir de sua paixão pela música, que começou pela coleção de discos do pai nas proximidades daquele mesmo teatro, como fez questão de contar nos vários momentos em que conversou com o público e transformava o palco em seu salão e num divã ao mesmo tempo. A apresentação começou com uma cama ambient proposta por sua banda, que Leon batizou de Las Gatas Embarazadas, e Helena Cruz (guitarra, baixo e synthbass), Lauiz (teclas e MPC) e M7i9 (sintetizador, flauta, guitarra e saxofone) emudeceram a plateia por longos minutos, deixando a expectativa palpável para que a estrela da noite entrasse e cantasse suas próprias músicas – parte delas em espanhol – e versões, duas delas divididas com Manu Julian, que subiu ao palco para cantar duetos com Leon em versões em castelhano para “Little Trouble Girl” do Sonic Youth e em português para a clássica “Sea of Love”. Leon encerrou a noite misturando músicas de Ava Rocha, d’O Terno, Portishead e Luiza Lian a “Lágrimas Negras” e “Jorge da Capadócia”, como se invocasse proteção de seus orixãs pessoais da música para aquele momento, antes de cantar mais uma canção própria para fechar a noite. Ele nem esperou sair do palco para anunciar o bis, quando voltou à primeira música da noite acompanhado de um coral estelar formado por Manu, Lorena Pipa, Thiago Pethit, Laura Lavieri, Luiza Lian e Ana Frango Elétrico, espalhando a catarse que claramente sentia para o resto do teatro. Agora já está no mundo!

Assista abaixo:  

Festival consolidado

Quando o Dinosaur Jr deixou o palco do Tokio Marine Hall neste domingo deixando quase todos surdos num dos shows mais altos que ouvi em tempos, também coroava um ano de ouro para a Balaclava. O selo, que vi começando quase como um projeto paralelo de dois integrantes da banda indie Single Parents, conseguiu feitos consideráveis neste 2024 que chega ao fim: desde lotar um lugar enorme e desconhecido no raio que o parta para assistir a uma banda literalmente desconhecida de quem não frequenta a cena indie (num show histórico do King Krule no Terra SP) a fazer a principal banda do selo, o Terno Rei, atingir alturas que uma banda indie brasileira raramente atingiu a trazer os Smashing Pumpkins para um Espaço das Américas lotado, atingindo um patamar inédito de público em sua história. O já tradicional festival que aconteceu neste domingo foi só a cereja do ano que termina, para o selo.

Leia mais abaixo:  

Balaclava Fest 2024 tem Dinosaur Jr., Badbadnotgood, Water from Your Eyes, Ana Frango Elétrico e não para por aí…

E a Balaclava não tá pra brincadeira. Não bastasse ter trazido o King Krule e o Tortoise para o Brasil este ano e ter anunciado a vinda do grupo inglês Bar Italia e dos americanos Smashing Pumpkins agora no segundo semestre, o selo paulistano acaba de anunciar a edição 2024 de seu Balaclava Fest, que reúne Dinosaur Jr., Badbadnotgood, os ótimos Water from Your Eyes pela primeira vez no Brasil, Ana Frango Elétrico, a inglesa Nabihah Iqbal, o grupo paulistano Raça e a dupla mineira Paira, estas últimas do elenco da gravadora. É uma das melhores escalações das 14 edições do festival e acontece mais uma vez no Tokio Marine Hall no dia 10 de novembro – e os ingressos já estão à venda.

Vida Fodona #816: A segunda metade de 2024 acabou de começar

50% e pouco já foram…

Ouça abaixo:  

Vida Fodona #813: Retomada de ritmo

Sem pressa.

Ouça abaixo:  

Vida Fodona #812: Vielas das lembranças

Vamos começar bem o mês…

Ouça abaixo:  

“Insista em Mim” uníssono

Nunca consigo ir ao Tranquilo porque ele acontece sempre às segundas-feiras, dia em que me ocupo com as temporadas que faço no Centro da Terra, mas como a apresentação dessa segunda terminou logo e a edição do Tranquilo era por perto, consegui me deslocar para chegar no União Fraterna antes da última convidada da noite, Ana Frango Elétrico, que iria mostrar sozinha – como é a praxe do evento – músicas de sua lavra depois de apresentações da Marina Nemésio e da banda Pluma (que, pelos motivos descritos acima, perdi). Mas cheguei a tempo de ver Ana mostrar músicas de seus primeiros discos (Mormaço Queima e Little Electric Chicken Heart), além de canções de seu disco mais recente, Me Chama de Gato Que Eu Sou Sua. Ela começou primeiro na guitarra e depois foi para o teclado, quando convidou Marina Nemésio para dividir a maravilhosa ” Nuvem Vermelha”, parceria das duas (e como eu amo a voz da Marina…). Voltou para a guitarra, quando, acompanhada do público que lotou o União Fraterna, fez todos cantarem em uníssono a perfeita “Insista em Mim”, minha música favorita do ano passado. Uma noite memorável.

Assista abaixo: