Cerimônias de premiação transmitidas para milhões de pessoas servem como termômetro para o mercado que gira em torno dos indicados e vencedores da noite. O American Music Awards, como muitos outros, é apenas isso: uma vitrine dos principais nomes que movimentam o mainstream no pop americano. Este vem passando por uma fase ótima, conseguindo reciclar-se e trazer novos nomes à baila que pouco se escoram em sonoridades do passado, buscando sua própria voz num tempo em que a internet é mais importante que o rádio para o mercado de música.
Alguns dos shows da edição de 2014 do prêmio, que aconteceu no último domingo dão uma amostra de como o mercado fonográfico está conseguindo recuperar o nível artístico que parecia perdido após o embate com a internet, há 15 anos – conseguindo fazer música pop com um mínimo de tutano. Essa dobradinha entre a Ariana Grande e o The Weeknd, desacelerando o hit “Problem”, é um ótimo exemplo disso:
Outro bom exemplo foi a apresentação de outro dos grandes hits do ano, “Fancy”, com a australiana Iggy Azalea, que chamoy sua parceira na faixa, a inglesa Charli XCX, para dar uma palhinha:
A norte-americana Taylor Swift, atual rainha do pop de seu país, cumpriu seu papel à risca:
E a neozelandesa Lorde, uma espécie de contraponto indie-nerd de Taylor, mostrou sua “Yellow Flicker Beat” pela primeira vez ao vivo:
Rolaram vários outros shows, mas esses quatro mostram que aos poucos o mercado parece ter voltado a entender que o que as pessoas querem ouvir é música. E é interessante notar que a presença feminina é cada vez mais a regra, virando a mesa do mercado em termos de gênero.