All Star Superman – O filme

Quer dizer, não é um filme, é uma animação. Mas será que o épico do Grant Morrison sobre o azulão conseguiu ser adaptado para o desenho animado? A DC tá numa fase boa nesse tipo de filme (vide o aclamado Under the Red Hood, do Batman, do ano passado) e, se desse certo, podia ser a possibilidade destas animações saírem do nicho do fanboy.

E se você não tem idéia do que seja All Star Superman, só te digo uma coisa: você não sabe o que está perdendo. Sério.

Pra quem manja inglês, duas dicas: o documentário sobre o Grant Morrison (e o trecho em que ele fala como encontrou o próprio Super-Homem, um dia) e uma entrevista que ele deu falando da dualidade entre o Batman e o Super.

O dia em que Grant Morrison encontrou o Super-Homem

Demais essa experiência xamânica que deu origem ao incrível All-Star Superman (lembra a vez que o Alan Moore encontrou o Constantine). Essa entrevista faz parte do documentário Grant Morrison: Talking with Gods, que será lançado até o fim do ano. A dica foi do Ronaldo – olha o trailer do fime.

All Star Superman: nota 10

Ah, e por falar no Super, lembrem-me de não esquecer de um dia escrever sobre All Star Superman, de Grant Morrison e Frank Quitely, a maior homenagem jamais feita para um super-herói. É uma história tão bem cuidada, ao mesmo tempo complexa e trivial, e é ilustrada como se fosse um sonho. Se Frank Miller conseguiu sintetizar tudo relacionado ao arquétipo do Batman em O Cavaleiro das Trevas (embora alguns reclamem que este trono também é de Alan Moore, em A Piada Mortal), Morrison e Quitely conseguem ultrapassar a saga do homem-morcego e com um agravante – ao optar pelo Super-Homem, os autores abriram mão da ironia, do cinismo, do pessimismo e da violência características a outros super-heróis e abraçaram os valores relacionados ao Super, como a moral, o otimismo, a bondade e o altruísmo de um alienígena que, no fundo, só quer retribuir o carinho ao planeta que o acolheu. A história é dividida em doze capítulos e cada um deles trata de elementos específicos da mitologia do personagem – Lois Lane, Pequenópolis, o Planeta Diário, os supervilões, a fortaleza da solidão, além do onipresente Lex Luthor e o melhor Clark Kent já posto no papel. Como bem disse o Chico, é o quadrinho mais alto astral de todos os tempos – e é uma obra-prima. Não faço a menor idéia se já sair – ou vai sair – no Brasil, mas é quadrinho obrigatório.

Ah, pronto. Já escrevi, não precisa lembrar depois. Valeu.