E por falar em Franz, eles também tão na trilha do Alice do Tim Burton… Mas a musiquinha é só OK.
Esta versão psicodélica de Alice foi dirigida por Johnatan Miller, um dos caras do show de humor Beyond the Fringe, que convidou outros compadres do show – como o Peter Cook que faz o Chapeleiro Maluco e o Alan Bennett que faz o Rato no esquete acima – para formar o elenco da versão feita para o programa Wednesday’s Play, da BBC. A versão ainda contava com Peter Sellers como o Rei de Copas, Wilfrid Brambell (o “avô” do Paul no primeiro filme dos Beatles) como o Coelho Branco e trilha sonora de Ravi Shankar, criando, ainda em 1966 e através de canais estatais, o rumo que foi descambar na psicodelia do ano seguinte.
Eis o primeiro filme inspirado no livro de Lewis Carroll. Vi lá no Lombardi.
A combinação acima apareceu num post do Freaky Show Business, que ainda incluía um Dom Casmurro desses “filmes brasileiro pós-retomada” que só crítico de cinema suporta. Mas pense bem: Narizinho = Alice? Seria Rabicó um coelho branco dos trópicos? E a Cuca? A Rainha de Copas? Se o Chapeleiro Maluco é o Visconde, logicamente o Gato é Emília – e é só enfileirar os personagens de cada lado e deixar a imaginação fazer a correspondência biunívoca. O problema é que se você pára pra pensar, lembra do Lost Girls do Alan Moore (em que ele faz uma relação entre as viagens de Alice, Dorothy e Wendy com a puberdade feminina) e é inevitável achar que o Sítio é uma grande parábola sobre a iniciação sexual de dois irmãos adolescentes…
Nada a ver esse anúncio na capa do LA Times…
Alguns quadros da exposição Curiouser & Curiouser da Gallery Nucleus, na Califórnia, que fica em cartaz até o fim do mês.
Ainda rolou uma festinha, que tava bombando…
…mas eis que…
Hmm…
Ahn…
Er…
Então tá, né?
Peraê: isso merece um post!
Como é que eu não tinha pensado nisso antes?
Não que seja novidade: há todo um mercado. E isso que o filme nem estreou ainda.
Mais uma do moleque, sempre esmerilhando.