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Alice de papel

A artista inglesa Su Blackwell faz arte recortando livros, esculpindo em papel com a tesoura, e fez sua pequena homenagem à Alice de Lewis Carroll. Vale olhar o resto do trabalho dela.

Alice psicodélica

Esta versão psicodélica de Alice foi dirigida por Johnatan Miller, um dos caras do show de humor Beyond the Fringe, que convidou outros compadres do show – como o Peter Cook que faz o Chapeleiro Maluco e o Alan Bennett que faz o Rato no esquete acima – para formar o elenco da versão feita para o programa Wednesday’s Play, da BBC. A versão ainda contava com Peter Sellers como o Rei de Copas, Wilfrid Brambell (o “avô” do Paul no primeiro filme dos Beatles) como o Coelho Branco e trilha sonora de Ravi Shankar, criando, ainda em 1966 e através de canais estatais, o rumo que foi descambar na psicodelia do ano seguinte.

Sítio do Pica-pau Amarelo x País das Maravilhas

A combinação acima apareceu num post do Freaky Show Business, que ainda incluía um Dom Casmurro desses “filmes brasileiro pós-retomada” que só crítico de cinema suporta. Mas pense bem: Narizinho = Alice? Seria Rabicó um coelho branco dos trópicos? E a Cuca? A Rainha de Copas? Se o Chapeleiro Maluco é o Visconde, logicamente o Gato é Emília – e é só enfileirar os personagens de cada lado e deixar a imaginação fazer a correspondência biunívoca. O problema é que se você pára pra pensar, lembra do Lost Girls do Alan Moore (em que ele faz uma relação entre as viagens de Alice, Dorothy e Wendy com a puberdade feminina) e é inevitável achar que o Sítio é uma grande parábola sobre a iniciação sexual de dois irmãos adolescentes…