A volta dos Los Hermanos

, por Alexandre Matias

A Kátia entrevistou o Camelo para a Trip deste mês e ele confirmou:


O cara tá virando um Hurtmold, hein…

De que você sente mais falta do Rio?
Do Rio [risos]. Sinto falta da praia, do sol, da umidade, dos amigos, e do BB Lanches. Em Copacabana dá pra ir ao boteco às três e meia da manhã. “Fala aí, João, beleza? Como é que tá o PF?” “Pô, hoje tá meio ruim, cara. Mas o feijão tá legal.” Copacabana é um bairro da tolerância. Um dia estava botando unha de porcelana no salão, todo barbudão, aí entra uma menina assim com um garotão francês…

Espera aí! Você disse que estava colocando unha de porcelana?
É que eu roo muito a unha e precisava deixar ela crescer. É melhor que tomar Opinol. Já tentei pimenta, mas dá uma viciadinha.

Agora você está sem unhas postiças.
Na turnê do Sou eu não podia roer a unha porque tocava muito violão. Quando acabou, eu roí de propósito pra evitar o violão porque queria um disco de guitarra, que é esse novo.

Ele é mais pesado?
A ideia é que seja mais pulsante.

Você parece muito feliz, radiante.
Eu sempre fui.

Na época do Sou, seu primeiro CD pós-Los Hermanos, você também estava?
É, na época do Sou eu tava um pouco mais introspectivo, isolado em um apartamento silencioso no Alto Leblon para compor.

Com qual frequência você fala com o pessoal do Los Hermanos?
De vez em quando. Vamos fazer dois shows no segundo semestre, dois shows fechados. Um em Recife e um em Salvador. E eu tô adorando. Pô, sinto mó saudade deles, outro dia fiquei vendo uns vídeos nossos em casa.

Sente falta dos amigos ou da banda?
Dos amigos, das músicas que a gente fez, de fazer música junto, do nosso repertório, da nossa relação pessoal, da nossa viagem, da equipe que a gente formou. Eu tenho saudade de quem eu sou quando estou com eles.

Quão perto vocês estão de uma volta?
Sinto que só deveríamos voltar pra fazer um disco novo, com repertório novo, pra não ficar nessa coisa de só tocar coisas velhas. Mas por enquanto cada um está com seu trabalho solo, criando coisas novas. O Rodrigo tem uma frase interessante que é: “Tempo a gente tem o quanto a gente dá”. Estamos dando um tempo para outras coisas.

Vocês se falam sobre os trabalhos individuais?
Eu toquei com o Barba no Canastra, mas ainda não vi o Bruno na Adriana Calcanhoto. Mas acompanho o blog dele. Com o ruivo [Rodrigo Amarante] falo mais, sou o maior fanzão do Little Joy. Fui ao show no Circo Voador e tudo.

A íntegra da entrevista tá aqui.

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