A academia e o contemporâneo
– A academia tem extrema dificuldade de lidar com o contemporâneo – afirma Frederico Coelho, historiador, DJ e pesquisador do Nelim (Núcleo de Estudos de Literatura e Música), da PUC-RJ. – Por um lado, investiga-se o funk, o rap, pois é o outro, o estranho. E há o vício de se trabalhar com a música dos autores surgidos na década de 1960. Para mim, que tenho 36 anos, a década de 1980 já é história
Muito boa a matéria do Vianna que questiona o desconhecimento que a intelectualidade brasileira tem em relação à produção musical contemporânea que não seja erudita. Mas que bom seria se essa lacuna acontecesse apenas neste setor. Na verdade, ela só faz eco junto à visão generalizada da academia brasileira em respeito a tudo aquilo que aconteceu depois da ditadura. O pop, o digital, o independente, a rua – isso ainda não foi assimilado pelos “pensadores brasileiros”. Se tivéssemos que esperar por eles, o mangue beat acontecia no ano que vem.
Falo mais sobre isso – e cito uma exceção nominalmente – daqui a pouco, depois do almoço. Me cobrem.
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