Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.
Escrevi sobre a passagem de Arlindo Cruz em mais uma colaboração que fiz para o Toca UOL.
O festival argentino Music Wins acabou de anunciar seu elenco este ano, quando, num único dia (2 de novembro) reúnem, no Mandarine Park de Buenos Aires, artistas como Yo La Tengo, Primal Scream, Whitest Boy Alive, a australiana Tash Sultana e a banda francesa L’Impératrice, entre outros nomes menores. Todos citados já têm seus shows marcados no Brasil: o Yo La Tengo toca no Balaclava Fest no dia 9 no Tokio Marine Hall, o Primal Scream vem no dia 11, o Whitest Boy Alive no dia 30 de outubro, L’Imperatrice no dia 4 e a Tash no dia 5, todos estes últimos na Áudio. Só um nome ainda não anunciou sua vinda para o Brasil, justamente o principal nome deste evento – o Massive Attack. Ainda – pois tudo indica que eles estão mais próximos de falar sobre a vinda pra nossa área. Imagina…
Eis que Duda Beat anuncia um novo disco, um EP bem dance chamado Esse Delírio – Volume 1 que será lançado nesta quinta às nove da noite, e no teaser em que ela mostra trechos das músicas descobrimos que uma das faixas é uma versão para “Foi Mal” dos Boogarins com a participação da banda goiana, que retuitou o anúncio dizendo que a música “tá tipo Tame Impala com Milton Nascimento”.
Um dos grupos de música pop mais coerente das últimas décadas, o trio inglês Saint Etienne anunciou no início do ano que se aposentará após o lançamento de seu décimo terceiro álbum, International, que sai no início do próximo mês. Depois de anunciar a despedida com um single produzido pelo chemical brother Tom Rowlands (a deliciosa “Glad”) no primeiro semestre, agora mostra outra faixa com o dedo de outro mago da eletrônica do final do século passado, ao lançar “Take Me to the Pilot”, que foi co-escrita e coproduzida por Paul Hartnoll, da dupla Orbital. Com uma vibe mais de rave – ainda que um tanto domesticada, afinal o Saint Etienne é pop – que o astral dançante do primeiro single, mostra que o grupo quer encerrar sua discografia apontando para as diferentes regiões musicais que frequentou em seus últimos anos. Tomara que o disco venha com uma turnê que leve o grupo para o resto do mundo e que novas gerações possam conhecer discos maravilhosos como So Tough, Good Humour e Foxbase Alpha.
O fato dos ingressos pro show que Mac DeMarco fará em São Paulo em abril do ano que vem terem se esgotado tão rápido – em menos que um dia -, acelerou a novidade que a Balaclava revela nesta quarta-feira, ao anunciar que o herói indie canadense fará outros oito shows pelo Brasil entre os dias 4 e 16 daquele abril. Além de abrir mais uma data em São Paulo (mais uma vez na Áudio, dia 5), a excursão passará pelo Rio de Janeiro (dia 3, no Sacadura 154), Brasília (dia 8, no Toinha), Recife (10, na Concha Acústica UFPE), Belo Horizonte (12, na Autêntica), Curitiba (14, no Tork), Floripa (15, no John Bull) e Porto Alegre (16, no Opinião), quando Mac tocará o disco que lança este agosto, batizado de Guitar. Os ingressos já estão à venda neste link.
Em mais uma versão que compartilha com os seguidores de sua newsletter Starship Casual, o senhor Wilco Jeff Tweedy aventura-se por um dos grandes momentos de Bob Dylan (a imortal “Forever Young”) depois de fazer shows na turnê Outlaw, em que Dylan, ao lado de outros gigantes ancestrais, como Willie Nelson e Lucinda Williams, tem cruzado os EUA. Assistir a shows ímpares de seus grandes ídolos inspirou Jeff a refletir sobre envelhecimento e mortalidade ao regravar o clássico e a escrever sobre este momento, que traduzo abaixo:
A força vital de Marcela Lucatelli é o motor do espetáculo Necromancy, que ela apresentou ao lado dos comparsas escandinavos Lars Bech Pilgaard e Ole Mofjell, convidando Marcelo Cabral para integrar-se ao grupo na sessão de improviso no Centro da Terra a partir de temas pré–estabelecidos pelo trio em registros anteriores. Mas por mais que o instrumental acompanhe a avalanche ruidosa que a vocalista transforma em presença física, eles não chegam aos limites explorados por Marcela e trabalham dentro de gêneros bem definidos, em vez de demolir tais barreiras instrumentais. Cabe à vocalista buscar as fronteiras da noite, expandindo sua voz para os limites do corpo, tanto ao testar seu timbre de forma extrema quanto na performance de se atirar no palco – e do palco – por vezes literalmente. Arrasa quarteirão.
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Mais uma vez recebemos no palco do Centro da Terra a inclassificável vocalista Marcela Lucatelli, que volta ao Brasil desta vez com um de seus projetos escandinavos – o trio Necromancy, que criou quando morava em Copenhagen ao lado do dinamarquês Lars Bech Pilgaard (que toca guitarra e teclados) e do norueguês Ole Mofjell (que toca bateria) e a ajuda expandir a atmosfera maximalista e ritualística de suas apresentações. Entre o free jazz, o ambient, o improviso e noise, os três recebem o baixista Marcelo Cabral para deixar a noite ainda mais intensa. O espetáculo começa sempre às 20h e os ingressos já estão à venda no site do Centro da Terra.
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Os Pelados voltam a dar sinais fonográficos de vida ao lançar, nesta terça-feira, o primeiro single de seu terceiro álbum, “Estranho Efeito”, que ainda não tem título nem data de lançamento, mas já tem casa nova – o selo Risco, que os inclui em seu elenco. Com guitarras discretas, base dance e melodia indie, ela parece levar a banda para além do núcleo rock (apesar da referência aos Kinks) rumo a algo mais pop, sem que ela perca suas características específicas, o que parece ser a marca do próximo disco. Muito bom.
Ícone da new wave, Billy Idol vem mais uma vez ao Brasil este ano, quando trará sua It’s a Nice Day To…Tour Again! para duas datas no Brasil, dia 8 de novembro em São Paulo (no Vibra São Paulo, o antigo Credicard Hall) e dia 12 em Curitiba. Os ingressos começam a ser vendidos nessa sexta por esse link. Alguém anima?