Juntos pela Palestina – Brian Eno reúne dezenas de artistas e ativistas para mudar a opinião pública sobre o genocídio palestino

, por Alexandre Matias

O evento Together for Palestine, que aconteceu na quarta passada no estádio de Wembley, na capital inglesa, e foi idealizado por Brian Eno, é mais um passo importante em relação à popularização a uma das pautas mais importantes do mundo hoje: o genocídio palestino promovido pelo governo de Israel. Ciente de seu papel como agitador cultural, Eno reuniu artistas que não tiveram pudor em colocar seu nome para apoiar a causa palestina, reunindo-os com outros tantos ativistas em um evento que durou quatro horas e arrecadou dois milhões de libras inglesas (quase 15 milhões de reais) para o povo que sofre diariamente com os ataques do governo de Israel. O evento reuniu atrações musicais e discursos de atores, ativistas, poetas, escritores e pesquisadores de diferentes lugares do mundo para protestar juntos contra a tragédia que está destruindo todo um povo. Desde os Gorillaz de Damon Albarn, que trouxe Yasiin Bey (o Mos Def) e o sírio Omar Souleyman ao vídeo enviado pelo Portishead, nomes como Pink Pantheress, King Krule, Paul Weller, Hot Chip, Jamie Xx, Celeste e Neneh Cherry, que cantou com Greentea Peng, além dos atores Benedict Cumberbatch, Florence Pugh, Guy Pearce, Riz Ahmed, Ramy Youssef e nomes conhecidos por seus posicionamentos políticos como o jogador de futebol Eric Cantona e os ativistas Francesca Albanese e Ben Jamal, além do próprio Eno e vários outros, ajudaram a ampliar uma discussão, que ainda este ano, era considerada tabu e fez artistas inclusive serem expulsos ou terem apresentações canceladas por assumirem essa postura – o trio irlandês Kneecap é o caso mais emblemático, mas há vários outros. Aos poucos a arte muda a paisagem política do mundo, mas é preciso que alguém comece…

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