Intensidade solar

, por Alexandre Matias

Pouco antes de começar a segunda noite de sua temporada no Centro da Terra, passei no camarim do teatro para desejar mais uma boa apresentação para Lenna Bahule e ela comentou que a que iria fazer nesta segunda era mais solar, diferente da primeira. “Que foi intensa”, emendei, para ouvi-la repetir com um sorriso que “intensa é a palavra, a de hoje vai ser mais solar”, no que reforcei que poderia a apresentação poderia ser solar E intensa ao mesmo tempo – e foi exatamente o que ela fez. Como na semana anterior, começou sozinha no palco, desta vez sem tocar nenhum instrumento senão sua voz, para logo depois ser acompanhada de seus dois comparsas desta temporada, o baixista Kiko Woiski e o guitarrista Ed Woiski, ambos imersos em um groove hipnótico e cheio de detalhes sutis, que só cresceu com a entrada dos convidados da noite, a maravilhosa e forte voz da angolana Jessica Areias (que, ao dançar junto com Lenna no meio do palco, era pura energia) e a força no couro dos mestres Maurício Badé (na percussão) e Jota Erre (em uma minibateria), explorando o jogo de vozes que envolvia todos no palco, palmas e a participação do público numa noite, sim, solar e intensa.

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