Hoje no Prata da Casa: Afroeletro

, por Alexandre Matias

E hoje no Prata da Casa tem o Afroeletro, que, apesar do nome, bebe mais na música nordestina do que no eletro em si – como descrevo no texto que escrevi sobre a banda para o projeto do Sesc. Para ir no show, às 21h, basta chegar no Sesc Pompéia com até uma hora de antecendência para retirar o ingresso (o show é de graça). Vamo aê?

O quinteto paulistano é mais um dos representantes da redescoberta da música africana que vem acontecendo no início desta nova década – e pode enganar a começar pelo próprio nome, já que o sufixo “electro” remete ao batidão pós-hip hop dos anos 80 que serviu de combustível para uma cena dance music – quase sempre com vocalistas geladas – na década passada. Mas em vez de uma incursão pelas sonoridades eletrônicas modernas, a viagem proposta pelo grupo liga o continente africano ao nordeste brasileiro, quando o groove de guitarras secas, baixo no contratempo e percussão polirrítmica se encontram com o tambor de crioula do Maranhão, pontos de candomblé, cantos de capoeira, versos de cavalo-marinho do Pernambuco e até rimas de rap tipicamente paulistano. Seu primeiro disco foi lançado no início do ano e reúne integrantes do Bixiga 70, a guitarra afromacarrônica do paulistano Kiko Dinucci e a presença do pernambucano Siba, num caldeirão de ritmos e melodias que ampliam ainda mais a presença da música africana no Brasil do século 21.

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