“Quem tem consciência para ter coragem”: Karina Buhr toca Secos e Molhados

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Eis que surge mais um vídeo da incrível série de shows 73 Rotações organizada pelos caras do Radiola Urbana. Dessa vez, vemos a diva Karina Buhr reencarnar os Secos e Molhados ao lado de um time de feras composto nada menos por três cidadãos instigados (Clayton Martin na bateria e Fernando Catatau e Régis Damasceno nas guitarras), o jovem mestre Guizado no trompete, Mau no baixo e Xuxa Levy nos teclados. Sente o drama que ficou “Primavera nos Dentes”:

Quer mais? Há outros vídeos capturados durante o show que eu compilei logo abaixo, formando a íntegra do disco homenageado:

 

Céu inna Bob Marley style

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E por falar no 73 Rotações, começaram a aparecer os vídeos do show que a Céu fez tocando a íntegra do primeiro clássico de Bob Marley, Catch a Fire. Dá uma sacada nos vídeos abaixo:

 

Cidadão Instigado: “There’s someone in my head but it’s not me”

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Mais um registro, dessa vez oficial, de um dos grandes shows do ano – quando o Cidadão Instigado visitou o Dark Side of the Moon do Pink Floyd dentro do projeto 73 Rotações do Radiola Urbana. Com seis câmeras mirando no palco, o site registrou o momento épico de encerramento de um show espetacular.

Nós e eles: como foi o show do Cidadão Instigado tocando o Dark Side of the Moon do Pink Floyd

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Uma viagem… E como não seria? Afinal Fernando Catatau, Régis Damasceno, Dustan Gallás, Clayton Martin e Rian Batista pareciam ser os candidatos óbvios à tão árdua tarefa – tocar todo o principal disco do Pink Floyd pós-Syd Barrett ao vivo. Este trabalho já havia começado a existir quando o Instituto homenageou Gilmour, Waters, Mason e Wright num show há três anos – contando com os cidadãos Régis Damasceno e Fernando Catatau nas guitarras. E é famoso o apreço da banda cearense pelo grupo inglês, por isso não foi difícil para os Radiolas Urbanas pensarem no show que aconteceu sexta passada no Sesc Santana dentro do projeto 73 Rotações, idealizado pelo site de Ramiro e Filipe.

Mas uma coisa é falar da inevitabilidade (ou obviedade) da escolha, outra coisa é vê-la funcionando. Quem esteve presente no palco do pequeno teatro foi transportado para a dimensão emocional abordada por Roger Waters ao cogitar um disco conceitual sobre o sentido da vida. Tempo e dinheiro, vida e morte, loucura e sanidade – os temas abordados por Dark Side of the Moon eram amplificados pela atuação da banda – além do peso da melodia, dos riffs, dos versos e vocais, havia o fato da maioria do público presente ter assistido a ascensão do Cidadão Instigado na última década, que de banda retirante liderada por um barbudo com jeito de maluco tornou-se um dos principais nomes do pop brasileiro do século 21. Não parecia apenas inevitável (ou óbvio) que o Cidadão pudesse tocar seu disco mais influente e central do Pink Floyd, parecia natural. Uma herança que cruzou o Atlântico e o Equador para renascer nova na zona norte da cidade de São Paulo, tocada por um grupo do Ceará. Uma interseção de valores improváveis que mostrava aos novatos ao disco do prisma (se é que havia alguém ali) as principais referências musicais e conceituais reverenciadas pelo Cidadão Instigado. E o grupo foi feliz tanto ao escolher a cantora Nayra Costa para segurar os vocais de apoio do disco (que fez arrepiar ao assumir a épica “The Great Gig in the Sky”) quanto ao dividir os vocais principais entre as diferentes vozes do grupo. Em vários momentos a importância emocional do Dark Side of the Moon se misturava àquela relativa ao Cidadão Instigado e era possível perceber a união entre público e banda em torno de um sentimento puro – aquele que nos leva a gostar de música.

Foi pura emoção. Um disco cerebral tornado passional ao vivo, que ainda contou com “Have a Cigar”, do disco seguinte, Wish You Were Here, no bis. Esperamos outras aparições deste espetáculo – ou pelo menos outras versões (adoraria ver o grupo tocando o The Wall, “Shine On You Crazy Diamond” ou o subestimado Animals, entre outros).

Fiz uns vídeos e eles estão logo abaixo. A foto que ilustra o post é de Vinícius Nunes e eu peguei no site do Radiola.

 

73 Rotações: Karina Buhr toca Secos & Molhados

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Hoje começa o 73 Rotações do Radiola Urbana no Sesc Santana – e quem abre o evento é Karina Buhr tocando Secos & Molhados. Os ingressos já estão esgotados, mas a Karina postou uma palhinha do que dá pra esperar da noite de hoje, tocando um trecho da fantástica “Primavera nos Dentes“:

Promete!

Radiola Urbana em 1973

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Karina Buhr tocando o primeiro disco dos Secos & Molhados, Cidadão instigado relendo a íntegra do Dark Side of The Moon do Pink Floyd, Céu visitando Catch a Fire do Bob Marley & The Wailers e Fred Zeroquatro apresentando a clássica estréia em disco de Nelson Cavaquinho. É um pequeno festival dos sonhos, mas não é tão sonho assim, pois irá acontecer: a nova encarnação do projeto 72 Rotações, realizado no ano passado pelos compadres do Radiola Urbana, ganha uma versão 2013 e mais uma vez o palco do Sesc Santana recebe nomes da nova música brasileira reinterpretando clássicos com 40 anos de idade, no final de setembro. Os shows do evento 73 Rotações acontecem entre os dias 26 a 29 do mês que vem, sempre às 21h (à exceção do último show, no domingo, às 18h), e conversei com os compadres Ramiro Zwetsch e com o Filipe Luna, capitães tanto do Radiola Urbana quanto do festival, sobre o evento que já pode ser considerado histórico. A entrevista segue abaixo: