Mais uma música já vazado novo disco do Toro y Moi, “Buffalo” é bem tranquila e mantém a vibe ensolarada do primeiro single do novo disco da banda, “Empty Nesters“.
Mais uma música do novo disco do Modest Mouse, que a cada nova faixa revelada mostra-se um disco cada vez mais consistente. A escolhida da vez é “Of Course We Know”, a faixa que fecha o disco.
E a Carole King de nossos tempos é uma indiezinha que aprendeu a compor ouvindo Stephen Malkmus. Lá vem Courtney Barnett com outra pérola de um dos discos que eu mais tô esperando esse ano, chamada “Depreston”:
Adriano Cintra não pára e depois de lançar seu primeiro disco solo no ano passado e começar a rascunhar um novo disco do Ultrasom (falo mais disso depois), reativou o Caxabaxa, mesmo que momentaneamente: “O Caxa tá ativo agora porque o Carlinhos tá em SP por uns dias e temos que aproveitar, ele mora em Santa Catarina e é complicado essa história de fazer música interestadual”, me disse. Fizeram show nesse fim de semana e a primeira indireta do mal que lançaram esse ano é essa pérola.
O projeto solar de Andy Cabic volta a dar notícia depois de quase quatro anos sem novidades. O Vetiver já deu duas amostras do som do próximo disco, Complete Strangers, mais groovy (“Current Carry” tem um violãozinho chacundum bem brasileiro) e mas igualmente sussa como já sabemos… Coisa fina.
O disco sai no finzinho de abril, mas já está em pré-venda.
Bem boa essa primeira música da banda só de meninas que a Scarlett Johansson inventou. A banda chama-se The Singles e tem, entre seus integrantes a Este Haim (do Haim), Holly Miranda, Julia Haltigan e Kendra Morris (todas estas cantoras com suas próprias carreiras individuais). A idéia da atriz era criar uma banda só de meninas ao estilo Go-Go’s e Bangles: “Queria ser como essas bandas, ultrapop mas ao mesmo tempo um pouco irônica, meio piadinha”, disse à Rolling Stone. Que venha mais!
Esqueci de comentar a sonzeira que o BaianaSystem lançou antes do carnaval começar. “Playsom” (que pode ser baixada de graça no site da banda) não só é a primeira amostra do som da banda sob a tutela do produtor Daniel Ganjaman (que começa a esmerilhar todo seu know how jamaicano no que pode ser o seu grande disco de dub brasileiro) como foi trilha sonora pra folia no carnaval de Salvador deste ano.
O BaianaSystem é uma importante ponta do iceberg das mutações que estão acontecendo no cenário pop em Salvador e não por isso escolhi conversar com seu líder e guitarrista Beto Barreto na matéria que fiz pro UOL sobre a crise da axé music.
O Baiana – como é conhecido pelos fãs – está puxando uma lenta transformação no carnaval de Salvador que tem a ver com o desgaste artístico e econômico do modelo de negócios criado com a axé music e no carnaval deste ano arrastou multidões ao tocar em trios sem cordas, fazendo a muvuca misturar públicos e estilos musicais na melhor concepção da convulsão cultural que deveria ser o carnaval. Olha só essa foto do iBahia da banda sobre o trio Nave Pirata:
E a massa cantando o refrão de “Terapia“, música sampleada na própria “Playsom”?
O sucesso do BaianaSystem está ligado não só à crise da axé music mas também da crise do modelo de camarotização/área VIP que tem se tornado tradicional no Brasil nos últimos 20 anos e que, não por acaso, teve uma forte popularização a partir da Bahia (não apenas no carnaval de Salvador mas também na transmutação de Trancoso numa “Cannes tropical”, como nos lembra a Marina Rossi neste texto pro El País). Tomara que se espalhe pelo país essa noção de que, no fundo, todos somos pipoca.
Courtneyzinha mandando ver no azedo primeiro single de seu aguardado álbum de estréia, pras sessões do Guardian. É dos discos que eu mais espero de 2015.
Eis a primeira música do primeiro disco solo de Mac McCaughan, o dono do Superchunk e da gravadora Merge. “Lost Again” mantém o clima bucólico das melodias de sua banda original mas sem o peso, com ênfase em uma guitarra mais melancólica e beeeem indie. O disco completo – chamado Non-Believers – sai em maio.
Ninguém duvida da maestria do produtor Nicolas Jaar, mas quando o cara salva uma música mais ou menos e a transforma num momento sublime, vale reforçar o talento do sujeito. Não sei se vocês perderam seu tempo ouvindo a música nova da Florence & the Machine, mas vale ouvir só uns trechos pra entender a base:
Aí chega o produtor americochileno e faz uma música meia boca simplesmente transcender:
Isso é alquimia pura, amigos.