É bem inofensiva essa música do Tricky com a Mallu Magalhães, mas o cruzamento dos dois flagra um ponto em comum entre as duas carreiras: se a base do velho trip hopper (que toca no Sesc Pompéia no fim deste mês) é genérica e sem inspiração, o vocal de Mallu está na medida para esse tipo de música, pedindo uma produção mais caprichada, que possa a levar para um mundo de música eletrônica distante do chacundum do violãozinho folk-indie-brasil ao redor do qual ela construiu sua carreira. Quem se dispõe?
Mais uma música nova do disco novo do Built to Spill, que sai no mês que vem. “Never Be the Same” é mais pé no chão que a anterior “Living Zoo” – e ambas mostram que a banda segue em forma.
E depois de ter virado o baú do Chic atrás de pérolas do passado, Nile Rodgers começa a desovar suas pérolas. A primeira é essa irresistível “I’ll Be There”.
Eis o primeiro clipe do disco novo do Modest Mouse – e a música escolhida foi a mesma “Lampshades On Fire” que anunciou a volta da banda.
Bem bom esse trato que a dupla nova-iorquina Knocks deu em “Not on Drugs” da sueca Tove Lo, tirando toda a pegada de rock épica do refrão do original (que destoava do resto da música) e trazendo de volta pra pista de dança.
Se o seu lance é a ourivesaria da canção, você já deve estar de ouvidos atentos para o jovem canadense Tobias Jesso Jr., que, apenas com sua estreia – batizada apenas de Goon – já entra como forte candidato a disco do ano graças a um conjunto de canções de cortar o coração. Como essa “Without You”, que ele gravou na semana passada no programa do Conan O’Brien, cantando ao piano, acompanhado de um octeto de cordas, do produtor Ariel Rechtshaid na guitarra e da vocalista do Haim, Danielle, na bateria.
O quarteto potiguar Mahmed foi pinçado pela gravadora paulistana Balaclava como um de seus próximos lançamentos e seu primeiro disco, batizado Sobre a Vida em Comunidade, sai em abril. A banda, instrumental, caminha pela seara do pós-rock, mas com elementos mais solares e praianos, que aliviam no peso e volume, dando uma clareada nos espaços e silêncios das canções com timbres mais claros e andamentos mais psicodélicos. Como é o caso dessa “Shuva”, disponibilizada exclusivamente para o Trabalho Sujo.
Já falei que o James Murphy é o responsável pela trilha sonora do novo filme do diretor de Frances Ha, While We’re Young (vale a pena ver o trailer), e além de reunir trechos de concertos de Vivaldi, flashbacks clássicos (“All Night Long” do Lionel Richie, “Buggin’ Out” do A Tribe Called Quest, “Nineteen Hundred and Eighty-Five” do Paul McCartney com os Wings, “The Ghost in You” dos Psychedelic Furs), um remix das Haim (de “Falling”, feito pelo Duke Dumont) e duas canções gravadas pelo próprio Murphy, sendo que uma delas é “Golden Years”, de David Bowie (que também aparece na versão original). Enquanto esta versão não surge em público, outra faixa de Murphy na trilha (a gélida “We Used to Dance”, composta e tocada por ele mesmo e bem Bowie fase Berlim) deu as caras. Ei-la:
É claro que você lembra da Natalie Imbruglia – como esquecer aquela franja onipresente na MTV no final dos anos 90, cantando o hit “Torn“? Ela está preparando sua volta ao mundo fonográfico com um disco chamado Male, em que faz versões para vários hits modernos, entre músicas do Cure, Neil Young, Iron & Wine, Damian Rice, Tom Petty, Death Cab For Cutie e Cat Stevens. A primeira que ela mostrou foi a versão que ela fez para a colaboração do Daft Punk com Julian Casablancas, dos Strokes, “Instant Crush”. Ficou beeem mais ou menos:
Se é pra ouvir uma versão legal dessa música, prefiro a das Say Lou-Lou, do ano passado.
Falei outro dia da nova sonoridade do Daniel Johns, que a gente conhecia como aquele moleque do Silverchair, e ao falar da Natalie Imbruglia (que foi sua esposa até 2008) lembrei de conferir a quanto andava seu novo trabalho. Eis que saiu o prometido EP Aerial Love e ao contrário de Imbruglia, que soa bem careta, o trabalho de Johns – que não tem nada a ver com o rock e conversa mais com o R&B atual – é bem mais promissor. Saca só: