Roda Viva com Thiago França

Pra quem não conseguiu ver o Roda Viva desta segunda, em que participei da bancada de entrevistadores para falar sobre carnaval em São Paulo com o compadre Thiago França, segue o programa abaixo:  

Chegou o carnaval!

Carnaval já estava aí faz tempo, mas começou oficialmente nessa sexta-feira, quando a Casa de Francisca recebeu a Espetacular Charanga do França pra mais um baile à fantasia. Quem conhece sabe como é a avalanche de boas vibrações disparada pela Charanga, que mistura Queen com “Alalaô”, Beth Carvalho com Daft Punk, Benito di Paula com axé music deixando todo mundo de pernas e garganta doendo de tanto dançar e cantar. Thiago ainda temperou o já tradicional coro de “prende… prende prende prende o Bolsonaro” (mais quente que nunca) com um providencial “fora Nunes” que também deveria fazer parte da folia paulistana, afinal o atual prefeito que ninguém sabe quem é parece que é contra o carnaval. Fiz a minha parte na abertura e no final, mas fiquei devendo “Macetando”, que a Carol, lá da Francisca, veio me pedir. Na próxima não falta!

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Assista a um trecho aqui.

Uma comemoração particular – de um país inteiro

Encontrei Kiko, Thiago e Juçara logo que cheguei na Casa de Francisca nessa quinta-feira saindo do elevador que agora dá acesso ao camarim em direção ao palco. Pude cumprimentá-los rapidamente antes que eles começassem a apresentação e desejar um bom show (no caso deles redundância, mas a saudação importa) quando Thiago frisou: “Sabe que hoje é aniversário daqui, né?”. Não estava sabendo, mas há exatos sete anos a Casa de Francisca arrancava suas raízes na rua José Maria Lisboa nos Jardins para replantá-las no coração de São Paulo, há poucos metros da Praça da Sé, no Palacete Tereza que hoje é a cara do lugar. Feliz por estar participando mais uma vez de um momento histórico desse palco sagrado (ainda mais com show do Metá Metá!), também comemorei que esse poderia um bom começo de carnaval, embora a vibração fosse distinta. Até que começaram a cair umas fichas: primeiro que aquele começo de carnaval tinha começado algumas horas antes, quando a polícia federal deteve o passaporte do meliante que ocupou a presidência da república, aproximando-o de seu destino desejado, a cadeia. O efeito dominó que as notícias da quinta-feira causaram (e seguem causando) inevitavelmente desdobraram-se na série de piadas e numa contagem regressiva que a prisão do desgraçado poderia ser o início do carnaval (eu acho que não vai rolar agora, vai ser um carnaval fora de época daqui a pouco). E depois me lembrei do show que vi daquele mesmo Metá Metá na outra Casa de Francisca, no fatídico dia 12 de maio de 2016, quando o Senado autorizou o início do golpe na Dilma. Foi o começo da era de trevas da qual ainda estamos saindo e lembro direitinho (até escrevi sobre isso na coluna que tinha na Caros Amigos na época) de como aquela notícia pesou nosso encontro antes do show e como o show em si foi um exorcismo daquele futuro ruim que sabíamos que viria. Oito anos depois, lá estava o mesmo Metá Metá – só os três de novo – em outra Casa de Francisca comentando a possibilidade de prender a pessoa que só chegou onde chegou porque derrubaram a presidenta naquele passado não tão distante. Ainda não estamos festejando o que deve ser festejado, mas o futuro sombrio (que ainda se avizinha, à espreita, fingindo-se de desentendido) está mais distante do que estava naquela noite de 2016. E mais uma vez era a música que mostrava o rumo a ser seguido. Viva a resistência cultural! Viva a Casa de Francisca! Viva o Metá Metá! Viva o Brasil e viva a música!

Assista a um trecho aqui.

#metameta #casadefrancisca #trabalhosujo2024shows 15

Mais uma vez no Roda Viva

Agora já pode contar: fui um dos entrevistadores do próximo Roda Viva, clássico programa de entrevistas da TV Cultura, que irá ao ar na segunda-feira de carnaval quando recebe o atual dono desta data em São Paulo. O programa com o compadre Thiago França será exibido no mesmo dia em que ele sai com sua tradicional Espetacular Charanga do França, parando Santa Cecília com doses pesadas de boas vibrações, e o papo não podia ser outro além de carnaval, mas é claro que isso também é motivo para falar de política, cidadania, arte e cultura, tanto no contexto da folia, quanto em uma escala mais ampla – ainda mais em ano de eleição. Na banca, ao meu lado, estavam Alberto Pereira Jr., Mariana Zylberkan, Leonardo Rodrigues Dahi e Pérola Mathias e o programa foi mediado pela Vera Magalhães, a quem agradeço o convite. É a segunda vez que participo do programa, a outra foi há mais de 15 anos, quando o entrevistado foi o profesor e crítico cultural norte-americano Steven Johnson.

Aquecendo o inferno

Começamos os trabalhos do Inferninho Trabalho Sujo nesta quinta-feira, quando recebemos lá no Picles mais uma vez a Xepa Sounds do Thiago França, que passou por tudo quanto é tipo de hit – teve desde “Total Eclipse of the Heart” até “Hotline Bling” – antes que eu e a Fran incendiássemos a pista para começar a aquecer os trabalhos da festa neste novo ano. E como bem lembrou a Fran, já já completamos um ano de discotecagem em dupla, quando tocamos juntos pela primeira vez, justamente num show do Thiago, só que com sua Charanga. Deu muito certo, né?

Assista aqui:  

Inferninho Trabalho Sujo apresenta Xepa Sounds

Prontos pra aumentar ainda mais o calor do verão 2024? Então te prepara que a primeira edição do ano do Inferninho Trabalho Sujo, que acontece nesta quinta-feira, como sempre no Picles, tá em chamas. Quem começa ateando o fogo – e já com os pés na fogueira do carnaval – é o trio Xepa Sounds, em que Thiago França, Pimpa e Samba Sam atiçam o começo do fervo com gasolina musical! Depois, eu e a Francesca, devidamente recarregados depois do descanso do fim do ano, aumentamos ainda mais a temperatura com hits que atravessam a madrugada cuspindo labaredas sonoras que não deixam ninguém parado. O Picles fica no número 1838 da Cardeal Arcoverde, no coração de Pinheiros, e a festa começa a partir das oito da noite sem previsão de horas pra termina!

Comemorar o livramento

Qualquer apresentação ao vivo da Espetacular Charanga do França é aquele jorro de energia vital que faz até o proverbial defunto levantar-se do caixão. Mas neste primeiro dia de dezembro de 2023 na Casa de Francisca, a alta vibração foi ainda mais intensa, especialmente depois do discurso de abertura feito por seu maestro, Thiago França, que ajudou a acordar a consciência de como finalmente desentalamos essa época de morte que atravessamos nos últimos anos e, como ele mesmo pôs, “comemorar o livramento” dessa época tão depret. E tome sambas clássicos, axé music, Britney Spears, pagodeira, “Eva” e todo o repertório de hits alheios em versões carnavalescas que não deixaram ninguém parado. Foi de lavar a alma.

Assista aqui:  

Com a Charanga do França na Casa de Francisca

E nessa sexta repito a noitada com o Thiago mas em outras condições de temperatura e pressão: ele finalmente lança o disco de sua Espetacular Charanga do França nesta sexta e sábado na Casa de Francisca e me chamou para discotecar na primeira dessas apresentações. Partimos de um extremo de noitada paulistana para o outro mas com a mesma eficácia – e se você não dormir no ponto ainda consegue pegar um dos últimos ingressos pra essa apresentação neste link. Toco antes e depois do show com a incumbência de transformar aquela tradicional discotecagem pós-show em uma baladinha de fato.

Quinta-feira surreal

Quando a quinta-feira termina com Arrigo Barnabé, é que foi daqueles dias. Perdi o André Prando, que esquentou o Inferninho Trabalho Sujo no Picles logo cedo, abrindo terreno para as tradicionais duas horas de Xepa Sounds, quando o Thiago França encara hits pop de todas as épocas ao lado dois terços da percussão de sua Charanga, os compadres Samba Sam e Wellington Pimpa, passeando entre novos clássicos da dance music e aquela pagodeira que todo mundo canta junto. Depois que eu e a Fran assumimos a pista ainda começou a chegar uma quantidade absurda de gente que vai saber como é que as coisas terminaram…

Assista aqui:  

Inferninho Trabalho Sujo apresenta Xepa Sounds e André Prando

Encerrando as comemorações dos 28 anos do Trabalho Sujo, o último Inferninho Trabalho Sujo deste novembro mágico acontece nesta quinta-feira, quando mais uma vez Thiago França traz a fina esculhambação de seu Xepa Sounds para o sobrado interdimensional que abre novas dimensões no meio do canteiro de obras que muitos conhecem como bairro de Pinheiros. Antes da Xepa quem toca é o André Prando e depois dela eu e a Fran derretemos a pista com aqueles hits que você conhece – e outros tantos que você nunca imaginou ouvir no Picles! O Inferninho acontece no número 1838 da rua Cardeal Arcoverde e a noite vai até…