Lou Reed: “Take a ride on the wild side”

lou-reed-honda

Das ruas de Nova York direto para… as ruas de Nova York, mas fazendo comercial de motoca.

Quem conta a história do comercial em sua conta do Vimeo é o editor do curta, Lawrence Bridges, que pela mesma época havia editado o vídeo de “Beat It”, do Michael Jackson. Diz o cara:

“As the editor I had to put this all together, and I was brought in for my background in music videos, where editing was hero and we were free to do whatever we wanted with footage. The more rules you broke, the better. The generation being advertised to at that point was probably the most cynical and suspicious toward the medium to date, and moreover, I had this monumental piece of music that I had to honor. For me, the answer was to make an “underground” short film”

Mesmo sendo um comercial, ficou massa.

Brian Wilson e Jeff Beck tocando o Pet Sounds

brian-wilson-pet-sounds-live

Brian Wilson e Jeff Beck estão se apresentando juntos numa turnê pelos EUA que começou no fim do mês passado e vai até o fim deste mês – e no show programado para a semana passada em Nova York (no suntuoso Beacon Theater) os dois simplesmente dedicaram parte da apresentação a tocar, na íntegra e sem anúncio prévio, o grande disco dos Beach Boys, Pet Sounds. A turnê ainda contava com a presença dos beach boys David Marks e Al Jardine, o que tornou o momento ainda mais épico. Abaixo, alguns vídeos que apareceram online deste show:

 

A segunda semana da “residência” de Banksy em Nova York

banksy-ny-meat-packing

E a presença de Banksy na maior cidade dos Estados Unidos começa a sair das paredes (que já começam a virar fonte de renda para flanelinhas de grafitti, vejam só): no fim de semana passado ele fez um caminhão circular com um oásis na carroceria (veja a foto lá embaixo) e ontem ele botou outro caminhão para circular pelo Meatpacking District – e chamou esta obra de Sirens of the Lambs.

banksy-ny-meat

Veja o vídeo:

Na semana passada o inglês pintou outros muros e ainda divulgou um vídeo direto do Oriente Médio, veja abaixo:

 

De repente, Paul

paul-times-square

Sir Paul McCartney deu o ar de sua graça em pleno Times Square, em Nova York, pegando turistas e transeuntes de surpresa, para promover seu disco New num show-relâmpago.

Dica do Pedreira (valeu!).

A “residência” de Banksy em Nova York

banksy-westside

Outubro começou bem: o maior artista vivo, o grafiteiro inglês Banksy, anunciou em seu site que irá passar o mês em uma “residência” em Nova York, espalhando pela cidades suas já clássicas intervenções visuais – sempre replicando-as em seu site (e em uma conta no Instagram que pode ou não ser oficial):

banksy-occupy-the-musical

A “exposição”, sem local nem hora para aparecer (e acabar, já que alguns grafittis já estão sendo apagadosserá que algum irá a leilão?), chama-se Better Out than In e deve render mais assunto durante os próximos dias, porque em se tratando de Banksy, estes primeiros murais irônicos são só uma espécie de aquecimento…

banksy-the-street-is-in-play

O fato de mirar em Nova York deve trazer algo numa escala maior em pouco tempo.

banksy-mob-the-musical

É só um chute, mas…

banksy-the-musical

E você já viu o documentário dele, né?

banksy-midtown

Se não, vacilas – olhaê:

Nova York, outono de 2013: The feeling is the genre

nyc-2013-fbmp-01

Acompanho a evolução da curitibana Fernanda Baglioli em seus sets via Goldiamond e Sweet Grooves há um tempo e quando ela foi passar uma temporada em Nova York no mês passado, me disse que iria assistir a alguns shows e apresentações legais. Pedi pra ela escrever e descrever o que viu na grande cidade e eis seu relato abaixo:

 

Nicolas Winding Refn e o papel lúdico da violência no cinema

Nicolas-Winding-Refn-Ryan-Gosling

O diretor de Drive fala sobre a importância do sexo e da violência como elemento fantástico na narrativa cinematográfica e detalha porque esta última funciona tão melhor e tem um apelo tão direto, ainda que oposto à sua presença fora da ficção ou do cinema.

Gostou? A íntegra da conversa do diretor em uma das Summer Talks oferecidas pelo Film Society of Lincoln Center·em Nova York pode ser assistida abaixo:

 

Parque Adam Yauch, em Nova York

adam-yauch-park

Este fim de semana marcou um ano (já?) da morte de Adam “MCA” Yauch, o beastie boy da voz rouca cuja morte antecipou o fim de uma de nossas bandas favoritas. E a principal homenagem à importância do rapper aconteceu na sexta-feira passada, quando o departamento de parques e recreações do Brooklyn nova-iorquino decidiu lembrar a memória de Yauch ao rebatizar o Palmetto Playground, perto da região em que MCA cresceu, como Adam Yauch Park. O compadre Adam Horowitz – o Ad-Rock – esteve presente na cerimônia e discursou para agradecer a lembrança o velho amigo de banda:

Abaixo, a transcrição em inglês da fala de Ad-Rock:

 

Boards of Canada 2013: “—— / —— / —— / XXXXXX / —— / ——”

BoC-2013

Depois da dupla francesa, é a vez dos irmãos escoceses fazerem mistério. O lendário Boards of Canada, um dos pais da chamada IDM e talvez o maior nome da música eletrônica ambiente deste século (James Blake tem que comer muito feijão com arroz ainda), deu sinal de vida. Sem lançar nada desde 2006, os irmãos Michael Sandison e Marcus Eion lançaram, neste Record Store Day, um único 12 polegadas, na nova-iorquina Other Music. No disco, batizado com o enigmático nome de —— / —— / —— / XXXXXX / —— / ——, só se ouve uma coisa:

“9-3-6-5-5-7”.

Foi o suficiente para fazer fãs saírem à caça, principalmente no site especializado 2020k e no fórum Twoism, onde já cogitaram que o número sejam coordenadas geográficas, um código de cores, uma letra em ASCII (“m”, que se for a quarta letra de uma palavra com seis, como o título pode indicar, pode ser, por exemplo, a época em que o disco será lançado – “summer”?). Vale a pena acompanhar a discussão (em inglês) nos comentários de um vídeo em uma conta do YouTube que pode ser um perfil falso da banda – apenas pelo simples fato de ter surgido uma anotação com o nome do disco aos 4:20 do vídeo:

Outro jogo começou. Imagine se houver outros discos em lojas espalhadas pelo mundo que ainda não foram encontrados… Vi na Fact.

Como foram os três shows do Cure que assisti em Nova York, em 2011

robert-smith-beacon-theatre

Em 2011, pude presenciar três shows da banda de Robert Smith na última vez em que eles tocaram seus três primeiros discos na íntegra. As apresentações aconteceram no suntuoso Beacon Theatre, em Nova York, e como deverão ser as apresentações do grupo na nova turnê sul-americana, os shows tiveram mais de três horas, cada. Na sexta-feira foram 46 músicas, no sábado e no domingo, 48 em cada dia. Os shows saíram da sequência dos três primeiros discos da banda e a formação do grupo ia mudando a cada novo disco: nas músicas de Three Imaginary Boys, de 1979, estavam no palco apenas Bob Smith, Simon Gallup e Jason Cooper; nas de Seventeen Seconds, de 1980, este trio era acompanhado de Roger O’Donnell nos teclados; e quando começaram Faith, de 1981, Lol Tolhurst junta-se ao quarteto tocando teclados e instrumentos de percussão.

A primeira parte dos shows era composta pelos três discos tocados na íntegra. A segunda parte – um extenso bis dividido em três partes – era composto pelos lados B da banda na época destes três discos e, em seguida, literalmente por toda a coletânea Standing on a Beach, de 1986, fora as músicas que extras de cada show (o sábado teve “Do the Hansa” tocada pela primeira vez desde 1979 e o domingo teve “Close to Me”). Mais de dez horas de Cure num único fim de semana memorável, que registrei nos vídeos que posto abaixo e sirvo de aperitivo para o show de amanhã em São Paulo. O primeiro show eu filmei inteiro, o segundo quase todo e, do último, só gravei as três últimas músicas.

Mas o melhor é comparar os setlists daqueles shows e ver o proposto para o Brasil e descobrir que 70% do que vão tocar aqui eu não assisti ao vivo. E preparem-se: mesmo gordo e com o cabelo seco, Robert Smith segue com voz intacta e como um dos maiores guitarristas vivos – e sempre conversando, simpático, com seus fãs.