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sexually-or-philosophically

Enquanto isso, em 1965: os Stones tocam Beatles

E que tal Mick Jagger e Keith Richards tocando “I’ve Just Seen a Face” e “Eight Days a Week” na brinca, durante uma excursão pela Irlanda em 1965?

Muito fera. A cena é parte do documentário Charlie is My Darling, que está sendo relançado em um box set ajeitado e foi pinçada pelo Dangerous Minds.

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“Come now, gentlemen, there must be some mistake…”

Comemorar o aniversário de 69 anos só vale de verdade quando é de uma pessoa próxima, mas o Dangerous Minds aproveitou que hoje Mick Jagger completa idade para resgatar essa pérola do meio de Performance:

Tudo foda. Mick Jagger não é Mick Jagger à toa.

Clássico é clássico: Mick Jagger + Caetano Veloso

E por falar em Mick Jagger, vou puxar a sardinha pro Brasil pra lembrar do clássico episódio em que Caetano Veloso entrevistou o vocalista dos Rolling Stones para a TV Manchete, nos anos 80. O surgimento da Manchete, lançada numa década em que só haviam três ou quatro canais da TV (internet? hahaahahah), foi saudado na época mais ou menos como o lançamento da revista Piauí no mercado editorial brasileiro. Além de revelar novos talentos (Angélica e Xuxa são crias de lá) e explorar novos rumos para a telenovela (culminando na épica e memorável Pantanal), a emissora também investia no telejornalismo em diferentes frentes – de um lado havia o Documento Especial, que apresentava o submundo da cidade grande para o resto do Brasil, do outro o Conexão Internacional, programa de entrevistas capitaneado pelo Roberto D’Ávila, que abriu uma edição do programa para Caetano Veloso entrevistar Mick Jagger. Só achei esse trecho da entrevista no YouTube, que a descrição diz ser do filme Cinema Falado, do próprio Caetano Veloso (que nunca tive coragem de assistir).

Devia ter na íntegra, ninguém sabe onde tem isso?

A entrevista é clássica por ter dado origem a uma das principais polêmicas cultivadas pela Ilustrada, na Folha de S. Paulo, o embate memorável de Paulo Francis e Caetano Veloso. Afinal, olha como Francis tratou a entrevista de Caetano em sua coluna:

“É evidente, por exemplo, que Mick Jagger zombou várias vezes de Caetano na entrevista na TV Manchete. O pior momento foi aquele em que Caetano disse que Jagger era tolerante e Jagger disse que era tolerante com latino-americanos (sic), uma humilhação docemente engolida pelo nosso representante no vídeo.”

Além de ter tripudiado da ingênua pergunta de Caetano sobre a importância do rock para a história da música:

“Essa pergunta simplesmente não se faz em televisão, ou até em jornal. É de um amadorismo total. Só serve para seminários de ‘comunicação’ no interior da Bahia. Não é uma pergunta jornalística. Jagger começou a debochar aí.”

Caetano ficou putaço, chamou Francis de “bicha amarga” e Francis não deixou barato:

“Duas sorridentes cascavéis deste caderno me comunicaram hoje que Caetano Veloso me agrediu numa coletiva. Outro tema de debate: cantor de samba fazendo show vale uma coletiva? Por quê? Bem, fiz críticas culturais ao estilo de personalidade de Caetano, o flagelado milionário de ‘boutique’, servil como um escravo diante do condescendente Mick Jagger. São críticas, certas ou não, mas culturais. Qual é a resposta de Caetano? Diz que sou uma bicha amarga e recalcada. É puro Brasil. Ao argumento crítico, o insulto pessoal. Mas o insulto é o próprio Caetano. Afinal, o que ele quer dizer é que sexualmente sou igual a ele, e usa isso como insulto.”

A história virou pauta em que o intelectualismo cultural brasileiro foi submetido à enquete “Paulo Francis ou Caetano Veloso?” – e essa história está toda contada melhor aqui.

Em tempo, eu sou time Caetano.

“I got the moves like Jagger”

Só isso:

Letícia que linkou.

Mick Jagger, Arcade Fire, Jeff Beck e Foo Fighters no Saturday Night Live

Que coisa fina esse encontro que o Saturday Night Live proporcionou no fim de semana: Mick Jagger cantando seus clássicos com os titãs do rock pós-internet. Primeiro com o Arcade Fire:

Depois com os Foo Fighters:

E, de lambuja, um blues sobre a corrida presidencial norte-americana, acompanhado por ninguém menos que Jeff Beck:

Pra encerrar, Mick apresentou a cerimônia de despedida da atriz e roteirista Kristen Wiig do programa, uma bela celebração de amizade entre o elenco desta geração com o Arcade Fire tocando “She’s a Rainbow” e “Ruby Tuesday”, dos Stones.

Babydoll de nylon combina com Mick Jagger e David Bowie

Robertinho do Recife sorri em algum lugar.

Maroon 5 + Christina Aguillera

E não é que ficou foda essa combinação?

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