FYI @ IMS

E por falar nisso, faz tempo que não falo da seção FYI do IMS por aqui, mas desde abril eu e a Helô mantemos a coluna com certa regularidade no blog do Instituto Moreira Salles, trazendo novidades de todos os lados – quase todas não associadas necessariamente às notícias, mas trazendo informação e conhecimento de outras áreas. Desde então já falamos da batalha de Kruger, sobre a poética das letras do hip hop brasileiro (em duas partes), sobre o direito de ficar calado, a íntegra de shows do Coachella e trechos do Sónar brasileiro deste ano, a moda para quem não é da moda, sobre a árvore de tweets da Rio +20, do tricô como manifestação artística, de como a presidência norte-americana é tratada pela TV daquele país, da viagem interdimensional do casal Eames, gifs animados do século 19, uma gafe da BBC, além dos obituários de Nora Ephron, Ray Bradbury e Dieter Fischer-Dieskau. Confere .

Lurdez da Luz: “Um subgrave nas veias abertas da América”

Lurdez aos poucos vem se consolidando com uma das melhores vozes femininas do rap brasileiro, se liga…

Hoje no Prata da Casa: Elo da Corrente

E hoje quem toca no Prata da Casa é o Elo da Corrente. Sabe como é o esquema no Prata, né? A partir das 20h, os ingressos começam a ser distribuídos no Sesc Pompéia – e o show, de graça, começa às 21h. Vamo lá? Abaixo, o texto que escrevi para o projeto.

Entre o disco mais recente dos Racionais MCs, Nada Como um Dia Após o Outro Dia, de 2002, e a ascensão de Emicida, o hip hop paulistano teve uma série de novos protagonistas que ajudaram a consolidar sua fama ao mesmo tempo em que tiraram a pecha fora da lei que poderia transformar o gênero em caricatura. Nomes como Sabotage, Kamau, De Menos Crime, SNJ, Z’África Brasil e Mamelo Sound System ajudaram a moldar esta nova faceta, mas não sozinhos – e entre as promessas que surgiram na década passada está o grupo Elo de Corrente. Com participações em coletâneas como Direto do Laboratório e Raps de Verão Volume 1, entre outras, o trio bolou o show Missão de Pesquisas Folclóricas, montado em cima de gravações feitas na década de 1930 por Mário de Andrade, no mesmo ano (2009), que lançou seu único EP, batizado de O Sonho Dourado da Família, com sete faixas, e, aos poucos, prepara-se para o lançamento de seu primeiro álbum, ainda sem título definido.

Racionais 2012

Rapaz, o que será que vem por aí…

Vi aqui.

É, parece que o clipe de “Carlos Marighella”, com produção do DJ Cia, vem aí. Filmei a música no último show que vi dos caras.

Pra quem não curtiu a Cone Crew… CRENTE CREW

E aí, vai acompanhar?

Sílvio Santos Vida Loka

Depois do Iron Maiden, o Ian deu a dica do Silvio Santos cantando Racionais MCs.

Não custa lembrar que tem Racionais no Sesc Pompéia no fim do mês – e é claro que os ingressos já acabaram.

Racionais MCs no Lollapalooza

Vi só o finzinho do show dos Racionais no Lollapalooza, mas o Mateus assistiu a tudo e conta mais:

Uma quantidade moderada de pessoas, se comparada ao público médio da tenda Perry (eletrônica), aguardou por pouco mais de uma hora para tirar a prova. Ao contrário de todas as outras bandas do festival, os Racionais não começaram no horário. O suspense para entrar no palco povoou as mentes com toda sorte de conspirações, alimentadas pela mítica em torno do grupo. Shows cancelados. Perseguição da polícia. Confusões de toda sorte. As teorias mais plausíveis davam conta de um suposto desentendimento a respeito da gravação do show (que, segundo o Multishow, foi proibida pela banda). Nada vem fácil para o Racionais, nunca veio. Não vai ser desta vez, justo ali. A tensão foi levada ao limite, e o grupo só entrou quando a plateia já vaiava o atraso de forma generalizada. Mas o que aconteceu na próxima hora e meia tornou sem sentido qualquer especulação a respeito das razões.

(…)

E eis que o bando estava muito à vontade, Mano Brown sorridente e interagindo o tempo todo com o público e com a pequena multidão no palco. Os clássicos vieram: “Vida Loka II”, “Negro Drama”, “Eu Sou 157”, “Homem na Estrada”, “Jesus Chorou”, “Estilo Cachorro”. Deve ter sido a primeira vez em qualquer edição do festival que tantos boys (de vila ou quatrocentões), minas, indies, seguranças e funcionários da limpeza curtiram um show juntos e misturados, sem qualquer distinção ou condescendência aparente. Mas foi só quando o jogo estava ganho que o Racionais decidiu mostrar por que esse dia seria ainda mais especial do que todos já sabiam. Como um soco na cara, surgiu nos telões a imagem da carteira de afiliação de Carlos Marighella ao PCB. Ao lado de seu rosto, a foice e o martelo ardiam impiedosamente nas vistas de um festival que representa tudo, menos o comunismo. Uma cena completamente impensável de acontecer em qualquer festival nos EUA.

A projeção seguiu ali durante toda a execução de “Marighella”, mas foi além, como foi além Mano Brown. As rimas da música nova se fundiram em uma exaltação ao “momento do Brasil”, sobre como os estrangeiros estão fascinados pelo país, e como nós temos que estar preparados para aproveitar a maré a nosso favor.

A íntegra tá lá no site da Soma.

Ogi: “Só me diz o que aconteceu”

Clipe novo do Ogi na área:

Você conhece a Cone Crew Diretoria?

Os cariocas também tão lançando clipe novo:

E guardem nesse nome, eles vão virar o novo Planet Hemp.

Ogi no Prata da Casa 2012

Bem foda o primeiro show da temporada 2012 do Prata da Casa. A casa cheia combinou com a lua cheia e Ogi aproveitou a oportunidade para apresentar o trabalho de dos compadres MCs que subiram ao palco com ele (Henrick Fuentes e sua “Chave de Cadeia” e James Ventura com sua “O Rap É Fato”), além de, claro, desfilar suas Crônicas da Cidade Cinza. Filmei uns trechos do show: o video logo abaixo resume o final da noite e os que vêm logo depois têm trechos do começo.

E lembra que semana que vem tem o Cícero, hein!


Ogi – “Noite Fria” / “Talarico” / “A Vaga” / “Profissão Perigo”