Clipe

O grupo mineiro Varanda acaba de comemorar o primeiro aniversário de seu disco de estreia, Beirada, e encerra 2025, que viu o grupo, entre outras coisas, ser escalado para tocar na próxima edição do Lollapalooza, com o lançamento de um EP que encerra sua primeira fase. Rebarba é o nome do disco de cinco músicas que chega às plataformas de streaming nessa terça, reunindo composições que o grupo preparou durante a gravação de Beirada mas que só veem a luz do dia agora — e eles antecipam em primeira mão aqui para o Trabalho Sujo um clipe em 360º que fizeram para uma das músicas, “Ela Já Me Ama”, gravado no bunker da banda, o Estúdio LadoBê, em Juiz de Fora, que traz a vocalista Amélia do Carmo tocando violão e o guitarrista Mario Lorenzi se arriscando no synth. “O disco abriu muitas portas pra gente, tem trazido muitas boas oportunidades da gente espalhar o nosso som, tocando em novos lugares e até pra públicos novos nos lugares que a gente já tocou, porque muitos novos ouvintes chegaram esse ano”, explica o baixista Augusto Vargas. “Estamos na ansiedade pro ano que vem, pra além do Lolla, esperamos chegar em novos lugares e lançar outro disco”, continua Augusto, que diz que a banda ainda não está com planos de novo disco por enquanto. “Mas já existem várias músicas pra serem trabalhadas e estamos querendo começar isso logo”, conclui.

Veja a capa do EP e assista ao clipe abaixo: Continue

Taylor Swift lançou mais um disco essa semana, mas uma música em especial está chamando mais atenção – e por motivos que vão para além da música. “Actually Romantic” é uma resposta mal educada ao Brat de Charli XCX, disco que, a partir das inseguranças de sua autora, busca tocar em temas delicados na música pop como, por exemplo, a competição entre artistas – especialmente artistas mulheres. Enquanto “Sympathy is a Knife” – que reclama que “toda essa simpatia é uma faca” – parece ser destinada a Taylor Swift (especificamente por mencionar ter que encontrar alguém nos bastidores do show da banda do namorado da Charli – ela que hoje é casada com o baterista do The 1975, cujo vocalista namorou Taylor), mas fala sobre inseguranças com o mundo do entretenimento como um todo. Pois parece que Taylor achou que não só essa música, mas todo o Brat, era sobre ela, a ponto de ela batizar sua faixa de desforra em referência à faixa “Everything is Romantic” do disco de Charli. Só que o mesmo havia acontecido em relação a “Girl, So Confusing” do mesmo disco em relação à cantora neozelandesa Lorde, que em vez de responder à Charli em outra música, preferiu juntar forças à suposta antagonista numa versão remix da música do Brat, rendendo uma versão ainda melhor da música original, uma parceria – e uma amizade – improvável e uma resposta à pretensa inimizade que deve florescer entre quaisquer cantoras. Havia uma expectativa que Taylor participasse do Brat and It’s Completely Different but Also Still Brat (como tantos outros fizeram, da Robyn a Ariana Grande, passando por Addison Rae, Caroline Polachek, Lorde, Tinashe, Julian Casablancas, Bon Iver, Billie Eilish e tantos outros), mas pelo jeito ela não entendeu nada, fez uma música de resposta bem forçada (e, vamo falar a real, bem infantil) e vai dar mais holofote ainda pra Charli, que já tinha desligado seu Brat pra focar na carreira de atriz. E se a gente compara a música da Charli com a da Taylor então, pobre menina rica…

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Kevin Parker cada vez mais abre a cortina para revelar o que podemos esperar do próximo de seu Tame Impala, Deadbeat, desta vez mostrando “Dracula”, terceiro single do disco que será lançado no próximo dia 17. Como os dois singles anteriores (“End of Summer” e “Loser”), a nova faixa reforça a influência eletrônica e de dance music no novo álbum, fazendo parecer que, enquanto esperávamos que Dua Lipa ficasse mais psicodélica ao chamar Parker para produzir seu disco mais recente, foi o produtor australiano que infectou-se da dance alto astral da musa anglo-albanesa. Ao mesmo tempo, “Dracula” é a música mais acessível das que já foram lançadas e acena para um Tame Impala mais tradicional, ainda que o clipe faça referências a Thriller do Michael Jackson, a cena rave australiana e à dancinha que os personagens da turma do Snoopy fazem num baile de formatura do segundo grau dos moleques do desenho animado. O disco ainda é uma incógnita, mas essa música desceu bem.

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A dupla norte-americana Magdalena Bay, autora de um dos melhores discos do ano passado – e possivelmente da década! -, volta a lançar músicas novas, só que agora sem os poucos recursos que tinham quando lançaram o soberbo Imaginal Disk (cuja capa, por exemplo, foi feita com um efeito especial literalmente artesanal). Felizmente a estabilidade comercial não afetou a criatividade dos dois, que lançaram músicas excelentes e complementares ao mesmo tempo em que o clipe que fizeram para uma delas, a ótima “Second Sleep”, dá uma amostra do que pode ser sua prometida versão visual do disco de 2024 e deixa a vocalista Mica Tennebaum à vontade para soltar toda sua performance dramática, tão boa quanto sua presença vocal. O lado B deste single, a jazzy e melancólica “Star Eyes”, não vem com clipe, mas juntas duas canções dão uma bela amostra do caminho que eles podem percorrer já que têm reconhecimento e a atenção do público. E se esse novo single é o aperitivo de um novo álbum (eles não falaram nada sobre isso, mas já disseram que não haverá edição deluxe de Imaginal Disk e tratam as novas músicas como uma nova fase), tudo indica que teremos um disco ainda melhor em breve… Tomara!

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Mês passado Sessa deu um gostinho de seu próximo disco em sua apresentação no Centro da Terra, quando aproveitou para mostrar algumas inéditas, tocar com os músicos que participaram da gravação (Biel, Cabral e Ina), além de apresentar um novo instrumento na formação (o piano) e revelar o nome de seu próximo disco em primeira mão. Pois hoje ele não só mostra a bela capa do novo trabalho, Pequena Vertigem de Amor, que será lançado no dia 7 de novembro e já está em pré-venda, como mostra seu primeiro single, a singela “Vale a Pena”, cujo verso do refrão – “viver vale a pena, minha galera” – sintetiza a onda do disco, gravado logo após ele ter se tornado pai e aberto seu próprio estúdio ao lado do baterista Biel Basile. Ele ainda traz um clipe para comemorar o novo lançamento, que você assiste abaixo: Continue

Aproveitando essa quinta-feira cheia de anúncios sobre marcos da música indie brasileira deste século, quem também faz aniversário é a carreira solo do senhor Pedro Bonifrate, líder dos clássicos Supercordas, que resolveu finalmente colocar pra jogo sua primeira gravação solo nas plataformas digitais como uma forma de celebrar os vinte anos de sua vida fonográfica. O disco Os Anões da Villa do Magma (20º Aniversário Deluxe) chega finalmente chega à era do streaming duas décadas depois de estrear na era do download, como o próprio Pedro lembra-se: “Anões foi lançado como se fazia de forma independente em 2005: no Trama Virtual, que o listou como um dos melhores do ano, no MySpace e como download direto do site”, até transformar-se em CD pelo saudoso selo Peligro, com a capa assinada por Ana Helena Tokutake. Mas a nova edição não traz simplesmente o disco remasterizado a partir das fitas originais, mas também uma série de músicas novas daquele mesmo período, entre versões anteriores das canções, uma música revertida, “canção totalmente inédita que foi abandonada no caminho” e o novo remix para “Estudo Rural em Ré Maior”, que Pedro escolheu como novo single do trabalho, que ganha clipe e chega às plataformas nessa sexta-feira, mas pode ser visto em primeira mão aqui no Trabalho Sujo.

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Revelada em menos de 48 horas após seu anúncio, a nova versão do Anthology dos Beatles recapitula a autobiografia que o grupo escreveu para si mesmo no fim do século passado nas três frentes originais. Há uma nova edição do livro original de 1995 que será lançada no dia 14 de outubro (já em pré-venda), mas ainda não há informações sobre se há alguma alteração ou atualização em relação à versão original, que não estava mais em catálogo. Na versão para a TV foi acrescido um nono episódio inédito, dedicado ao reencontro dos três remanescentes nos anos 90, quando gravaram as três faixas depois da morte de John Lennon que ancorariam os três volumes da coletânea original, além de esta ser disponibilizada no serviço de streaming Disney+ a partir do dia 26 de novembro, quando serão lançados os três primeiros episódios (o que leva a crer que o resto da série será lançada semanalmente). E na versão musical, que chega às plataformas de áudio no 21 de novembro e também está em pré-venda, acrescenta-se um quarto disco duplo com mais sobras de estúdio e demos do grupo durante os anos 60, boa parte delas já lançadas nas versões expandidas dos discos gravados entre 1966 e 1969, mas não há nada das gravações na Alemanha ou no Cavern Club, nem o “Helter Skelter” com 27 minutos ou a lendária “Carnival of Light”, contudo (e como previsto) traz versões melhoradas dos dois singles póstumos lançados nos anos 90, “Real Love” e “Free as a Bird”, este último já antecipado numa versão remasterizada do clipe, abaixo: Continue

Um dos grupos de música pop mais coerente das últimas décadas, o trio inglês Saint Etienne anunciou no início do ano que se aposentará após o lançamento de seu décimo terceiro álbum, International, que sai no início do próximo mês. Depois de anunciar a despedida com um single produzido pelo chemical brother Tom Rowlands (a deliciosa “Glad”) no primeiro semestre, agora mostra outra faixa com o dedo de outro mago da eletrônica do final do século passado, ao lançar “Take Me to the Pilot”, que foi co-escrita e coproduzida por Paul Hartnoll, da dupla Orbital. Com uma vibe mais de rave – ainda que um tanto domesticada, afinal o Saint Etienne é pop – que o astral dançante do primeiro single, mostra que o grupo quer encerrar sua discografia apontando para as diferentes regiões musicais que frequentou em seus últimos anos. Tomara que o disco venha com uma turnê que leve o grupo para o resto do mundo e que novas gerações possam conhecer discos maravilhosos como So Tough, Good Humour e Foxbase Alpha.

Veja o clipe do novo single abaixo: Continue

Eis “End of Summer”, primeira faixa do que pode ser o próximo disco do Tame Impala, sete minutos do que Kevin Parker descreve como “uma espécie de rave futurística e primitiva” e que, como sempre ao anúncio de cada novo álbum, abre novas possibilidades musicais para seu grupo, ampliando ainda mais a vibe dance para além dos experimentos da década passada. Desta vez parece que o foco do novo trabalho – que nem foi confirmado de fato e segue sem título, capa ou data de lançamento – paira sobre a virada dos anos 80 para os 90, naquele período difuso em que o indie dance, a acid house e a cultura rave criavam o chamado novo verão do amor, em que o ecstasy assumiu o lugar do LSD numa nova psicodelia que era tão lisérgica quanto dançante e sem rosto. É o fim do verão, mas como ele mesmo anuncia no post do Intagram “uma nova era começa…” Chega mais, Kevinho.

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Brinquei outro dia sobre a vibe do show da Schlop dizendo que a banda ligava o modo “lo-fi foda-se”, mas a verdade é que de um ano pra cá, Isabella Pontes tem deixado esse espírito em segundo plano para soar menos foda-se, embora mantenha seu pézinho no lo-fi. Isso tem a ver com o fato de ela ter tirado sua banda do quarto, onde gravou seus dois discos, e ter assumido a formação que montou para levar aquelas músicas para o palco. Acompanhei de perto essa mutação, que culminou no elenco atual que forma o grupo, com Lúcia Esteves na outra guitarra, Alexandre Lopes no baixo e Antonio Valoto na bateria. Para celebrar essa nova fase, ela decidiu regravar boa parte das músicas dos dois discos com essa nova formação em um novo álbum ainda sem nome que lança este semestre. E começa a mostrar essa nova leva de gravações ao apresentar sua já clássica versão para a “New York I Love You But You’re Bringing Me Down” do LCD Soundsystem que se transformou na paulistana. “São Paulo Te Amo Mas Tá Foda Demais”, que ela antecipa em primeira mão para o Trabalho Sujo, bem como seu clipe, que traz o mesmo Caco dos Muppets que fez sua versão há mais de uma década na internet, só que agora ambientado em São Paulo. A música foi composta depois que Bella voltou a morar em São Paulo, voltando de temporadas que passou em cidades diferentes como Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, Piracicaba e Campinas, no interior de São Paulo. E além das músicas já conhecidas, o disco, ainda sem título nem data de lançamento, trará os primeiros registros oficiais para pérolas como “Marquinho Van Halen” e “Rima Triste”.

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