Vida Fodona #807: Demorei, né?

Muita coisa acontecendo.

Ouça abaixo:  

Belle & Sebastian 2017: “…before this went down”

We-Were-Beautiful

Aproveitando o verão europeu, o grupo indie escocês Belle & Sebastian lança o single solar “We Were Beautiful”, primeira música que lançam desde 2015 e uma bela canção que não está atrelada a nenhum disco próximo.

Pelo menos até agora.

Belle & Sebastian olímpico

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“Belle & Sebastian curte as Olimpíaas, ama o ideal olímpico e a ideia de que o mundo se reúne uma vez a cada quatro anos para um grande ‘dia de esportes'”, escreveu o líder do grupo escocês, Stuart Murdoch, ao apresentar uma música instrumental em homenagem aos jogos olímpicos. “Não podemos fazer parte disso, apesar de adorarmos. Então gravamos uma música com o Rio na cabeça, especialmente o atletismo. Ei-la: ‘Olympic Village, 6AM”:

Vida Fodona #531: Frio do inverno

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Mesmo com sol…

Paul Simon – “Wristband”
Glue Trip – “Le Edad del Futuro”
Whitney – “Follow”
Beach Boys – “‘Till I Die”
Sebadoh – “Everybody’s Been Burned”
Yo La Tengo – “Our Way to Fall”
Belle & Sebastian – “A Summer Wasting”
Neil Young + Sadies + Garth Hudson – “This Wheel’s on Fire”
The Band – “The Weight”
Bob Dylan – “Tangled Up in Blue”
Arnaldo Baptista – “Será Que Eu Vou Virar Bolor?”
Sonic Youth – “Incinerate”
Cramps – “Human Fly”
Autoramas – “Carinha Triste”
The Fall – ” Victoria”
Ira! – “Farto do Rock’n’Roll”
Doors – “Soul Kitchen”
Blood Orange – “E.V.P.”
Jamie Xx + Romy Madley Croft – “Loud Places (John Talabot’s Loud Synths Reconstruction”
Lana Del Rey – “Blue Jeans (Penguin Prison Remix)”
Tame Impala – “Let it Happen (Soulwax Remix)”
BaianaSystem – “Azul”
Beck – “Jack-Ass”

Vida Fodona #524: Killing people’s not my scene

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Uma playlist para manter o ânimo em dia: resistir sempre!

Clash – “Clampdown”
Titãs – “Desordem”
Legião Urbana – “A Dança”
Gang of Four – “Not Great Men”
Stereolab – “Ping Pong”
New Order – “Blue Monday”
Grandmaster Flash & The Furious Five – “The Message”
NWA – “Fuck tha Police”
Public Enemy – “Bring the Noise”
Racionais MCs – “Você Me Deve”
Gil Scott-Heron – “The Revolution Will Not Be Televised”
Bob Marley – “War”
Junior Murvin – “Polices & Thieves”
Specials – “Ghost Town”
Massive Attack – “Safe from Harm”
Kendrick Lamar – “Alright”
BaianaSystem – “Duas Cidades”
Criolo – “Fermento Pra Massa”
Bob Dylan – “Subterranean Homesick Blues”
Beatles – “Revolution”
Belle & Sebastian – “If You Find Yourself Caught in Love”

Como foi o Popload Festival 2015

belle-iggypop-audio

Fui aos dois dias do Popload Festival, o festival do Lucio que aos poucos se estabelece no calendário brasileiro como um dos principais eventos de música em São Paulo, e a melhor constatação foi ver, na prática, que “festival de música” não é sinônimo para perrengue, pé na lama, chuva, som ruim, shows à luz do dia, dezenas de milhares de pessoas, quinze mil bandas e a grande maioria delas ruim, comida tosca, banheiros imundos, gente passando mal. Tudo funcionava – e isso é ponto não só para a organização como também para o Audio Club.

Cheguei no primeiro dia no meio do ótimo show do Sondre Lerche e não dá pra entender porque o francês não estava abrindo para o Belle & Sebastian, que tocaria no dia seguinte – era uma situação que todos iriam ganhar, inclusive o festival. Depois foi a vez do Emicida, que optou por fazer um show mais pesado e dando uma geral em toda sua carreira, em vez de tocar apenas o show do disco novo – embora o melhor momento tenha sido “Madume”, em que ele chamou os rappers Drika Barbosa, Raphael Alafin, Muzzique e Coruja para quase nove minutos de dedo na cara. A única concessão ao peso da noite foi a radiofônica “Passarinhos”, deixando claro que o artista sabia que a grande maioria do público nunca tinha visto um de seus shows.

E, como alguns, tive que fazer a escolha salomônica entre ver uma lenda viva do rock (ainda) em ação e um ás da atualidade em seu atual auge. Como aquela não era minha primeira vez com o velho Iggy e sabia que o show começava como uma memorável sequência “No Fun”, “I Wanna Be Your Dog”, “The Passenger” e “Lust for Life”, escolhi assistir ao início do show de roque para depois cair na pista do mago norueguês da disco music, Todd Terje, mas não sem antes assistir ao mosh que o quase centenário roqueiro deu sobre o público que nasceu depois que ele gravou “Candy”, nos anos 80. No clube do Audio, longe das guitarras, Terje determinava um transe rítmico em que timbres retrô pareciam ter nascido no século 20 – e até um velho hit da Whitney Houston não soava como mera citação, combinando perfeitamente com o repertório da noite, repleto de faixas de seu excelente It’s Album Time, do ano passado. O astral da apresentação do escandinavo estava tão bom que, mesmo com ele acabando antes do show do Iggy Pop terminar, bandeei pra casa.

No dia seguinte, consegui ver mais uma vez o Cidadão Instigado tocando seu tenso Fortaleza ao vivo e a banda de Fernando Catatau está imersa na alma pesada do disco – mesmo os momentos mais leves (como “Land of Light” ou “La La La La La La La”) soam bem mais intensos e elétricos do que gravados, mesmo sem sair de suas levadas originais. O Spoon fez um show quase às escuras e o intimismo dark da banda norte-americana não encontrou liga com o público do Belle & Sebastian. Foi um show preciso e empolgante, mas a grande parte do público apenas esperava a banda que encerraria o palco, como também aconteceu no show do Cidadão. Mas não era desânimo – o público estava atento e apreciou os dois shows, mas era uma abordagem muito cética perto do excesso de fofura do show Belle & Sebastian.

Não desgosto do Belle & Sebastian, mas estou longe de ser um fã. Contudo, é uma banda que pertence à minha geração e aquele era o quarto show do grupo escocês que assistia. O lado fofinho, sorridente e Hello Kitty da banda quase chega a me irritar – gosto deles quando esquecem o Nick Drake para revisitar o soul dos anos 80 via Inglaterra. O mais curioso, no entanto, foi a onda jovem que parece ter descoberto o grupo nos últimos anos. Quando assisti ao show que o grupo fez na saudosa Via Funchal há cinco anos, tive a clara sensação de que todos os presentes ali haviam assistido (ou queriam ter visto) o grupo em sua primeira passagem no Brasil, quando tocaram no também saudoso festival Free Jazz (o avô do igualmente saudoso Tim Festival). Eram os indies velhos (como eu), que voltavam para ver uma banda que foi importante para eles em suas juventudes. Mas no encerramento do festival do Lúcio havia muito gente no início dos 20 anos que com certeza não estava naquele show de 2010. A grande interrogação ficou pela forma como esse público descobriu a banda: foi trilha sonora de filme? Tocou na novela? Entrou em videogame? Descoberta semanal do Spotify?

O fato é que essa nova geração de fãs se entregou à fofura do Belle & Sebastian e o show foi muito mais passional que o de Iggy Pop, por incrível que pareça. A felicidade no ar era parecida com a do show que a banda fez em São Paulo no início do século, quase sem acreditar que não apenas tinham fãs no Brasil como eles sabiam cantar todas as músicas. Essa constatação guiou a apresentação da banda, que foi pouco a pouco hipnotizando o público em sua bolha de otimismo, o que também cativou os mais velhos presentes – tocaram até “Legal Man”, que é minha música favorita deles. Foi um show tão divertido quanto cativante e, ao contrário do Iggy Pop, não habita apenas o palco, como um deus do rock. O momento já clássico dos shows da banda é justamente quando trazem os fãs para o palco. Querem dizer que são pessoas como eles. Enquanto o mosh de Iggy Pop na galera é um elogio à saúde atual do roqueiro e uma honra para os pobres mortais que o seguraram antes que ele caísse no show, a subida ao palco do Belle & Sebastian é um abraço coletivo, um carinho de cena que funciona como um colo para pessoas que reconhecem mais as canções que os integrantes da banda.

E é essa dicotomia – entre o antigo rock clássico e o clássico indie rock – que precisa ser resolvida pelo Popload. Ao trazer Iggy Pop como uma das atrações em um festival essencialmente indie, ele abre a possibilidade de realizar shows de veteranos para poucos milhares de pessoas. Mesmo para uma banda como o Belle & Sebastian, o palco do Audio foi bem mais acolhedor e, na medida do possível, intimista do que os outros dois quando eles passaram por São Paulo (o clube da Água Branca deve ter menos que a metade do tamanho da Via Funchal). A escolha de Iggy Pop pode criar uma expectativa errada para o festival (o público da Kiss FM e do Café Piu Piu certamente iria em peso caso o show tivesse uma divulgação específica para canais não-indies, o que não aconteceu) ao mesmo tempo em que ele pode fugir da fórmula “o hype da vez” trazendo velhos de guerra e indies grandes para tocar num palco que os deixa quase em cima do público.

Abaixo, alguns vídeos que fiz no festival.

Belle & Sebastian 2015: “Sexual tension at the fridge”

belle2015

O Belle & Sebastian (que já está com data agendada pra tocar no Brasil) lança mais um clipe de seu novo disco, o deliciosamente retrô “Perfect Couples”, sobre casais perfeitos que se separam.

Belle & Sebastian no Brasil!

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O grupo escocês Belle & Sebastian deve vir ao Brasi em 2015 para mostrar seu novo disco Girls in Peacetime Want to Dance lançado no início deste ano. Quem crava é o José Norberto Flesch, do Destak, que ainda diz que a banda viria ao país em novembro para mais de um show, sendo que um deles deverá acontecer em um festival. Acontece que em novembro a banda comemora duas décadas na ativa – e nos faz pensar se eles irão tocar seus hits do tempo em que eram uma banda cult ou apenas fazer o show tradicional de lançamento do disco…

As memórias do Belle & Sebastian

BelleSebastianPaperBoat

Ex-integrante do Belle & Sebastian saído ainda nos anos 90, Stuart David está preparando um livro de memórias sobre sua banda original chamado In the All-Night Café, em que ele conta sobre como teve a ideia de criar a banda, como conheceu seu xará e conterrâneo Stuart Murdoch e como conseguiram transformar uma ideia na última banda cult do século 20. Entre as memórias Stuart também está desenterrando outras antiguidades, como esta “Paper Boat” cujo clipe inédito consiste de imagens dos dois Stuarts, Isobel Campbell e Karn David (que dirigiu os primeiros clipes do grupo) em uma viagem para Banchory, Aberdeenshire, filmados pelo empresário da banda na época, Neil Robertson.

Vida Fodona #484: As 75 Melhores Músicas de 2014

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Mais de cinco horas de programa…

Lorde – “Don’t Tell’Em”
Eric Clapton – “For Jack”
Séculos Apaixonados – “Um Totem do Amor Impossível”
Marion Cotillard – “Snapshot in LA”
André Paste + Fepaschoal – “A Calma”
MØ – “Walk This Way (Slowolf Remix)”
Escort – “If You Say So”
Mercúrias – “Desse Jeito”
Say Lou Lou – “Instant Crush”
Hotlane – “Whenever”
Phonat – “Never”
Haim – “My Song 5 (Movement Version)”
Mahmundi – “Sentimento”
Alessandra Leão – “Mofo”
Nação Zumbi – “Defeito Perfeito”
Melody’s Echo Chamer – “Shirim”
David Bowie – “Sue (Or In A Season Of Crime)”
Jungle – “Busy Earning”
AlunaGeorge – “Supernatural”
Black Keys – “Turn Blue”
Jungle – “The Heat”
Pipo Pegoraro – “Aiye”
Todd Terje – “Inspector Norse”
Racionais MCs – “Quanto Vale o Show?”
Tops – “Change of Heart”
Lana Del Rey – “Florida Kilos”
Thiago Pethit – “Romeo”
Angel Olsen – “Stars”
Chet Faker – “1998”
Meghan Trainor – “All About That Bass”
André Paste + Holger – “Cosmos”
Banda do Mar – “Mais Ninguém”
Broken Bells – “After the Disco”
Silva – “Entardecer”
Tops – “Outside”
Thurston Moore – “Forevermore”
Belle & Sebastian – “The Party Line”
Grimes + Blood Diamonds- “Go”
Mr. Twin Sister – “In the House of Yes”
Sants + Estranho + El Mandarim- “Madruga”
Mombojó + Laetitia Sadier – “Summer Long”
Sia – “Chandelier”
Chromeo + Toro Y Moi – “Come Alive (The Magician Remix)”
Banda do Mar – “Me Sinto Ótima”
Damon Albarn – “Everyday Robots”
Criolo + Juçara Marçal – “Fio De Prumo (Padê Onã)”
Flying Lotus + Kendrick Lamar – “Never Catch Me”
Russo Passapusso – “Paraquedas”
Leo Cavalcanti – “Inversão do Mal”
De Leve – “Estalactite”
Mark Ronson + Bruno Mars – “Uptown Funk”
Lana Del Rey – “West Coast (Munk Remix)”
Les Sins + Nate Salman – “Why”
My Magical Glowing Lens – “Dreaming Pool”
Ariana Grande – “Problems (Bo$$ in Drama Remix)”
Kendrick Lamar – “i”
Jungle – “Time”
Michael Jackson + Justin Timberlake – “Love Never Felt So Good”
Mark Ronson + Kevin Parker – “Daffodils”
Metronomy – “Love Letters (Soulwax Remix)”
Bixiga 70 – “100% 13”
Angel Olsen – “Windows”
Nação Zumbi + Marisa Monte – “A Melhor Hora da Praia”
Saint Pepsi – “Fiona Coyne”
Taylor Swift – “Shake it Off”
Lana Del Rey – “Ultraviolence”
Iggy Azalea + Charlie XCX – “Fancy”
Racionais MCs – “Você Me Deve”
Taylor Swift – “Blank Space”
War on Drugs – “Under The Pressure”
Criolo + Tulipa Ruiz – “Cartão de Visita”
Spoon – “Rainy Taxi”
Alvvays – “Archie, Marry Me”
Courtney Barnett – “Avant Gardener”
Juçara Marçal – “Ciranda do Aborto”

Aqui ó.