Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.

4:20

Elephant ao mesmo tempo

Procurando pelos vídeos do Elephant, do Gus Van Sant, achei esse mashup com quatro pontos de vistas de personagens sincronizados entre si. É claro que se você não viu o filme, é melhor não assistir o vídeo abaixo, pois entrega boa parte da história.

Planos-seqüência clássicos

touch-of-evil

E por falar em plano-seqüência, separei alguns clássicos pra matar o tempo. Começando pelo principal deles, o ousado início de A Marca da Maldade, de Orson Welles. Se ele inventou o cinema em Cidadão Kane, com esse filme ele inventou o cinema B:

Tem vários outros aí embaixo:

 

Você viu antes no Link: Super Mario Galaxy 2

Demais, demais, demais. Mario Bros resume a psicodelia eletrônica dos anos 80 de um jeito tão mágico: é steampunk e pastoril, onírico e lisérgico, infantil e robótico. E como essa Nintendo envelhece bem este universo – é como se pudéssemos acompanhar a rotina do País das Maravilhas, de Oz ou da Terra do Nunca sem sermos guiados por uma visitante acidental.

Balu Mulatu

Esse groove mashupado eu tunguei do Mini, mas tem a ver com o Mowgli psicodélico das 4:20 de ontem.

O plano-seqüência de El Secreto de sus Ojos

Algum filme brasileiro ousa desse tanto?

As 100 melhores músicas de 2009: 43) Yeah Yeah Yeahs – “Heads Will Roll”

Grande Mini

Que isso não pareça puxa-saquismo nem autopromoção, mas fui pegar a URL do site do Mini para o post anterior e vi que há muito tempo não dava uma passada no Conector.

Vacilo meu.

Desde que ele deu um tempo no carnaval postando desenhos, não passei mais por lá, mas ao visitar seu site desta última vez, percebi como ele está se tornando um dos principais cronistas desta transição analógico-digital aqui no Brasil. E, como bagagem, ele conta com o fato de ser publicitário, budista e ser guitarrista da melhor banda de rock do Brasil atualmente. Isso parece depor contra a qualidade dos textos (publicitário-budista-roqueiro?), mas, pelo contrário, só os aprofunda. Convido-os a ler o Mini falando do impacto da câmera digital nos não-fotógrafos e do Photoshop na vida real, da volta do relógio de bolso, de um jeito moderno de lidar com o stress, de como a mente humana vem se tornando cada vez mais cenário de filmes, do envelhecimento da geração digital, de mobilização digital ou sobre rock gaúcho (usa uma entrevista do Wander para falar sobre o papel do produtor, descobre a ótima Mess e entrevista o Andrio do Superguidis), sobre ficar numa boa, sobre o Avatarfestejando Mulatu ou house fuleiro, ou ainda escrevendo os volumes esparsos da Biblioteca Conector para Estudo de Mídias Variáveis (ã?) e nos entupindo de metáforas (“advogar pureza de métodos e mundos na busca por uma nova solução em qualquer área é como entrar no carro e sair dirigindo com o freio de mão puxado”, “Julie e Julia é, então, uma agradável e consistente Sessão da Tarde com um brinquedinho a la Kinder Ovo incluído pra quem se interessa por comunicação”).

Leiam e vejam se eu estou falando bobagem. Maior orgulho de ser da mesma trupe desse sujeito (Bruno e Arnaldo sabem).

Walverdes 101

O Wilsera fez mais uma coleta foda, desta vez dedicada à melhor banda de rock em atividade no Brasil, os Walverdes do meu compadre e sócio nOEsquema Gustavo Mini Bittencourt (é oficial, aboli as aspas de seu nome do meio). Se você concorda comigo no fato da tríade guitarra, baixo e bateria ser uma das grandes invenções do século 20, aumente o volume para ouvir uma das poucas bandas no mundo que não grilam de ser rotuladas como grunge (embora, no fim das contas, seja apenas rock mesmo). O disco pode ser baixado aqui.

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