Monstro solar

, por Alexandre Matias

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Fiel escudeiro e copiloto das viagens de Lulina, o pernambucano Léo Monstro prepara-se para o voo solo e lança o primeiro clipe de seu disco de estreia Solar (capa acima) em primeira mão no Trabalho Sujo. “Solar é meu primeiro álbum solo, é a primeira vez que lanço um trabalho com meu nome”, ele me explica por email. “Comecei a trabalhar nas músicas que viriam compor o disco no segundo semestre de 2013, após umas aulas de canto que fiz, juntamente com Lulina, pra ela se preparar para as gravações do Pantim (disco mais recente de Lulina). Como, até então só tinha composto músicas (para voz, no caso) com ela e cantava sempre a acompanhando, com as temáticas que ela propunha, nunca tinha explorado minha voz muito além. Durante essas aulas eu fui descobrindo novas possibilidades de cantar, novos registros, e isso me instigou a começar as composições, num celular – devo essa descoberta – e serei eternamente grato – a Sandra Ximenez. A partir daí as músicas foram aparecendo e fui percebendo que tinha um trabalho novo em mãos, dessa vez composto por mim pra eu mesmo cantar. Em 2014 a idéia se transformou em vontade e decidi que iria lançar meu primeiro álbum como Monstro. Como já era conhecido por esse nome, foi natural.”

“A partir da decisão de lançar o álbum fui focando mais e mais nas composições pra minha voz e, em no começo de 2015, tinha as músicas prontas – a última da leva foi ‘Analog Days’ (a música do primeiro clipe). Daí procurei o Pedro Penna com as bases do álbum já pré-produzidas e fomos ouvindo tudo, pensando em como incrementar aquilo. Este processo demorou quase um ano e meio, foi longo, mas permitiu que a gente trabalhasse bem cada música individualmente. No final de 2016 – finalmente! -, tava com tudo em mãos e pronto pra lançar. Aí foi só esperar aquele ano pesado terminar pra começar este ano com novas energias.”

“Durante todo este longo processo de 3 anos, fui registrando, com o mesmo celular que usei pra compor e pré-produzir o álbum, todos os lugares por onde passei, aleatoriamente”, ele explica o clipe da música que apresenta o disco. “Em nenhum momento, enquanto estava gravando, pensei em usar essas imagens, afinal eram imagens de viagens, amigos, festas – coisas que a gente faz hoje em dia sem nem perceber. Até que um dia peguei resolvi usar algumas dessas imagens – as mais abstratas e solares, a princípio – pra fazer um teaser pro lançamento do álbum. As imagens foram ganhando novo sentido conforme fui editando e, quando percebi, tinha virado clipe. Um clipe que funcionou como meu álbum de memórias, com lugares, amigos e situações pelas quais passei durante a concepção e gestação do Solar.”

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