Kick Ass 2 vem aí!

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O segundo arco em quadrinhos consegue superar o primeiro… Será que o filme repete este feito?

Lego Kick Ass

Vi aqui.

Ah, foda-se

Impressão digital #0013: Kick Ass e Mark Millar

Minha coluna no 2 de domingo…

Uma ajuda da internet
Mark Millar, quadrinhos e cinema

Kick Ass – Quebrando Tudo, que estreia na próxima sexta-feira nos cinemas do Brasil, pode até não ser candidato às listas de melhores filmes de 2010 feitas por críticos de cinema. Mas, desde que foi anunciado, ele já estava entre os filmes mais legais que seriam lançados este ano. Basicamente porque seu autor, o escritor Mark Millar, criou todo o conceito do novo super-herói pensando nos fãs. Mas antes de falar do filme, vale contar um pouco a história de Millar.

Escocês, ele decidiu que se tornaria um escritor de quadrinhos quando viu uma palestra de Alan Moore (autor de clássicos modernos como Watchmen e V de Vingança) e estreou no mercado norte-americano sob a guarida de outro ídolo, Grant Morrison (da série Os Invisíveis), em 1994. Em menos de cinco anos, ele já era festejado como um dos grandes nomes daquela indústria, continuando o trabalho de Warren Ellis em Authority, e criando uma das melhores histórias do Super-Homem, Red Son, que imagina o último sobrevivente de Krypton chegando à Terra pela antiga União Soviética.

No ano 2000, mudou-se para a Marvel e começou a virar do avesso aquele universo de super-heróis, primeiro reinventando o Homem-Aranha para o século 21 e fazendo, mais tarde, o mesmo com os X-Men, Capitão América, Hulk e Thor. Em comum, estas novas histórias tinham o fato de atualizar aqueles heróis para o mundo pós-internet (Peter Parker, por exemplo, era o estagiário que cuidava do site do Clarim Diário). Mas depois de muitos anos escrevendo histórias criadas por outros, decidiu inventar seus próprios mitos.

E, entre eles, Kick Ass. A minissérie em quadrinhos foi lançada mirando em sua adaptação para o cinema. Millar já brincava com as duas mídias na Marvel – em uma edição dos Supremos (sua versão para os Vingadores), os heróis discutem quem seriam os melhores atores a interpretá-los no cinema.

Com Kick Ass a metalinguagem vai além – e a internet ajuda a misturar realidade e ficção. Na história de Millar, um garoto resolve virar super-herói por conta própria – mas só se torna notado depois que uma briga em que se envolve é filmada por celular e vai parar no YouTube.

Estes pequenos detalhes mostram que Millar está atento não apenas às novidades, mas também disposto a não tratá-las como coisas de outro mundo, mas partes do cotidiano de cada um. O protagonista mede sua popularidade ao comparar o número de amigos em seu perfil do My-Space com o da identidade secreta que criou. E quando ele pergunta à pequena heroína de 10 anos, a adorável Hit Girl, onde ela conseguiu um lança-chamas, sua resposta é direta: “Ebay.”

Desta forma, Millar é o primeiro autor a pular dos quadrinhos para o cinema sem ser um mero contratado. Produtor executivo do filme, Kick Ass não é a primeira obra sua a ganhar vida na telona (a série Wanted virou o filme O Procurado, com Angelina Jolie). E não deverá ser a última.

Um mashup para a Copa do Mundo
http://365mashups.wordpress.com. Segue a árdua tarefa do produtor João Brasil que vai fazer um mashup por dia durante todo o ano de 2010. Uma das novidades dele é a mistura da nova versão de Umbabarauma de Jorge Ben com Mano Brown com Uma Partida de Futebol, do Skank.

Cinco vídeos para o meio da semana – 125


Aloe Blacc – “I Need A Dollar”


Bruno Morais – “Bichinho do Sono”


Atoms for Peace – “Love Will Tear Us Apart”


Mika – “Kick Ass”


Flaming Lips – “Powerless”

Kick-Ass, you cunt!

Não vi ainda, mas a Gi foi na cabine em Londres e conta o que podemos esperar do provável filme de super-herói do ano. Contaê, Gi:

Presa a um embargo como se fosse uma bola de ferro acorrentada aos meus pés, eu vi Kick-Ass no dia 23 de fevereiro na primeira cabine mundial e não pude dar nem um parecerzinho sequer sobre o filme. Ok, eu já disse via Twitter e afins que era foda, mas sem revelar porquê, como, quando, onde. O embargo caiu e finalmente posso relaxar e falar que sim, Kick-Ass é o filme do ano e explico agora. Sem dar muitos spoilers, espero.]

Batman é provavelmente o super-herói mais “provável” que poderíamos ter na vida real porque ele é apenas um rico que sai a noite pra bater nos pobres (estou me apropriando de uma citação que não lembro de quem). Mesmo assim, é irreal gastar tanto dinheiro em cintos de utilidade e um carro tunado em forma de morcego. E Kick-Ass é brilhante por partir de uma premissa básica que todo fã de super-heróis já pensou: e se eu pudesse ser um?

Claro que a premissa é básica e a execução é complicadíssima. Há armas de grande porte, acidentes de carro e a difícil tarefa de perder a virgindade antes do fim do segundo grau. Mesmo com lutas incríveis nas quais facas cortam pernas ao meio – e nada de Tarantino style em Kill Bill de sangue jorrando, é meio real e violento demais -, Kick-Ass é crível, no sentido em que não precisa de mais do que uma fantasia boba e cojones para salvar os frascos e comprimidos. Há uma química entre os personagens, os atores e a história que faz o filme bem rendondinho: engraçado, violento e com uma história que te prende do começo ao fim.

Hit-Girl é uma pirralhinha adorável em sua mente perturbada prefere armas a filhotinhos de labrador. Big Daddy é Nick Cage fazendo o que sabe fazer melhor: over-acting. Mas nesse caso funciona maravilhosamente. McLovin é ótimo como Red Mist e na verdade todo o cast funciona direitinho. Kick-Ass é Aaron Johnson – também conhecido como John Lennon de Nowhere Boy. E se você pensar que Aaron é noivo e pai do futuro filho de Sam Taylor-Wood aos 19 anos, Aaron combina mais com Kick-Ass do que com seu real eu. Mas filosofo – de volta ao filme.

O que mais me impressionou no filme foi a Hit-Girl. Chloe Moretz, no auge dos seus 13 aninhos, usa roupas de colegial que nem os mangás japoneses e carrega armas de calibres gigantes – que nem… bem, os mangás japoneses. E cada perna esfaqueada, cada braço cortado é com precisão e detalhes bem gráficos. Fuck não é mais um palavrão forte nos Estados Unidos ou na Inglaterra. Então seria meio grandsbosta se Hit-Girl falasse fuck tentando ser durona. Em vez disso, ela fala cunt. E cunt é o pior xingamento que existe em inglês. É pior que motherfucker. É pior que cocksucker. É bem bem bem ofensivo. E lá pelas tantas, Hit-Girl olha para um bando de bandidos rosnando sangue e fala: “Okay you cunts let’s see what you can do now!” E uma sala de cinema inteira perdeu o chão – uma menininha de 13 anos acabou de falar a c-word?

E acho que esta cena da c-word resume Kick-Ass muito bem: é irresponsável, é violento, é irreverente, mas ao mesmo tempo muito engraçado, cheio de surpresas e repleto de referências pop – até uma ótima piada sobre a temporada final de Lost! Acho que não posso falar mais sobre o filme sem entregar detalhes importantes. Eu vi Kick-Ass sem ler o quadrinho, sem saber mais do que o trailer mostrou e fiquei grata por descobrir a aventura junto com o nosso herói. Veja o filme no cinema, vale a pena pelo todo, mas especialmente pelo visual comic book colorido. Se eu tivesse que apontar uma falha no filme, eu diria que a edição caiu brevemente ao quadrinho estilo Hulk do Ang Lee (lembra que merda que era aquilo?). Se eu tivesse que falar qual a melhor cena, eu diria que é a cena da luz estrobo – que grudou na minha mente por dias após ter visto no cinema.

Meu colega que viu o filme comigo escreveu a resenha aqui (em inglês). Leia aqui o que foi falado depois da primeira cabine. Veja também a galeria de fotos aqui. Penso que pra quem esperou tantos anos pela temporada final de Lost, esperar por Kick-Ass até 11 de Junho nem parece tão longe assim. E lembre-se: “with no power comes no responsibility”.

Valeu pela resenha, Gi!

Mas eu tou esperando mesmo é o Kick Ass…

Olha essa fórmula: Freaks and Geeks/Big Bang Theory…

…um herói entre o Harry Potter e o carinha do Adventureland/Zombieland…

…chicks with guns…

…McLovin…

…Nicolas Cage de bigode…

…e se maquiando!

Me diz se um filme desses pode ser ruim…

Ave Mark Millar!

“Sem nenhum poder não vem nenhuma responsabilidade”

Kick Ass vai ser bom…

MUITO bom…

Mais Kick Ass

Trailer novo:

Se não fosse o Homem de Ferro 2, arriscaria que esse é o filme de super-herói de 2010.

Um pai atirando em sua própria filha

Tou falando, esse Kick Ass vai ser bonzaço.