O fim de Lost por Raphael Salimena

, por Alexandre Matias

Salve! SPOILER ALERT!

Revelado o sergredo final de Lost, que é mais digno que os MAN BOOBS do Locke, estão pipocando fãs escandalosos reclamando que foram TRAÍDOS pelos roteiristas (só posso comparar com torcedores que vão ao estádio cobrar AMOR de jogador de futebol).

Senhores, antes de tudo, isso é uma atração de ENTRETENIMENTO. Parem de passar vergonha.

E graças ao Zico o seriado não terminou com uma EQUAÇÃO na tela, que provocaria ereções nos Faradayzinhos de plantão.

Agora, pensem bem em como a coisa fechou, e vejam como foi coerente com tudo que foi mostrado ao longo desses seis anos. Lost é uma série de DUALIDADES. O preto e o branco não são apenas o BEM e o MAL, são a RAZÃO e a FÉ, a CIÊNCIA e a ESPIRITUALIDADE, o EXPLICÁVEL e o INEXPLICÁVEL. Por isso o condutor da trama é Jack, um sujeito que abandonou sua racionalidade e aprendeu a aceitar que certas coisas estão fora do seu alcance.

E o fim da história dá essa opção a quem acompanhou a série. Existem duas vertentes de compreensão, que não se contradizem ou se excluem. Está tudo em aberto, assim como a trajetória dos personagens. Muito pouco foi respondido (quase nada mastigado), e exatamente por isso o final foi tão bacana. Sempre que tentavam dar respostas a série perdia o brilho.

Estão dizendo por aí que Lost foi uma série sobre pessoas. Acrescento algo aí, foi sobre pessoas e como elas se comportam diante do desconhecido.

Diz aí, você é um Jack ou um Locke?

* Raphael escreveu este texto em seu blog.

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