O dia em que o Art Popular virou Os Bambas

, por Alexandre Matias

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Conheci o Leandro Lehart no início do ano passado, quando ele levou o show em que visita o grupo Fundo de Quintal apenas como voz e violão ao Centro Cultural São Paulo, mas já acompanhava sua carreira à distância, ciente que mais que líder de um grupo de pagode dos anos 90, ele também era um dos grandes conhecedores da história do samba. Esta aproximação tornou-se amizade e pude conhecê-lo de perto: workaholic mas sempre de alto astral, exigente mas sempre preocupado com os outros, paciente e cheio de histórias para contar, um poço de conhecimento musical, uma generosidade rara para um artista de sua magnitude comercial e um monte de ideias na cabeça. Uma delas transformava o Art Popular em uma banda de samba dos anos 60, Os Bambas, que contaria a história do samba em um filme que havia escrito. Ele tinha tudo pronto, uma febre criativa que bateu nele no fim do ano passado e o fez surgir com roteiro, premissa, figurino, nomes dos personagens, repertório, tudo. Os Bambas era uma comédia musical que estrearia nos cinemas no final deste ano. Mas percebi que ele poderia queimar uma etapa importante: transformar aquele material num espetáculo. Assumir que Os Bambas eram uma banda de verdade que faria shows pelo Brasil e que o Art Popular poderia se tornar algo ainda maior com essa transformação. E assim ele me convidou para fazer a direção artística deste show, que estreia nestas quinta, sexta e sábado em apresentações gratuitas no Itaú Cultural (mais informações aqui). É só o começo da viagem! Obrigado Leandro por permitir fazer parte disso.

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