Conheça: André Paste

, por Alexandre Matias

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Nome: André Paste
Ouça: Cid Moreira On The Dancefloor Mixtape

André Paste vai sair do armário. O jovem capixaba que se tornou o principal nome da cena mashup brasileira, começou ainda adolescente, quando, inspirado pelo disco de mashups do carioca João Brasil, resolveu fazer suas próprias fusões musicais. Ele começou usando o funk carioca como base de suas misturas, mas aos poucos foi migrando para outros gêneros musicais e pegou gosto pelo brega paraense na mesma época em que engrossou as fileiras da Avalanche Tropical, coletivo organizado pelo DJ Dago Donato que também incluía nomes como os curitibanos Bonde do Rolê e Drunk Disco e a banda paulistana Holger. Mas Paste nunca havia composto suas próprias músicas, dedicando-se mais a selecionar músicas pop e bizarras em sets memoráveis que misturam os hits da vez, obscuridades brasileiras e clássicos da música pop. Até agora.

É que ele está gravando seu primeiro disco autoral. “O nome é Shuffle”, diverte-se, “Estou produzindo este disco com o Silva, que está funcionando como meu braço direito”. Silva é um dos novos nomes da música pop brasileira desta década que, apesar de ter se estabelecido no Rio de Janeiro, também é do Espírito Santo. Além de coproduzir o disco, ele também toca instrumentos que Paste não sabe tocar.

Ele explica o processo de produção: “Sei programar bateria, escolher exatamente o timbre que quero e cantar todas as partes que quero”, ri, “muito do processo está sendo assim: gravo no iPhone uma linha e ele a transforma em midi e, juntos, vamos editando”. Ele explica que vai ser um disco autoral, mas cheio de participações: “É um disco de featurings, eu faço todos os instrumentais e convido pessoas pra cantar”. Além do Silva, o disco ainda terá participações da banda Holger, do DJ Waldo Squash (da Gang do Eletro), João Brasil, We Are Pirates, Mozine (do Mukeka di Rato), entre outros.

O disco deve ser lançado pelo próprio DJ, ainda no segundo semestre, mas isso não significa que ele abandonará o mashup. “Não cansei não, ainda adoro, mas sempre tive vontade de ter minha música, até pra ver o que as pessoas vão fazer com ela depois. Ia ser demais ter minhas músicas como fonte pra outros mashups”, comemora. Enfatizando que não é um disco de pista, e sim de músicas.

A data precisa ele não consegue estipular: “Como é meu primeiro trabalho autoral tá sendo um parto lançar, sempre quero melhorar, mudar timbre, mas no maximo em dois ou três meses ele
sai”, conclui.

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