Entrelaçando canções

Bem bonito o encontro dos alagoanos João Menezes e Marina Nemésio no palco do Centro da Terra nesta segunda-feira. Entrelaçando doces joias de seus repertórios com músicas de Joyce (“”), Luiz Vagner (“”, eternizada por Evinha) e Gilberto Gil (“”), os dois deram ênfase à sutileza de seus timbres de voz com a maciez com que tocam seus instrumentos, contando com o auxílio luxuoso de Meno Del Picchia, que fez algumas dessas canções ganhar um brilho especial graças ao seu piano, violão e contrabaixo acústico. Uma bela amostra da nova geração de cancioneiros brasileiros que vem surgindo nesta terceira década do novo século.

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Assista a um trecho aqui.

João Menezes + Marina Nemésio: 12 Metros Terra Adentro

Mais dois alagoanos que vêm mostrar sua face nesta primeira segunda-feira pós-carnaval no Centro da Terra, quando o compositor João Menezes recebe a comadre cantora e compositora Marina Nemésio para o espetáculo 12 Metros Terra Adentro, em que ambos mostram músicas de seus respectivos repertórios. Os dois vêm apenas com suas vozes e seus instrumentos (João toca violão e baixo, Marina toca violão) e com o compadre Meno del Picchia, que os acompanha no piano e no baixo em versões intimistas de suas músicas, incluindo inéditas. O espetáculo começa pontualmente às 20h e os ingressos podem ser comprados neste link.

Intensa e delicada

Maravilhosa a apresentação que Nina Maia fez nesta terça-feira no Centro da Terra. Mostrando parte do repertório que estará em seu disco de estreia, que ainda está sendo gravado, ela mostrou-se intensa e delicada na mesma medida, indo da introspecção à explosão sonora sempre com sua bela voz como fio condutor. Com poucas pausas e interação mínima com o público, ela suspendeu a expectativa dos presentes ao alternar momentos sutis e sensíveis – seja somente ao piano, cantando sobre bases eletrônicas pré-gravadas ou em dupla com sua eterna parceira Chica Barreto – com outros mais expansivos, que levam sua musicalidade rumo ao jazz e à MPB com a cozinha formada pelo baixo de Valentim Frateschi e a percussão de Thalin com acréscimos do cello de Chica e do violão de Yann Dardenne na última música da noite, “Amargo”, que será seu próximo single. A luz da dupla Retrato (Ana Zumpano e Beau Gomez) também ajudou o clima de introspecção e expansão entre luzes e sombras — e um espelho no palco.Cheia de si e com plena confiança da firmeza de sua voz e composições, ela está pronta para acontecer. E isso que foi só primeiro show do ano.

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Assista abaixo:  

Nina Maia: Inteira

Mais uma vez temos o prazer de receber Nina Maia no palco do Centro da Terra, desta vez apresentando-se como uma artista solo. Em Inteira, ela traz as canções que comporão seu disco de estreia com arranjos que vão da intimidade musical entre piano e voz ao formato banda, misturando música eletrônica, pop experimental, MPB e jazz. Além dela, sobem também ao palco do teatro nesta terça-feira os músicos Valentim Frateschi, Thalin e Nina Maia e o produtor Yann Dardenne, que a auxiliam na construção deste trabalho. A apresentação começa pontualmente às 20h e os ingressos já estão esgotados.

Da maior importância

Começamos muito bem a temporada 2024 no Centro da Terra nesta segunda-feira, quando recebemos o MC fluminense Dadá Joãozinho para mostrar a próxima fase de seu trabalho, que está sendo construída no palco. Depois da boa recepção de seu disco de estreia, Tds Bem Global, o produtor rearranjou canções deste primeiro trabalho no espetáculo Global Inabitual, em que, sozinho, desconstruiu suas faixas, deixando seu canto livre para experimentar novas paisagens sonoras. Com o auxílio luxuoso da luz de Mau Schramm, Dadá saudou parceiros como Bebé, Alceu e Joca, além de reverenciar Maria Beraldo numa versão particular para sua “Da Menor Importância”. Foi bonito.

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Assista abaixo:  

Dadá Joãzinho: Global Inabitual

A primeira apresentação de 2024 no Centro da Terra é o produtor e MC de Niterói, Dadá Joãozinho, que, com seu disco de estreia – lançado pelo selo norte-americano Innovative Leisure – Tds Bem Global, conseguiu estar entre as revelações nacionais do ano passado. Nesta primeira apresentação no teatro, ele expande o conceito do disco e começa a mostrar os próximos passos de seu trabalho, fundindo música instrumental, jazz, beats quebrados e vocais rimados em Global Inabitual. O espetáculo começa pontualmente às 20h e os ingressos estão sendo vendidos neste link.

Centro da Terra: Fevereiro de 2024

Vamos começar 2024? Eis as atrações deste mês de fevereiro no Centro da Terra, quando voltamos a fazer espetáculos depois de um merecido descanso. Começamos os trabalhos na primeira segunda do mês, dia 5, com Dadá Joãozinho, MC de Niterói que despontou ano passado com seu disco de estreia Tds Bem Global, que amplia o repertório de seu disco numa apresentação inédita batizada de Global Inabitual. No dia seguinte, terça-feira, é a vez da querida Nina Maia começar a mostrar o que será seu primeiro disco solo no espetáculo Inteira, entre o pop experimental, o jazz e a MPB, acompanhada pelos músicos Valentim Frateschi e Thalin. Pulamos a semana do Carnaval por motivos óbvios e voltamos na segunda 19 com a apresentação conjunta de dois novos nomes da cena alagoana, quando João Menezes e Marina Nemésio apresentam o espetáculo Doze Metros Terra Adentro. Na terça seguinte, dia 20, recebemos o encontro de Bernardo Pacheco, Ivan Vilela, Mariana Taques e Paulinho Fluxuz que os quatro chamaram de Rastros e mistura iluminação, dança, baixo elétrico, viola de dez cordas e efeitos especiais. E a última semana de fevereiro traz, primeiro, na segunda 26, a apresentação Alumia, em que a cantora Paula Tesser mistura suas influências nativas musicais – Fortaleza e Paris, acompanhada por Zé Nigro, Samuel Fraga, Dustan Gallas e participação de Kika Carvalho, e depois, na terça, dia 27, o paulista Meno Del Picchia apresenta Mar Aberto, apresentação em que começa a mostrar seu próximo álbum, Maré Cheia, acompanhado de uma banda formada por Batataboy, Bianca Godoi e Otávio Carvalho. Os espetáculos começam sempre às 20h, pontualmente, e os ingressos já podem ser comprados através deste link.

Centro da Terra 2024!

Janeiro é aquele raro mês do ano em que o palco do Centro da Terra não recebe espetáculos – afinal de contas, é bom tirar férias! Mas voltamos com nossa programação em fevereiro – e com uma novidade: além da minha curadoria de música seguir nas segundas e terças como há anos e a de dança, feita pelo Diogo Granato, seguir firme às quintas e sextas, agora temos uma curadora de cinema que irá tomar conta das quartas-feiras, e a responsável por essa programação é a Chica Mendonça, seja bem-vinda! Mas já na próxima segunda, dia 22, anunciamos os espetáculos de segunda e terça da curadoria de música em fevereiro, porque 2024 já começou quente. E o restaurante do teatro, o ótimo Shakshuka, já voltou às atividades, funcionando de segunda a sexta do meio-dia às 22h30. Vamos lá?

2023 foi ótimo no Centro da Terra

Encerramos nessa terça-feira mais um ano de música no Centro da Terra felizes por saber que nosso palco já é reconhecido como laboratório de experiências que permite artistas cogitem novas possibilidades cênicas, narrativas e musicais. Foram nove temporadas e em cada uma de suas quatro segundas-feiras Jadsa, Maria Beraldo, Paula Rebellato, Dinho Almeida, Ná Ozzetti, Sandra Coutinho, Lulina, Chicão Montorfano e Sue com Desirée Marantes foram fundo no desafio de criar quatro apresentações diferentes, experimentando linguagens, dissecando repertórios e promovendo encontros novíssimos e reencontros clássicos. Os encontros também deram a tônica de 2023 com apresentações conjuntas – em alguns casos inéditas – que reuniram Alessandra Leão a Rafa Barreto, Tagore com a banda Bike, Kiko Dinucci com Lucio Maia, as bandas Test e Papangu, Tori e a Meiabanda, Lucas Gonçalves e Lucca Simões, o Bufo Borealis com Edgard Scandurra, Enio e Zé Manoel, Maurício Takara e Carla Boregas e os grupos Antiprisma e Retrato. Ainda tivemos shows de um time de artistas que formam bom retrato da produção musical brasileira contemporânea, reunindo nomes estabelecidos com outros em ascensão. Maurício Pereira, Do Amor, Arrigo Barnabé, Nath Calan, Bruna Lucchesi, Chico Bernardes, Marcela Luccatelli, Izzy Gordon, Paola Lappicy, Sophia Chablau, Filarmônica de Pasárgada, Anvil FX Orchestra, Guizado, Tatá Aeroplano, Glue Trip, Bruno Bruni, Mestre Nico, Caçapa, Atønito, Lê Almeida, Tika, Anna Vis, Oruã, Rotunda, Anná, MNTH, Cøelho, Tila, Sophia Ardessore, Marília Calderón, Rubinho Jacobina e Vieira passaram pelo palco do nosso querido teatro no Sumaré, que ainda teve os shows de estreia de artistas tão diferentes quanto Guaxe, Comitê Secreto Subaquático, Manuela Julian, Risco Quarteto, Ondas de Calor e Manuela Pereira. Agradeço nominalmente a todos que toparam a provocação de fazer algo diferente do que vinham fazendo e não posso nem começar a mencionar os convidados dos artistas que convidei que vamos a pelo menos quase outra centena de nomes, de diferentes calibres e talentos, mas aproveito para reforçar o agradecimento, mesmo que muitos destes só pude conhecer no palco. E não custa mencionar o prazer que é trabalhar com um time que já virou família, desde a gestão hábil – e de baixo perfil – da diretora Keren, à habilidade de nossa produtora Nat, aos ouvidos do Leandro do som, ao Will, Murilo, Alexandre, Hel e Zé que trabalham em diferentes áreas do teatro, além da Érika e a turma do salão e da cozinha do restaurante Shakshuka, que conseguiu temperar ainda melhor as esperas e conclusões de cada show, com pratos e drinks ótimos. É dele, inclusive, o expresso martini que pedi para fechar esse ano no teatro, que volta a ter shows só no mês de fevereiro do ano que vem. Mas o restaurante segue aberto até o dia 22 deste mês e volta no dia 10 de janeiro. Saúde – e que venha 2024 (se quiser assistir ao povo que passou pelo teatro esse ano, clique aqui e boa viagem).

Encerrando 2023 com chave de ouro

Linda a apresentação que a Filarmônica da Pasárgada fez nesta terça-feira, encerrando o ótimo ano de música que tivemos no Centro da Terra. Além de apresentar a maravilhosa e forte voz de Loreta Colucci como contraponto à voz do líder da banda Marcelo Segreto – e a química ente os dois está ótima -, o espetáculo PSSP ainda contou com a presença do mestre Luiz Tatit, que foi reverenciado pela banda tanto num número seu (“Capitu”) quanto do grupo (“Fora do Ar”), além de fazer duas músicas próprias (“Toque o Tambor” e “Felicidade”) sozinho ao violão. A casa, lotada, suspirava ao fazer coro baixinho com as músicas do mestre, além de gargalhar com os jogos musicais das canções de Segreto. Foi demais.

Assista aqui: