“O rabo do teiú espiralou…”

Foto: Thalita Silva

Foto: Thalita Silva

No próximo dia 6, a dupla Guaxe, formada por Dinho Almeida dos Boogarins e o ex-supercordas Bonifrate, comemora um ano do lançamento de seu primeiro disco, época em que pretendiam já ter feito alguns shows, ainda inéditos, não fosse a pandemia e a quarentena. “Na virada do ano nós estávamos planejando começar a fazer uns shows, o Dinho esteve aqui em Paraty algumas vezes pra ensaiarmos e a coisa vinha ganhando corpo, vinha ficando bem bonita”, lembra Bonifrate. “Pretendíamos lançar o clipe da faixa ‘O Desafio do Guaxe’ logo antes de começar os shows. Daí veio o caos e a Guaxe ao vivo ficou pra sabe-se lá quando”, lamenta, enquanto aproveita o aniversário do lançamento do disco para mostrar o clipe dirigido por Raissa Nosralla e Giuliano Gerbasi em primeira mão no Trabalho Sujo.

“Eles são irmãos extremamente talentosos nas arte do cinema e da fotografia”, continua Pedro, frisando que Raissa também estrela o clipe (bem como o pássaro que batiza a dupla e que aparece na última cena). “Já sou amigo do Giuliano há tempos, ele registrou todo o processo de gravação do último disco dos Supercordas em 2015 num filme que está finalmente pronto e prestes a ser estreado. Raissa também esteve nas gravações e fez umas belas fotos pra gente. Eles mandaram o vídeo de ‘Desafio do Guaxe’ já pronto e foi uma belíssima surpresa.”

O “Austincesticide” dos Boogarins

boogarins

“Pra mim é tipo o nosso Incesticide, eu inclusive quis chamar de AustIncesticide”, ri o guitarrista Benke Ferraz sobre o recém-lançado disco de sobras que não entraram em seus dois discos mais recentes, Lá Vem a Morte e Sombrou Dúvida, ambos compostos e gravados em uma casa em Austin, no Texas, nas três temporadas entre 2016 e 2018 quando o grupo goiano passou pelos Estados Unidos nos anos passados. A referência à coletânea de músicas soltas que o Nirvana tinha espalhadas e que foram reunidas após o sucesso de Nevermind não faz jus à Manchaca – Volume 1, que ao mesmo tempo em que reúne sobras, demos, ensaios e versões cruas de músicas dos dois discos (além de outras pérolas, como a versão “João 3 Filhos” que Dinho mandou para Ava Rocha eternizar em seu Transa), reforça a importância do período nos EUA para o amadurecimento do grupo como banda. O disco tem esse título tanto porque a casa em que moravam e ensaiavam nos EUA ficava numa rua que tinha este nome (que quer dizer “atrás de” em um idioma nativo norte-americano) e acaba sintetizando uma era na história da banda, principalmente porque esta era foi encerrada abruptamente pela atual pandemia. E não é volume 1 à toa, o guitarrista promete que o 2 sai até novembro. Bati um papo com Benke sobre como esse novo trabalho reflete a maturidade da banda e a importância destes dois discos – e deste material que está vindo à tona agora, que mistura jam sesions, demos, versões caseiras e outtakes.

Quando vocês pensaram em transformar esse material num disco só? Foi antes ou depois da quarentena?
Bem antes. Na verdade estamos devendo o Manchaca desde o natal para o fãs que nos acompanham assiduamente.
Queríamos lançar exclusivo no Bandcamp, sem mexer muito no que estava largado dessas sobras. Só soltar mesmo uma parte daquele material, não queria nem masterizar. Mas quando apresentamos essa primeira versão para o selo OAR, eles sentiram que valia a pena dar um tempo pra aparar algumas arestas e também lançar oficialmente nas plataformas – tinha ficado para abril a princípio, antecipando a turnê que faríamos em maio pela Europa. Nesse tempo fomos melhorando a mix de algumas músicas – e também cavando mais fundo nos arquivos perdidos ali nos HDs, perdendo o pudor de usar algumas canções que julgávamos fazer parte de um próximo disco de estúdio. Enfim, a idéia vem de antes, mas tomou essa forma de arrematar a narrativa dos anos de gravação no Texas com o passar da quarentena.

Vocês lembram por que escolheram essa casa como lugar para ficar em Austin?
Foi tudo um esquema meio clássico de produção, onde não decidimos muito detalhes, só tentamos arquitetar o cenário ideal para produzir algo em meio as turnês longas que teríamos pelos EUA. Um dos sócios da OAR, o selo que lançou todos discos dessa “era Manchaca”, é dono do Space, estúdio onde gravamos em 2017 e 2018 e essa casa ficava ao lado do estúdio, estava recém desabitada e era perfeita. A idéia era usarmos o estúdio nessa primeira ida em 2016, mas acabamos preferindo montar os equipamentos que havíamos alugado pela casa mesmo e mal fomos ao estúdio.

Manchaca só reforça que Lá Vem a Morte e Sombrou Dúvida são parte de um mesmo processo e período. Conte como vocês chegaram a essa sonoridade e como vocês dividiram entre esses dois discos?
Antes mesmo de pensar no processo e no que estávamos vivendo naquele momento, tem o fato de que com as gravações na Manchaca temos os primeiros registros do Ynaiã em estúdio conosco, depois de quase dois anos de estrada, começando em 2016 por esse processo caseiro, onde eu fazia toda engenharia e produzia as sessões. Algumas canções já tinham arranjos com banda, mas a maioria estava pra ser arranjada ali na casa mesmo – então o ritmo era bem espaçado e disperso… Não havia aquela rotina que o prazo de um estúdio te impõe. Gravávamos as guias com um violão ou guitarra, Ynaiã improvisava pelas músicas, eu buscaria ali os loops de bateria legais. Pras canções que pediam mais essa liga de banda poderia rolar deles gravarem juntos, acho que “Foimal” “Corredor Polonês” rolou a base toda com Dinho, Fefel e Yna, mas eu mesmo não acho que cheguei a tocar um take ao vivo ali na casa, só nos improvisos mesmo (como “ASMR Manchaca”).
Ai no ano seguinte, fomos para o SXSW pela segunda vez, e depois do festival – ou antes, hehe – passamos duas semanas no Space, ensaiando de segunda a quinta e gravando de sexta a domingo. Ali estávamos em um estúdio profissional, com um engenheiro profissional, Tim Gerron, que elevou bastante o nível da captação e também abriu as possibilidades pra explorarmos o que desenvolvemos ali na casa, mas dessa vez com todos focados em tocar simplesmente. O processo de lapidar os arranjos, com um engenheiro competente do outro lado da sala, fez a gente poder ter um registro da banda tocando de maneira livre e com uma potência. Sem nos limitar também a ter que trabalhar só com o que foi feito ao vivo, ele podia editar e rearranjar questões estruturais das canções conosco, sem afetar ali as sonoridades orgânicas, uma vez que as performances estavam bem gravadas e tocadas.

Manchaca também revela o processo de criação das músicas, mas vocês veem como um making of, um extra dos dois discos, ou ele é mais do que só uma coletânea?
Com Manchaca percebi que gostamos mesmo de nos esquivar dessas definições, né… Ao mesmo tempo que acho massa demais poder falar que minha banda tem uma coletânea temática, não uma coletânea qualquer de “greatest hits”, hehe. Inventamos um tema, amarramos os pontos e jogamos pro mundo. Assim como foi o Lá Vem a Morte, sendo lançado inicialmente como um “EP longo” e depois se firmou naturalmente, reinvidicando um lugar como terceiro disco de estúdio. O mesmo com o Sombrou, que traz com o nome uma provocação meio escapista e também chegou sem saber se era o terceiro ou quarto disco de estúdio.

Ele também retrata o período de consolidação da banda como quarteto. Quanto tempo vocês tocavam por dia? O quanto vocês tocavam e improvisavam e o quanto trabalhavam na pós-produção, outra característica deste período da banda?
O período da casa, como falei antes, foi bem disperso. A gente tava vindo de turnês bem gratificantes, mas muito cansativas – começamos uma turnê abrindo pro Andrew Bird por casas clássicas dos EUA e eu fui pego por algo tipo zika vírus – não fui pro medico la com medo de ser quarentenado – no segundo show da turnê. Tive febres, dores nas juntas e toquei sentado boa parte desse primeiro mês – o Dinho chegou nessa turnê com diagnóstico de um cisto na garganta. Então a coisa toda de ficarmos na casa tinha um ar de “rehab” também, ter a oportunidade de nos recuperar fisicamente depois de, sei la, 60 shows seguidos ali. A convivência entre nós é sempre boa, mas também pegava pesado ali a saudade de casa, aquela depressão potencializada pela maconha transgênica dos gringos, hehe.
Então não consigo dizer exatamente, tinha dias que não faríamos absolutamente nada, até porque comigo guiando o processo de produção as coisas ficavam muito a cargo dessa pós, né… Muitas vezes era abstrato pro Ynaiã o que seria usado daquilo que ele tocava acompanhando uma guitarrinha que Dinho gravou, etc. Mas também havia noites onde fazíamos improvisos infinitos também, gravando três horas de tocada livre. Em uma dessas saiu a faixa “Manchaca” que encerra o Desvio Onírico, a mesma onde Dinho começou a puxar os versos cantando “Sombra ou Dúvida / Sombrou Dúvida”.

O que vocês têm feito neste período de quarentena?
Tentamos manter um contato constante, até porque a manutenção das finanças é bem delicada num período sem shows, mas felizmente tudo se controlado. Venho mixando/produzindo cada vez mais, mas agora com toda essa movimentação para o Manchaca, já estou me sentindo sobrecarregado, hehe. Quanto aos meus sócios: Dinho não para de compor e de criar bons laços pela música, só durante a quarentena saiu parcerias dele com Tagore, Betina, Kalouv, capaz que esqueci alguma. Fefel vai lançar um disco top com a Alejandra Luciani, num projeto fresquinho ai, chamado Carabobina e o Ynaiã acabou de se mudar pro Rio, voltando pra perto da família e estando mais próximo de conseguir alguma boquinha ali no Projac, pode ser que comece a tocar com a Iza também.

Vida Fodona #669: Culpe o frio

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Um pouco mais introspectivo…

Stephen Malkmus – “Love the Door”
Def – “Paraquedas (Boddah)”
Clash – “One More Time”
Tatá Aeroplano – “Deixa Voar”
Kamasi Washington – “Truth”
Bruno Schiavo – “Lambada”
Tommy James & The Shondells – “Crimson & Clover”
Fernê – “Consolação”
Deerhunter – “Heatherwood”
Nomade Orquestra + Juçara Marçal – “Poeta Penso”
Clairo + Danielle Haim – “Bags”
Boogarins – “João 3 Filhos”
Unknown Mortal Orchestra – “Secret Xtians”
Laura Lavieri – “Desastre Solar”/”Radical”
Ariana Grande – “Thank U, Next”

Vida Fodona #664: Festa-Solo (3.8.2020)

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Mais uma semana começando e você sabe que segunda é dia de Festa-Solo, sempre às 21h no twitch.tv/trabalhosujo – o da semana passada foi assim….

Jessie Ware – “Ooh La La”
Dua Lipa – “Hallucinate”
New Order – “Blue Monday”
Madonna – “Music”
Chromatics – “You’re No Good”
LCD Soundsystem – “Sound of Silver”
MGMT – “Kids”
Caribou – “Odessa”
Gorillaz – “Empire Ants (Miami Horror Remix)”
Hot Chip – “Flutes”
Hercules and Love Affair – “Blind”
Breakbot – “Baby I’m Yours”
Mayer Hawthorne – “A Long Time”
Ariana Grande – “Thank U, Next”
Sade – “Paradise”
Michael Kiwanuka – “You Ain’t The Problem”
Curtis Mayfield – “Move On Up”
Sharon Jones & The Dap-Kings – “Better Things to Do”
Sam & Dave – “Soul Man”
Blues Brothers + Aretha Franklin – “Think”
Ray Charles – “I Got a Woman”
Beatles – “I Got a Woman”
Ritchie Valens – “Come On, Let’s Go”
Buddy Holly – “That’ll Be the Day”
Big Bopper – “Chantilly Lace”
Don McLean – “American Pie”
David Bowie – “Ziggy Stardust”
Stealers Wheel – “Stuck In The Middle With You”
Heart – “Barracuda”
Led Zeppelin – “Trampled Under Foot”
Rita Lee & Tutti Frutti – “O Toque”
Ira! – “Manhãs de Domingo”
Garotas Suecas – “Manchetes da Solidão”
Flora Matos – “Perdendo o Juízo”
Letrux – “Coisa Banho de Mar”
Céu – “Nada Irreal”
Curumin – “Boca de Groselha”
Bárbara Eugenia + Rafael Castro – “Te Atazanar”
Boogarins – “6000 Dias”
Ava Rocha – “Doce é o Amor”
Tulipa Ruiz – “Oldboy”
Gilberto Gil – “O Sonho Acabou”

Vida Fodona #659: Festa-Solo Extra (24.7.2020)

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Vida Fodona ao vivo numa sexta-feira? Sim, às 21h, no twitch.tv/trabalhosujo – e dá pra ouvir logo depois que a festa acabar… agora.

Arctic Monkeys – “Snap Out of It”
Deerhunter – “Breaker”
Angel Olsen – “Shut Up Kiss Me”
My Bloody Valentine – “New You”
Tame Impala – “Feels Like We Only Go Backwards”
Som Imaginário – “Cenouras”
Supercordas – “Ipupiara”
Mopho – “A Geladeira”
Boogarins – “Lucifernandis”
Mutantes – “Preciso Urgentemente Encontrar um Amigo”
Walter Franco – “Feito Gente”
Moby – “Honey”
Kanye West – “Goldigger”
Erasure – “Stop!”
Metronomy – “Love Letters (Soulwax Remix)”
Missy Elliott – “Lose Control”
Duffy – “Mercy”
Apples in Stereo – “Elevator”
Arcade Fire – “Afterlife”
Far East Movement – “Like A G6”
Chromeo – “Fancy Footwork”
Radiohead – “Idioteque”
Pulp – “Disco 2000”
Blur – “Girls & Boys”
Elastica – “Line Up”
Pink Floyd – “Interstellar Overdrive”
Roxy Music – “Love Is The Drug (Todd Terje Disco Dub)”
Lorde – “Royals (Tambozão Edit)”
Nego do Borel + Anitta + Wesley Safadão – “Você Partiu Meu Coração”
Anitta – “Paradinha”
Luis Fonsi + Daddy Yankee – “Despacito”
Justin Bieber – “Sorry (Pagode Remix)”
M.I.A. – “Paper Planes”
Rihanna – “Consideration”
Beyoncé – “Hold Up”
Katy Perry + Juicy J – “Dark Horse”
Santana + Rob Thomas – “Smooth”
Maroon 5 – “This Love”
Daniel Merriweather + Mark Ronson – “Stop Me”
Led Zeppelin – “Dancing Days”
Haim – “If I Could Change Your Mind”
Lauryn Hill – “Doo Wop (That Thing)”
TLC – “No Scrubs”
Taylor Swift – “Style”
Stevie Wonder – “I Wish”
Red Hot Chili Peppers – “Suck My Kiss”
Outkast – “Roses”
Modjo – “Lady (Hear Me Tonight)”
Michael Jackson – “Billie Jean”
Meghan Trainor – “All About That Bass”
Marvin Gaye & Tammi Terrell – “Ain’t No Mountain High Enough”
Wilco – “Someone to Lose”
Queen – “Don’t Stop Me Now”
Olivia Tremor Control – “Jumping Fences”
Nirvana – “Love Buzz”
Jamie xx + Young Thug + Popcaan- “I Know There’s Gonna Be (Good Times)”
Hanson – “Mmmbop”
Maglore – “Me Deixa Legal”
Paralamas do Sucesso – “Selvagem”
Céu – “Minhas Bics”
Rita Lee – “Tititi”
Metrô – “Cenas Obscenas”
Glue Trip – “Elbow Pain”
Lana Del Rey – “Ultraviolence”
Air – “Playground Love”
Negro Leo – “Outra Cidade”

Vida Fodona #652: Festa-Solo (22.6.2020)

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Segunda-feira é dia de Vida Fodona ao vivo no twitch.tv/trabalhosujo, às 21h – este foi o programa da semana passada.

Feelies – “Everybody’s Got Something To Hide (Except Me And My Monkey)”
Thurston Moore – “Hashish”
Can – “Vitamin C”
Ultramagnetic MCs – “Give The Drummer Some”
Zapp & Roger – “More Bounce to the Ounce”
Dr. Dre + Snoop Dogg – “The Next Episode”
Usher + Ludacris + Lil’ Jon – “Yeah”
Christina Aguillera – “Genie in a Bottle”
Flight Facilities + Giselle- “Crave You”
Dexy’s Midnight Runners – “Come On Eileen”
Malu Maria – “Diamantes na Pista”
Bárbara Eugenia – “Perdi”
Chromeo – “6 Feet Away”
Angel Olsen – “New Love Cassette (Mark Ronson Remix)”
Beastie Boys – “Gratitude”
Cream – “Swlabr”
Mutantes – “Mágica”
Paul McCartney – “Check My Machine”
Erasmo Carlos – “Mané João”
Tim Maia – “O Caminho do Bem”
Bob Dylan – “False Prophet”
Neil Young – “Homegrown”
Norah Jones – “To Live”
The Band – “Orange Juice Blues (Blues For Breakfast)”
Supercordas – “6000 Folhas”
Boogarins + O Terno – “Saídas e Bandeiras No. 1”
Maria Bethania – “Estácio, Holy Estácio”
Paulinho da Viola – “Falso Moralista”
Gilberto Gil – “Back in Bahia”
Itamar Assumpção – “Prezadissimos Ouvintes”
Lô Borges – “Canção Postal”
Chico Buarque – “Caravanas”
Criolo + Milton Nascimento – “Cais”
Josyara – “Mansa Fúria”
Metá Metá – “Trovoa”

Vida Fodona #646: Festa-Solo (1°.6.2020)

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Tem mais Vida Fodona ao vivo nesta segunda, às 21h, no twitch.tv/trabalhosujo

Bom Tom Rádio – “A Cidade”
Clash – “This is Radio Clash”
Toro y Moi – “I Can Get Love”
Of Montreal – “An Eluardian Instance”
Tyler the Creator – “I Think”
Chemical Brothers – “The Salmon Dance”
LCD Soundsystem – “You Wanted A Hit”
Kaytranada + Kali Uchis- “10%”
Chet Faker – “No Diggity”
Juliana R. – “El Hueco”
Pink Floyd – “Vegetable Man”
Whitest Boy Alive – “1517”
Cake – “Short Skirt, Long Jacket”
Velvet Underground – “Sweet Jane”
Cidadão Instigado – “Homem Velho”
Bruno Mars – “24k Magic”
Britney Spears – “Womanizer”
Daft Punk – “Harder, Better, Faster, Stronger”
D2 x Depeche Mode – “Purple Pills”
Two Door Cinema Club – “What You Know”
Maglore – “Me Deixa Legal”
Tulipa Ruiz + Felipe Cordeiro – “Virou”
Céu – “Minhas Bics”
Max Romeo – “Chase the Devil”
UB40 + Chrissie Hynde – “I Got You Babe”
Khruangbin – “Dern Kala”
Boogarins – “Mario de Andrade” / “Selvagem”
Lô Borges – “Faça Seu Jogo”
Beto Cajueiro – “Sistema da Vida”
João Donato – “Bananeira”
Jorge Ben – “Cinco Minutos”

Vida Fodona #638: Será que vai virar regra?

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Mais um programa gravado ao vivo.

Tagore + Boogarins – “Dramas”
Ava Rocha – “Caminando sobre Huesos”
Nightmares on Wax – “Les Nuits”
Darondo – “Didn’t I”
Unknown Mortal Orchestra – “So Good at Being in Trouble”
Céu – “Arrastar-te-ei”
David Bowie – “V-2 Schneider”
Velvet Underground – “There She Goes Again”
Serge Gainsbourg – “La Ballade De Melody Nelson”
Girls – “Alex”
Letuce – “Quero Trabalhar com Vidro”
Luiza Lian – “Geladeira”
Air – “Kelly Watch the Stars”
Kraftwerk – “The Hall of Mirrors”
Kali Uchis – “Venus as a Boy”
Angel Olsen – “More than This”
Weyes Blood – “A Lot’s Gonna Change”
Def – “Alarmes de Incêndio”
Legião Urbana – “Giz”

O George Harrison dos Boogarins

fefel2020

Não sei quem é o John e quem é o Paul dos Boogarins, mas com o single Fefel 2020, o grupo lança seu baixista Raphel Vaz como terceiro compositor e vocalista da banda goiana. E não é que o prefeito leva jeito? Ele conta como se encontrou:

Em uma dessas turnês, que acabava em Portland, me presenteei com um pequeno violão de nylon que desse pra carregar por aí. Apesar da sua pequenez, o violão ficou em Austin por dois anos, já que a bagagem extra que eu teria que pagar era mais cara que o violão.

Um ano depois me veio “Tanta Coragem”, num quarto de hotel onde eu dormia com Markola, tour manager e amigo gringo. Gravei os acordes e balbuciei melodias. Nesse dia meu inglês falhou em uma conversa com Mark e coloquei na letra o que eu tentava dizer pra mim mesmo. Voltamos pra Austin pra gravar, dessa vez em estúdio, as primeiras sessões do que seria pro Sombrou Dúvida e essa demo ficou no meu computador por uns dias. O ócio do artista que cultivávamos lá me permitiu acabá-la.

Já em 2018, ano das últimas seções do SD, Benke foi convidado para uma espécie de residência artística por 10 dias em Berlin e de lá trouxe um presente para cada um dos Boogarins restantes. Discos de vinil para Ynaiã, um livro para Dinho e uma Kalimba de 4 notas para mim. Era a primeira viagem que ele fez sem a gente, da qual voltou visivelmente abalado. Ao me entregar o presente ele encomendou uma música. “Inocência” é a encomenda, um loop de 2 acordes do violão pequeno, onde a kalimba e a melodia fazem a função de separar as partes da música. Uma canção lúdica e singela.

Mostrei a música e meus amigos choraram muito, disseram que a banda não iria gravar aquela demo nunca. Benke me disse que tinha muitos planos pra me ajudar a realizar meu sonho, que é o sonho de ser importante. Este ano meus amigos acharam que era o meu ano, 2020, o ano em que faço 30 e meu cabelo cai.

Vida Fodona #619: Só música brasileira

vf619

No clima da primeira edição das Noites Trabalho Sujo no Cine Joia.

Rita Lee – “Agora é Moda”
Secos & Molhados – “Sangue Latino”
Tulipa Ruiz – “Às Vezes”
Mano Brown + Seu Jorge + Don Pixote – “Dance, Dance, Dance”
Flora Matos – “Igual Manteiga”
Letrux – “Coisa Banho de Mar”
Boogarins – “Benzin”
Bárbara Eugenia + Rafael Castro – “Te Atazanar”
Erasmo Carlos – “Jeep”
Maria Bethânia – “Festa”
Eduardo Araújo – “Kizumbau”
Marcelo D2 – “A Maldição do Samba”
Antonio Carlos & Jocafi – “Simbarerê”
Elis Regina – “Bala com Bala”
A Cor do Som – “Razão”
Sabotage – “Rap é Compromisso”
Tim Maia – “Márcio Leonardo & Telmo”
Metá Metá – “Corpo Vão”