Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.

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As 50 melhores músicas de 2008: 26) Empire of the Sun – "Walking on a Dream"

Um novo redesenho na geopolítica da música pop vem lentamente valorizando a canção tradicional – e ele vem, improvavelmente, da mesma música eletrônica que ajudou a demolir o formato introdução-estrofe-refrão-estrofe-refrão-instrumental-refrão-fim. E à medida em que duas cenas tradicionalmente coadjuvantes à história da música pop, a França e a Austrália, vão se movendo para o centro do palco principal graças às suas recentes safras de dance music, juntos trazem na bagagem o apreço pela canção perfeitinha, com começo, meio e fim. Os sabores utilizados para esse resgate, no entanto, passam longe do pop clássico dos anos 60, preferindo buscar, como base, o power pop dos anos 70 e o pop sintético dos 80. É essa melodia que faz bandas tão diferentes entre si soarem como uma cena – o que une, na França, Daft Punk, Air, Phoenix, Justice, Yelle e Stardust e, na Austrália, Cut Copy, Van She, Midnight Juggernauts, Ladyhawke e Presets. A dupla Empire of the Sun, formada por integrantes de outras bandas australianas (Luke Steele, líder do Sleepy Jackson, e Nick Littlemore, que toca no Pnau e no Teenager), batizou seu disco de estréia com o nome de sua melhor canção, que resume rapidamente o tipo de resgate que essa cena vem provocando. E à medida em que Sydney e Paris se aproximam, ecos desta nova canção aos poucos surgem em diferentes partes do planeta, seja na Nova York do MGMT e do Yeasayer ou na Inglaterra que viu sugir o Friendly Fires e o Late to the Pier.

26) Empire of the Sun – “Walking on a Dream

E o Lost, hein?

Assistiu? Curtiu? Eu achei bom, mas não tão bom. Mas agora vou pro Little Joy, amanhã a gente continua isso:

Tanto João Gilberto…

E eu lembrei que tenho que escrever sobre o show dele no ano passado – e, mais, sobre os 10 melhores shows do ano passado (incluindo o do Dylan). Mas segue a retrospectiva…

Tutti buona genti

Fubap, o condomínio onde tenho uma das minhas casas de praia, está de home nova. Recomendo visitar todos os saites, não tem nenhum ruim. E todos são chapas (eu tinha outra coisa pra falar a respeito disso, mas agora eu não lembro…).

A estréia mundial da "Garota de Ipanema"

Mais uma pérola não-lançada da música brasileira aparece online, dessa vez o mitológico show que não apenas reuniu no mesmo palco Tom, João, Vinícius e Os Cariocas como apresentou ao mundo uma de suas músicas mais conhecidas, “Garota de Ipanema”. Organizado pelo produtor Aloysio de Oliveira, o show, batizado de O Encontro, foi realizado na casa Au Bon Gourmet, em Copacabana, no Rio de Janeiro, no dia 2 de agosto de 1962. O momento era crucial – Tom e João estavam de malas prontas para os Estados Unidos e Vinícius começava sua parceria etílica com Baden Powell. Se esse show não acontecesse, os três nunca mais se reencontrariam no palco. Para contrapor o trio de ouro da nova cena carioca, Aloysio chamou o grupo vocal Os Cariocas para criar certo atrito criativo entre as duas gerações – e fizeram isso não apenas com seu canto de apoio ao mesmo tempo sofisticado e nostálgico como na canção “Bossa Nova e Bossa Velha”, em que brincam com a mudança de valores proposta pelos bossanovistas. E além da estréia mundial de “Garota de Ipanema” (cuja introdução tem forma de bate-papo), o show ainda conta com performances impecáveis dos três. Histórico é pouco – baixa aqui.

João Gilberto, 1950


João, de bigodinho, no alto da foto

E esse arquivo que inclui, além dos dois primeiros compactos de João Gilberto antes de lançar seu primeiro LP (“Chega de Saudade” e “Desafinado”), três compactos com os Garotos da Lua, o conjunto vocal em que João era crooner nos anos 50, em sua primeira vinda ao Rio de Janeiro (quando ficou conhecido pelo apelido “Zé Maconha“)? Incrível…


Garotos da Lua – “Amar é Bom

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"Why is this happening to me?"

E transformaram o guri em animação.

"Is this real life?"

E já remixaram o moleque do dentista