Trocando cores de marcas concorrentes

E se o Yahoo usasse as cores do Google? Se o Mastercard tivesse as cores do Visa? Ou o McDonald’s tivesse as cores do Subway? Eis o interessante experimento iniciado pela designer catalã Paula Rúpolo em 2013, que acaba de ser revisitado. Separei algumas trocas de cores de marcas abaixo.

E tem outras lá no site dela.

Yahoo comprou o Tumblr?

yahoo-tumblr

Que notícia!

Link – 23 de julho de 2012

• Carro conectado • Mão na roda • Homem-Objeto (Camilo Rocha): Computadores feitos para nos transportar • Impressão digital (Alexandre Matias): Conectar-se à internet é só o início do automóvel do século 21 • O pecado original, por Cory Doctorow • Tinta eletrônicaEric Schmidt: Tecnologia para combater o medoNo Arranque (Filipe Serrano): A mentalidade do Google é a nova esperança para o Yahoo9 à esquerda • Piratas a bordo

Link – 23 de janeiro de 2012

Obsolescência programada: Programado para morrer‘Estamos criando montanhas de lixo’ • Conserte você mesmo • A Sopa azedou • Megaupload é tirado do ar e Anonymous revidaNo Arranque: Crowdfunding brasileiro quer acelerar em 2012Impressão Digital: Kodak, Yahoo, direitos autorais e a inevitabilidade do digitalHomem-Objeto: Leve e compactoVida Digital: Drew Houston,do DropboxTodo mundo menos elaMapas mais acessíveisFacebook no topo do Brasil, Apple na educação, programador condenado à morte e Kodak falida

Impressão digital #0089: O digital inevitável

Minha coluna no Link dessa semana reúne três assuntos diferentes, mas que são o mesmo.

Kodak, Yahoo, direitos autorais e a inevitabilidade do digital
Para milhões, baixar gratuitamente é rotina

A Sopa e a Pipa foram o principal assunto da semana passada, mas queria aproveitar para falar de outros acontecimentos ofuscados pela briga entre a indústria de entretenimento e a de tecnologia, mas que podem nos ajudar a jogar uma luz sobre a confusão legal a que estamos assistindo.

Um deles é a concordata da Kodak e o outro, a demissão de Jerry Yang, um dos criadores do Yahoo, do cargo de “cofundador e líder” do site (sim, esse era seu cargo). Ambas notícias podem ser comparadas à clássica anedota sobre a inevitabilidade do digital – quando as grandes gravadoras do mundo resolveram processar seus próprios consumidores (que, graças ao Napster, descobriram que era possível baixar música de graça e à vontade) e deram início ao fim de seu próprio monopólio, o da música gravada e lançada em mídias físicas.

A Kodak, uma empresa centenária, inventou a câmera fotográfica portátil que a tornou sinônimo do aparelho que popularizou. Mas também inventou a primeira câmera digital – na pré-história do mundo digital, nos anos 70. Mas como também vivia de vender filmes, preferiu não investir neste setor, com medo de perder o mercado analógico. Mas, ao manter-se irredutível nesta posição, viu ao mesmo tempo o mercado que queria proteger sumir e outras empresas assumirem as rédeas da fotografia digital. Até mesmo de outros tipos de produto, como a Nokia, que se consolidou no mercado de celulares justamente por apresentar boas câmeras embutidas nos aparelhos. Sua cabeça-dura custou-lhe a própria existência.

A mesma teimosia acabou fazendo Yang pedir demissão do principal cargo do site que criou. O Yahoo, muitos nem sequer devem se lembrar, já foi um dos titãs do mundo digital, numa época em que os sites eram contados aos milhares e as conexões ainda eram discadas. Com a chegada do Google, o site preferiu manter-se preso à lógica de portal, típica da última década do século passado, em vez de apontar links para o resto da rede. Fechou-se em si mesmo e apostava na possibilidade de ser comprado ou fundir-se a algum outro gigante. A Microsoft foi quem mais cortejou o velho líder das buscas, em vão. Até que a chegada de um novo CEO, Scott Thompson, obrigou Yang a sair do holofote – e sacramentar o fim de uma era.

O que nos leva de volta às polêmicas leis antipirataria que ameaçam a existência da web como a conhecemos – não apenas nos EUA, mas em todo o mundo. Não é a primeira vez que o Congresso norte-americano tenta aprovar leis que tentam restringir o avanço da pirataria digital. Mas o que estamos assistindo em 2012 é ao aumento da truculência e da força política de uma indústria que, como a Kodak e o Yahoo, preferem não abraçar o digital inevitável e agarrar-se a uma legislação que não faz sentido em tempos digitais.

O lobby de Hollywood é poderoso e pode ter consequências catastróficas para a rede. Imagine que o simples ato de linkar um vídeo do YouTube no Facebook (que não seja autorizado por seu criador) possa significar até cinco anos de cadeia. Como ironizou alguém no Twitter, se você uploadar uma música de Michael Jackson na internet, pode pegar um ano a mais de cadeia do que o próprio médico acusado de sua morte. Não faz o menor sentido.

Fora que o que é chamado de pirataria pela indústria do copyright é rotina para milhões (bilhões?) de pessoas por todo o planeta. Baixar conteúdo gratuitamente é infração do direito autoral antigo, mas há mais de uma pesquisa mostrando que, quanto mais alguém baixa conteúdo sem autorização, mais gasta no mesmo tipo de conteúdo. As leis não devem parar no tempo – elas devem mudar de acordo com as mudanças da sociedade.

E se insistir nisso, os EUA podem matar seus principais produtos no novo século: Google e Facebook vão ter que mudar completamente seus negócios. Abrindo espaço para alguém, em algum país, criar seu próprio clone de Google ou do Facebook e conseguir um público que antes era dos EUA. E aí pode ser que o cabeça-dura da história seja o próprio governo dos norte-americano.

Talk nerdy to me

Daqui.

O futuro da tecnologia vem aí

Link – 7 de dezembro de 2009

A “era iPod” (2001-2009)Calma, o iPod só morreu como símboloCom a ‘cloud music’, streaming já é, hoje, o rádio do futuroDepois da música, é a vez dos filmes e livrosPorque a indústria prefere o streaming ao downloadDá para usar Hulu, iTunes e Netflix no Brasil?Ter ou não ter? Eis a questão que o digital propõeDo YouTube para HollywoodAs ameças à hegemonia do Google, o cão de um truque sóFuturo do livro já é uma página viradaBrasileiro, Yahoo Meme será lançado em todo o mundoRedes sociais podem salvar aqueles noites que parecem perdidasLocalização guia criação de aplicativo para celularDicionário Google já reúne 27 línguasNova PontoCom agita o mercadoLei quer proibir games violentosGoogle quer deixar a internet mais rápidaGuloseimas em rede socialAtivistas protestam por liberdade na webE-mails de um idiotaEditar pode ser fácilCaia na noite via rede socialEscreva tudo que quiser jogar no Nintendo DSConvenção de humor no MIT?Vida Digital: Ben Huh, do I Can Haz a Cheezburger

Geocities (1994-2009)

O Yahoo desligou os aparelhos que mantinham o Geocities vivo. O site foi um dos primeiros a liberar espaço gratuitamente para quem quisesse construir seu espaço online e fez parte da puberdade de toda uma geração que hoje domina diferentes aspectos da rede. Nascido no meio dos anos 90, o site pode ser entendido como uma das primeiras tentativas de organizar o conteúdo gerado pelo usuário (dá pra chamar de proto-web 2.0?) e um dos primeiros habitantes da tal “nuvem” de dados do cloud computing (antes do webmail viver seus primeiros dias de glória, com o lançamento do Hotmail em 1996 – que só foi comprado pela Microsoft anos depois).

Eu mesmo migrei o Trabalho Sujo de vez para a internet quando o tirei do papel em 1999; ano que também fundei, com o Abonico, um e-zine temporário – chamado, er, 1999 (que tinha uma atualização por dia – do primeiro de janeiro ao 31 de dezembro). Ambos estavam estacionados no Geocities (a íntegra do 1999 e o Sujo entre 2000 e 2004, antes de entrar no Gardenal), fósseis flutuantes de um recente passado digital – como milhares de outros repositórios de informação que estavam naquela freguesia – e agora só existem num HD solto aqui em casa, no Wayback Machine e na memória de quem viveu aqueles anos.

A imagem que ilustra esse post é a reformulação de layout que o genial XKCD fez em homenagem ao fim do Geocities, com ícones emblemáticos do site – como seus banners coloridos, seus ícones batidos, os wallpapers que piscavam, as tabelas de programação à vista, erros de HTML e outros detalhes que, vistos de 2009, parecem ter mais de trinta anos de idade

Link – 19 de outubro de 2009

Quando hackers mostram o rumoCidades, governos e instituições abrem seus dadosHackers reúnem-se em NY para criar à vontadePara que serve esse tal Google Wave?“E se o e-mail fosse criado hoje?” – eis o ponto de partida do WaveCinco anos depois, PSP mostra a que veio‘Katamari Forever’ é tributo à psicodelia digital japonesaAtividade Paranormal: horror à la carteTwitter, blitz de trânsito, Lei Seca e liberdades individuaisVida Digital: Evgeny Morozov