Cabeça Aberta: Velvet, Kubrick, Mutantes e Alan Moore

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A partir do mês de junho, começo a ministrar a série de cursos Cabeça Aberta, que idealizei para falar sobre obras revolucionárias na Unibes Cultural, em São Paulo. O subtítulo do curso – Discos, filmes e livros que criaram o mundo de hoje – explicita melhor o viés utilizado para escolher as obras a serem analisadas, que nesta primeira edição resumem-se em quatro: o disco de estreia do grupo Velvet Underground, The Velvet Underground & Nico, o famoso disco da banana, é o tema da primeira aula, dia 2; seguido do clássico de Stanley Kubrick, 2001 – Uma Odisseia no Espaço, tema da segunda aula, dia 9; depois temos o terceiro disco dos Mutantes, A Divina Comedia ou Ando Meio Desligado, no dia 23; e encerramos no dia 30, com a obra-prima de Alan Moore, a série em quadrinhos Watchmen. São aulas que evidenciam o potencial revolucionário destas quatro obras e dissecam suas origens, influências e impacto cultural para mostrar que a cultura tem o poder transformador de capturar ansiedades e expectativas de diferentes épocas e transformá-las radicalmente com um disco, um filme ou uma história em quadrinhos. Os cursos acontecem sempre aos sábados, na Unibes Cultural (Rua Oscar Freire, 2.500, ao lado da estação Sumaré do Metrô, telefone: 11 3065- 4333), das 14h às 17h, e podem ser feitos separadamente, embora quem fizer os quatro contará com um desconto (mais informações aqui).

A opinião de Alan Moore sobre Before Watchmen

Você já deve saber que a DC está lançando histórias bastardas de Watchmen em quadrinho – aproveitando o fato de que o filme reacendeu a importância da franquia e que Alan Moore não pode apitar em nada no produto final. Olha as capas que já foram liberadas.

Mas o que o velho bruxo pensa dessas novas edições?

“As for the readers, I have to say that if you are a reader that just wanted your favorite characters on tap forever, and never cared about the creators, then actually you’re probably not the kind of reader that I was looking for. I have a huge respect for my audience. On the occasions when I meet them, they seem, I like to think, to be intelligent and scrupulous people. If people do want to go out and buy these Watchmen prequels, they would be doing me an enormous favor if they would just stop buying my other books. When I think of my audience, I like to have good thoughts and think about how lucky I am to have one that is as intelligent as mine and as moral as mine.

So, I wouldn’t want to think that my readership were the kind of comic fans who are just addicted to a regular fix of their favorite character and, “Yeah well Jack Kirby he’s not as good as he used to be, is he?” And, “Who cares that he created almost everything that Marvel have built their line upon?” And note, Jack Kirby, I’m saying, created them. I’m not even saying “Lee and Kirby.” From my perspective, it looks like Jack did most of the work.

The kind of readers who are prepared to turn a blind eye when the people who create their favorite reading material, their favorite characters, are marginalized or put to the wall–that’s not the kind of readers I want. So, even if it means a huge drop in sales upon my other work, I would prefer it that way. I mean, there’s no way I can police this, of course. But, I would hope that you wouldn’t want to buy a book knowing that its author actually had complete contempt for you. So, I’m hoping that will be enough.”

Foi o que ele disse ao Kurt Amacker, em uma entrevista pinçada pelo Comic Book Resources.

Eu adoro camiseta: Ript Apparel

Dá pra perder uma boa meia hora só olhando as estampas no site da Ript… Aí embaixo tem mais.

 

Watchmen 2: vai rolar!

Não é caô: o Bleeding Cool publicou os primeiros rascunhos do prequel de Watchmen que querem lançar no ano que vem.

Neguinho é foda…

Como uma invasão alienígena pode salvar a economia mundial

A sugestão – de que se tivéssemos um inimigo comum como alienígenas as finanças mundiais não estariam nessa merda – é do Paul Krugman e faz sentido:

Ele cita um episódio de Além da Imaginação ao final de sua fala, mas está se referindo, na verdade, ao clássico episódio The Architects of Fear, da série Outer Limits, que era uma espécie de seriado concorrente e similar ao Twilight Zone, mas com um pé mais firme na ciência do que no surrealismo (um dia eu falo mais desse seriado, é demais). Olha o episódio inteirinho aí embaixo:

E a premissa do tal episódio é conhecida pela maioria por aqui, pois seu final é bem parecido com o plano de Veight ao final de Watchmen. Não é coincidência, Alan Moore inclusive cita o seriado bem nas últimas páginas de sua minissérie:

Aí junta isso com o papo desse cara no programa do Bill Maher, falando que o débito dos bancos norte-americanos é maior do que todo o orçamento da história da Nasa:

Mistura ainda com esse papo do “fim do sonho” (que faz sentido) e repare na quantidade de filmes que estão sendo lançados sobre alienigenas ou sobre o fim do mundo e não se espante se começarmos a ver mais notícias sobre vida fora da terra, hohoho…

Watchmen da Silva

Que tal essa “homenagem” ao filme do Watchmen feita pela Globo?

Se for citação é brega, se for plágio é malfeito.

Keep calm, Ozymandias

Vi aqui.

Multidão de conhecidos

Goku, Megaman, as Tartarugas Ninja, One-Piece, os X-Men, Tetsuo, Sonic, Watchmen, Tank Girl, uma mulher do Crumb, Cowboy Bebop, Zelda… quem mais você enxerga nessa imagem que eu tirei do Noirlac?

4:20

Super-heróis pulp

Seguindo aquela linha de recriar ícones atuais como se fossem do passado, o designer Steve Finch transformou clássicos dos quadrinhos de super-herói em velharias pulp.

Aqui tem outras.