Sobre jornalismo no Brasil hoje

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Seguindo a série de diagnósticos sob encomenda que fiz pra Urubu (o primeiro deles foi sobre música brasileira), desta vez dou meus pitacos sobre o estado da imprensa no país.

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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ “Os jornalistas que tentaram montar as suas próprias redações, no final das contas, acabaram sendo vítimas da violência do estado, como continuam sendo até hoje.” ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ No segundo vídeo da série “Música e Jornalismo no Brasil, Matias analisa a história jornalismo brasileiro a partir das transformações políticas, culturais e midiáticas dos últimos setenta anos. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Alexandre Matias, renomado jornalista de cultura, comportamento, tecnologia e música, é criador do Trabalho Sujo. Site que há 25 anos, tem um papel de vanguarda na cobertura das transformações culturais e digitais na produção e consumo de conteúdo e comunicação no Brasil. Atualmente, se dedica a produção de conteúdo para o site, youtube e newsletter do Trabalho Sujo, ao mesmo tempo que vive um processo de abandono do Twitter, Instagram e Facebook, redes sociais que ele enxerga e detecta com cada vez menos relevância jornalística. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Tenso é uma série de encontros, conversas e reflexões entre a Urubu e aqueles que não coincidem perfeitamente com o seu tempo. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ @trabalhosujo

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Diagnósticos sob encomenda

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Fui convidado para fazer três provocações em vídeo para a série Tenso, da produtora Urubu, e no primeiro deles falo sobre o estado da música no Brasil em 2020 – e porque acho que estamos vivendo a melhor época da música brasileira.

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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ “A música quase sempre é um farol, uma espécie de antena que capta as principais sensibilidades e transformações culturais do seu tempo.” ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Nessa quarta edição do Tenso, convidamos nosso camarada Alexandre Matias para produzir uma série de três vídeos-colunas sobre música e jornalismo no Brasil. Matias inicia essa jornada com uma afirmação e provocação: “Eu acredito que a gente tá vivendo a melhor época da música brasileira. Não só em termos de profusão criativa – nunca se fez tanta música boa quanto hoje – como em termos de estrutura, mercado, como as coisas funcionam.” Sua crença não é a toa, especulativa. Ao longo de quase vinte minutos, ele faz um recorrido das transformações que a indústria da música sofreu nas últimas duas décadas a partir do impacto do Napster na forma que consumimos, vendemos e criamos música. Da indústria á mídia, do público ao artista. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Alexandre Matias, renomado jornalista de cultura, comportamento, tecnologia e música, é criador do Trabalho Sujo. Site que a 25 anos, tem um papel de vanguarda na cobertura das transformações culturais e digitais na produção e consumo de conteúdo e comunicação no Brasil. Atualmente, se dedica a produção de conteúdo para o site, youtube e newsletter do Trabalho Sujo, ao mesmo tempo que vive um processo de abandono do Twitter, Instagram e Facebook, redes sociais que ele enxerga e detecta com cada vez menos relevância jornalística. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Tenso é uma série de encontros, conversas e reflexões entre a Urubu e aqueles que não coincidem perfeitamente com o seu tempo.

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O próximo vídeo é sobre jornalismo.

O vôo da Urubu

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A produtora Urubu, capitaneada pelo gaúcho Dudu Fraga, está dando um salto considerável em suas produções em seu primeiro ano de vida. Depois de trabalhar as carreiras de artistas experimentais como Maurício Takara e Baobá Stereo Club, ela agora começa a realizar eventos sazonais para ampliar suas crenças que “mitos como audiência versus crítica e influência versus alcance precisam andar juntas, que o popular deve ter relevância e o relevante popularidade. A partir disso, atuamos como produtora / idealizadora de projetos ligados a cultura, arte e entretenimento”, me explica o produtor por email.

As Urubu Sessions estreiam na semana que vem, em parceria com o selo inglês Jazz Re:freshed e a produtora British Underground, trazendo, na próxima segunda, shows com os artistas ingleses Nubya Garcia e Yussef Dayes. “Nubya é saxofonista e compositora e uma das principais forças por trás do ressurgimento da música influenciada pelo jazz no Reino Unido”, continua Dudu, contando que ela já dividiu trabalhos com o baterista Moses Boyd, o produtor de jungle Congo Natty, além de ter seus próprios trabalhos com grupos como o sexteto Maisha e o conjunto Nérija. Já o baterista Yussef é um dos nomes do Black Focus, lançado por Yussef Kamaal com o tecladista Kamaal Williams, além de integrante do United Vibrations. “Ele também construiu com o Black Focus uma fusão do lado sonhador do jazz-funk dos anos 70 com jungle, trip hop e house”, completa Dudu. A primeira edição acontece na Associação Cultural Cecília (mais informações aqui).

Segundo Dudu, as Urubu Sessions são “edições de conteúdo musical, sem formato definido, mas sempre utilizando o digital e ao vivo como plataformas, sempre em busca de artistas que estão evoluindo a estética da música popular a partir da sua desconstrução”. O projeto não deve ter nem lugar nem formato definido e a próxima edição deve acontecer no final do primeiro semestre do ano que vem. E o projeto não fará apenas shows com artistas internacionais e deve contemplar nomes brasileiro em suas próximas edições.