Esse David Lynch…

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A terceira temporada de Twin Peaks já é uma das melhores coisas de 2017 e é nítida a sensação de que David Lynch está espalhando as peças de um quebra-cabeças em nossa frente para montá-lo subitamente, incluindo pedaços das duas primeiras temporadas e do filme Twin Peaks – Fire Walk with Me, mas não só. Repare nestas duas cenas dos episódios 1 e 3, sincronizadas por um espectador detalhista.

Como é? Repara:

Aposto que tem muito mais pra acontecer – e bem debaixo do nosso nariz… Como eu já disse, tente não entender – assim o efeito do passe de mágica vai ficar mais incrível.

Twin Peaks pela primeira vez

É possível assistir à nova temporada sem nunca ter visto nenhum episódio da série de David Lynch? Falei sobre isso no meu blog no UOL.

David Lynch ressuscitou Twin Peaks sem apelar para a nostalgia. Claro que o universo de pessoas estranhas e entidades sobrenaturais da série que inaugurou a atual era de ouro da TV recorre a nomes e lugares reconhecíveis pela maioria dos fãs da série, mas a quantidade de desdobramentos, locações e novas situações apresentados em seus quatro primeiros episódios é suficiente para deixar até os maníacos pelo seriado original completamente perdidos. E isso não é ruim – em se tratando de David Lynch, na verdade, é exatamente o que esperamos dele. É, inclusive, é uma boa notícia para quem quer entrar na fauna exótica criada por um dos maiores artistas norte-americanos sem ter se aventurado pelas duas primeiras temporadas do seriado, exibidas entre 1990 e 1991.

Respondendo à pergunta do título: sim, dá para assistir à nova temporada sem conhecer nada do seriado. Mas isso não quer dizer que você entenda o que está acontecendo. Na real, essa é a premissa básica de qualquer obra do cineasta (tirando o mal-resolvido Duna, de 1984, único filme que escapa de seu universo transcendental, incompreensível devido ao embate entre a obra original, as expectativas do estúdio e a visão que Lynch tinha sobre o tema). Os dois primeiros episódios, que já estão disponíveis para serem vistos no Brasil pelo Netflix, reintroduzem personagens clássicos e queridos aos fãs da série da mesma forma como eles foram apresentados há um quarto de século: não há uma explicação básica sobre suas histórias anteriores muito menos sobre suas motivações. O terceiro e o quarto episódios, liberados pelo canal norte-americano Showtime, aprofundam-se ainda mais na complexidade do tema.

Como no início dos anos 90, vamos aprendendo as histórias dos habitantes da minúscula cidade que batiza a série à medida em que a nova temporada vai sendo reapresentada. Claro que para quem já os conhece, há um certo conforto em reencontrar velhos conhecidos como Tommy “Hawk” Hill, Andy Brennan, Lucy Moran, Bobby Briggs, James Hurley, Gordon Cole, Albert Rosenfield, Denise Bryson, Leland Palmer, o Gigante e, claro, o Agente Dale Cooper, entre outros, e ver como todos estão vinte e cinco anos depois que eles foram vistos pela última vez. Mas esse gostinho de nostalgia é minúsculo comparado com a quantidade de cenas surreais e estranhas e personagens distintos que Lynch nos apresenta em 2017.

A partir daqui vou mencionar alguns detalhes que podem tirar a graça de quem quer assistir às surpresas da terceira temporada. Se você quiser manter-se intacto (recomendo esta sensação), vire os olhos e clique em outro lugar para não ler o que vem abaixo destes gifs animados.

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Sim, o agente Cooper ainda está preso em uma realidade paralela, aparentemente alheio a todas as transformações que aconteceram no mundo nos últimos vinte e cinco anos. Mas o black lodge, o sinistro quarto de cortinas vermelhas em que foi aprisionado, aparece em preto e branco e aos poucos vemos como o personagem vivido por Kyle MacLachlan escapa dali, desdobrando-se em três personagens diferentes (embora idênticos): o correto Cooper, ainda estático após décadas sem contato com a civilização; o sinistro Bob Cooper (ou Dark Cooper ou simplesmente seu doppelgänger, como a série prefere referir-se a ele), que seria a encarnação do espírito maligno Bob no próprio agente, como vimos no último episódio da segunda temporada; e um tal Dougie Jones, que parece ter surgido do nada. Estes três seres se envolvem em cenas que incluem o espaço sideral, o Gigante com suas dicas enigmáticas, a passagem por um isqueiro de carro, assassinatos brutais, sons estranhos, uma fumaça que sai de uma tomada, uma mulher sem olhos, um cassino premiado, um acidente de carro, vômitos caprichadamente nojentos, uma árvore em forma de neurônio, um porta-malas com uma perna de cachorro e a aparição de Laura Palmer. “Helloooo!”, entusiasma-se um deles repetidas vezes em uma dessas situações.

Confuso? Isso não é nada. Some isso a um portal interdimensional mantido em segurança máxima, um corpo cuja identidade é um segredo militar encontrado ao lado da cabeça de uma bibliotecária, números que surgem como pistas aleatórias, a fatídica rosa azul, um diretor de escola que é preso por um assassinato em outra cidadezinha fictícia do interior dos EUA, cenas em uma Nova York que parece uma fonte de luz, coelhos de chocolate, agentes do FBI que pareciam ter desaparecido, ancestralidade indígena, a última aparição da Log Lady, uma espécie de deus sumério que desaparece em uma cela de uma cadeia (apenas para vermos sua cabeça flutuando rumo ao nada), dúvidas sobre o passado, o presente e o futuro, pessoas que encolhem, relógios que marcam horas-chave, muito sexo, muita violência, muitas contradições e canções que hipnotizam.

Esqueça a busca por significado – esse é o desafio que Lynch nos propõe. Ele prefere criar cenas mágicas e surreais que não precisam ser explicadas apenas pela beleza estética delas e sons que ecoam no fundo da cabeça (o diretor também assina o design do áudio da série, o que torna obrigatório assisti-la em um equipamento provido de boas caixas de som – ou, pelo menos de fone de ouvido). Os quatro primeiros episódios de Twin Peaks vão além do mero entendimento e propõem ao público a degustação de uma viagem audiovisual que independe de significado. Estamos assistindo a um museu de novidades, algumas reconhecíveis, outras completamente absurdas.

Talvez a melhor metáfora para a série seja o tal portal interdimensional, que faz um sujeito observar uma caixa de vidro em um sofá arquetipicamente desenhado para parecer uma clássica sala de estar em frente a uma TV. É como se Lynch dissesse que sua série fosse o tal portal interdimensional e para não nos descuidarmos do que assistimos, mesmo que não pareça nada, para não sermos devorados, assustados ou engolidos pelo inusitado, pelo súbito, pelo improvável.

Há vinte e cinco anos Lynch redefiniu a forma como assistimos televisão – e todas as grandes séries desde então (Sopranos, Mad Men, Arquivo X, Breaking Bad, Buffy – A Caça-Vampiros, Walking Dead, Lost, The Killing, 24 Horas, West Wing e The Wire) foram diretamente influenciadas por suas cenas surreais, suas viradas de roteiro inusitadas, seus personagens tortos e cenários absurdos. Se ele novamente revolucionar a televisão a partir desta nova fase de Twin Peaks, pode ficar tranquilo que os próximos vinte e cinco anos na TV serão muito, mas muito estranhos. A pergunta principal não é mais “quem matou Laura Palmer?” e sim “que diabos é isso que estou assistindo?” Aceite o desconhecido.

E não se assuste se David Bowie – o próprio – surgir em algum momento nos próximos episódios. A deixa foi dada.

Johnny Jewel destruiu todas as cópias de “Dear Tommy”

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Quando, no início de março, a gravadora Echo Park Records anunciou que os Chromatics estariam envolvidos com a trilha sonora de Twin Peaks, o fez soltando uma imagem no Twitter que, entre elementos caros à série e à banda, ainda trazia discos de vinil quebrados – todos com o rótulo de Dear Tommy.

Os fãs sabem, mas quem não acompanha a trajetória sabe que Johnny Jewel vem adiando o lançamento do segundo disco dos Chromatics – o tal Dear Tommy – há anos. Com o anúncio do envolvimento de Johnny com a trilha da nova temporada do seriado de David Lynch, o dono da Echo Park, Alexis Rivera, publicou uma série de tweets falando sobre como Johnny destruiu todas as cópias do disco que estava prestes a ser lançado – e como isso é um bom sinal. Entenda:

“Muita gente vem me perguntando sobre Dear Tommy e a quantas anda o disco, acho que é hora de uma atualização.”

“No natal de 2015, Johnny quase morreu no Havaí. Não quero entrar em detalhes, mas tenho certeza que ele discutirá isso em entrevistas em algum momento.”

“Ele voltou para sua casa na Califórnia e destruiu todas as cópias de Dear Tommy. 15 mil CDs e 10 mil vinis que estavam no galpão da Italians Do It Better, em Glendale, todos destruídos.”

“Quando anunciamos a participação em Twin Peaks, em março, dá para ver alguns destes Dear Tommy quebrados.”

“É estranho destruir e deletar seu disco depois que ele está feito? Porra, sim. E também é financeiramente insano. Mas não foi a primeira vez que ele fez isso.”

“Em março de 2011, o Glass Candy estava tocando em Gadalajara e Johnny me deu uma caixa com os CDs do Kill for Love. Ele queria que o disco saísse no final daquele mês.”

‘Então ele foi contratado para fazer a trilha de Drive e ficou completamente maluco. Merdas acontecem o tempo todo e mudam tudo. Às vezes, é uma bênção.”

“Johnny destruiu todos os CDs e vinis daquela versão de Kill for Love em abril de 2011. Ninguém soube disso publicamente. Mas deu início a um surto criativo.”

“Ele trabalhou mais em Kill for Love, trabalhou nos temas do Symmetry, trabalhou em mais música que eu achei que íamos ouvir bem mais tarde.”

“Ele ainda fez referência à outra versão de Kill for Love (e múltiplas mudanças) e em uma entrevista à Pitchfork em 2012.”

“Eu originalmente imaginava que Kill for Love fosse sair em 2010; havia uma versão que já havia sido feita, mas era risível, constrangedora. Eu fico muito feliz de ter desistido dela. No total, acho que fiz dez versões do disco com mixagens, masterizações e velocidades diferentes para as canções. O disco foi masterizado seis vezes diferentes ao todo e então eu fiz uma coletânea com os melhores momentos de todas as masters, os edits e os tempos que formavam o arco mais eficaz. Mas todo mundo achava que éramos loucos.”

“Bom, de volta à quase morte de Johnny. Depois disso ele teve um outro surto. Ao fazer Tommy. Produzir novos artistas como Heaven. Fazer filmes e Twin Peaks.”

“Sobre Dear Tommy, acho que estamos chegando perto do lançamento do disco. Johnny queria que a música dele soasse caindo.”

Enquanto Dear Tommy não aparece, os Chromatics oficializam a versão de “Shadow” que fizeram para a trilha sonora do novo Twin Peaks – quando tocaram a faixa ao vivo no segundo episódio da série.

Flying Lotus ♥ Twin Peaks

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O jovem mestre Steven Ellison, também conhecido como Flying Lotus, deixa todo seu amor por Twin Peaks exposto ao incluir a faixa-tema de Angelo Badalamenti no meio de um set no Upstream Music Fest em Seattle.

E por que não lançar o minirremix pra download?

Que encontro!

Chromatics vai fazer a trilha sonora do novo Twin Peaks

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Grande notícia: além dos temas de Angelo Badalamenti, a trilha sonora da nova versão de Twin Peaks, que estreia este mês, será assinada por Johnny Jewell, líder da banda Chromatics. Falei sobre como isso é uma boa notícia para os fãs da série no meu blog no UOL. Jewell acaba de lançar a trilha, com o título de Windswept, antes mesmo do lançamento da nova temporada.

Estamos às vésperas de voltar a um universo fictício em que a realidade e o sobrenatural se superpõem com estilo. A terceira temporada de Twin Peaks está a algumas semanas de distância entre seus criadores e, nós, seu público. A série que David Lynch produziu no início dos anos 90 era um alienígena na TV norte-americana e subvertia a estética de telefilme dos anos 80 ao misturar um assassinato numa cidadezinha do interior dos Estados Unidos que começa a ser investigado por um agente do FBI com uma camada de surrealismo de horror inimaginável até para a TV de hoje em da.

Foi, no entanto, um alienígena viral: contaminou o DNA das séries de TV de tal forma que mudou a perspectiva para todos os profissionais da área. A partir de Twin Peaks, que teve meras duas temporadas e terminou de forma abrupta, toda produção de TV nos Estados Unidos começou a mudar e os seriados, antes meros passatempos temáticos com gêneros bem estabelecidos (como o próprio conceito de sitcom, a “comédia de situação”), se tornaram obras autorais, com nível de complexidade mais exigente que o cinema. Twin Peaks abriu um caminho que foi percorrido por Arquivo X, Seinfeld e Buffy – A Caça-Vampiros (que, não parece, mas é bem importante), cada um contribuindo à sua maneira, para chegarmos à chamada nova era de ouro da televisão, que pariu obras como Sopranos, The Wire, Lost, Mad Men, Walking Dead, Six Feet Under, Breaking Bad, Game of Thrones. Todos estes seriam bem diferentes – outros talvez nem existissem – não fosse a série do início dos anos 90. É o que nos lembra mais um teaser da próxima temporada, que menciona indiretamente alguns destes programas:

E são tantos teasers… Além dos que já haviam mostrado o Agente Cooper em 2017 e a volta de Angelo Badalamenti à trilha sonora, a série também lançou o teaser sobre locações que eu publiquei na semana passada e este sobre os velhos personagens hoje:

Esse outro abaixo – e, presumidamente, outros – está escondido no canal do YouTube onde a série vem publicando estes teasers e só aparece para os americanos que procuram “What is the Black Lodge?” no Google.

E vão continuar surgindo novos teasers até a data da exibição do primeiro episódio da terceira temporada, dia 21 de maio, no canal norte-americano Showtime. Mas esse excesso de publicidade me preocupa.

Porque alimenta uma expectativa que invariavelmente nos leva à frustração. E várias histórias clássicas foram ressuscitadas recentemente com alarde para encontrar produções fracas (a décima temporada de Arquivo X), forçadas (a última temporada de Arrested Development) ou vazias (como os filmes mais recentes da série Alien). Claro que há exemplos bem-sucedidos do outro lado (como a empolgante ressurreição de Battlestar Galactica, a brilhante reinvenção de Westworld e os filmes mais recentes da série Jornada e Guerra nas Estrelas), mas esse incessante bumbo batido pelo marketing da empresa me causa uma sensação ruim – além da lista de novos atores da série que inclui dezenas de nomes conhecidos (Michael Cera, Monica Belucci e até o Eddie Vedder!). Isso sem contar a inevitável máquina de memes da internet, que já está ligada no tema faz tempo – e, com a proximidade da estreia, irá aumentar sua produção consideravelmente. Como esta bela recriação que ilustrador Pakoto Martinez fez para a abertura da série:

Mas essa má sensação foi embora a partir do anúncio de que Johnny Jewell, líder do grupo norte-americano Chromatics, iria tomar conta da trilha sonora da série que não fosse escrita por seu compositor original, Angelo Badalamenti. Jewell é conhecido por sintetizar tensões em teclados vintage e vozes femininas sussurradas sobre guitarras que ecoam no espaço, em diferentes bandas sendo o Chromatics, a mais conhecida delas. E para quem questiona essa escolha, ouça o disco Windswept, que ele já lançou nas plataformas digitais. Eis sua capa:

Windswept

E o disco pode ser ouvido na íntegra na playlist abaixo:

Aí tudo faz sentido. Mesmo a Monica Belucci, o Eddie Vedder, o Michael Cera. Tudo se encaixa nesse ambiente bizarro chamado Twin Peaks.

Twin Peaks intacta

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Mais um teaser da volta do clássico seriado de David Lynch revisita endereços conhecidos mais de um quarto de século depois – veja lá no meu blog no UOL.

Estamos a menos de vinte dias da volta ao universo estranho e vulgar criado por David Lynch ao redor da pequena cidade fictícia de Twin Peaks, no noroeste dos Estados Unidos. O diretor volta à série, que deu início à era de ouro da televisão que ainda vivemos hoje, em uma improvável mas esperada terceira temporada, que além de trazer todo o elenco original ainda reúne nomes de peso para esta nova safra. Sua estreia acontece no dia 21 de maio, no canal norte-americano Showtime, que lançou mais um teaser da nova temporada. Depois de nos fazer reencontrar com a trilha de Angelo Badalamenti e com o próprio Agente Cooper, é a vez de voltarmos à própria cidade que batiza o seriado, nos reencontrando com a delegacia, a casa de Laura Palmer, suas florestas fantasmagóricas, o restaurante Double R e até o estacionamento de trailers Fat Trout.

Parecem cenas de época, mas se você reparar nos carros estacionados em frente ao restaurante perceberá que, realmente, mais de um quarto de século se passou e a cidade parece ter continuado a mesma.

De volta a Twin Peaks

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Postei lá no meu blog no UOL mais um teaser da nova temporada da clássica série de David Lynch, cuja terceira temporada estreia dia 21 de maio – e é a primeira vez que nos reencontramos com o agente Cooper…

David Lynch está atiçando a expectativa de todos a cada novidade sobre a volta de Twin Peaks. E depois de anunciar estreia da terceira temporada do seu clássico seriado para 21 de maio deste ano – um quarto de século depois da segunda temporada -, ele agora nos reapresenta a seu ótimo protagonista, o agente Dale Coooper, vivido novamente por Kyle MacLachlan, num curto teaser:

A nova temporada terá 18 episódios e reunirá praticamente todo o elenco original, entre eles Sherilyn Fenn, David Patrick Kelly, Richard Beymer , Miguel Ferrer, Sheryl Lee, Dana Ashbrook, Ray Wise e o próprio David Lynch. Além destes, a nova série ainda terá a presença de nomes conhecidos tanto da música pop (como Trent Reznor, Eddie Vedder, Sky Ferreira e Sharon Van Etten) quanto do cinema (como Amanda Seyfried, Laura Dern, Tim Roth, Naomi Watts, Michael Cera, Monica Bellucci e Ashley Judd). O primeiro episódio será duplo e o canal Showtime liberará o terceiro e o quarto episódio em sua plataforma de streaming logo após a exibição dos dois primeiros.

Twin Peaks à espreita…

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Angelo Badalamenti de volta aos teclados da fria série é mais um teaser para o 2017 de David Lynch – postei o vídeo lá no meu blog no UOL.

A terceira temporada de Twin Peaks é uma realidade e estreia no ano que vem no canal norte-americano Showtime. A série criada e acalentada por David Lynch por duas magras temporadas no início dos anos 90 não apenas estabeleceu a reputação do diretor como um dos nomes mais freaks da paisagem hollywoodiana como começou uma lenta mudança na forma e no conteúdo dos seriados de televisão que deixaram de ser sitcoms repetitivas e se tornaram as obras-primas atuais.

E enquanto a série não tem data de lançamento definida, o diretor e a emissora trabalham só com a expectativa do público, divulgando informações esparsas que deixam qualquer fã do seriado original grudado na poltrona de emoção. Já foi anunciado um elenco com mais de 200 atores, que inclui tanto parte do time original de atores – como Kyle MacLachlan, Sherilyn Fenn, David Patrick Kelly, Miguel Ferrer, Sheryl Lee, Dana Ashbrook, o próprio Lynch, Ray Wise e Russ Tamblyn, entre outros – quanto novatos na série famosos na vida real – como Eddie Vedder (do Pearl Jam), Sharon Van Etten, Monica Bellucci, Amanda Seyfried, Ashley Judd, Laura Dern, Naomi Watts, Michael Cera, Tim Roth, Trent Reznor (do Nine Inch Nails) e Sky Ferreira, entre outros.

Agora é a vez de confirmar a presença do músico e compositor Angelo Badalamenti, autor da trilha original da série, em um teaser que passeia por uma misteriosa floresta…

A trilha sonora original de Twin Peaks, de autoria de Angelo Badalamenti, acaba de ser relançada aproveitando a proximidade da nova temporada – e pela primeira vez chegou ao formato vinil graças à loja Mondo.

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O novo elenco de Twin Peaks

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Além dos nomes do elenco original, começam a surgir novatos na nova temporada da série de David Lynch, como Amanda Seyfried – falei do papel dela e de outro novo ator na série lá no meu blog no UOL.

Twin Peaks 2016!

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David Lynch está dentro e começa a gravar a terceira temporada de sua clássica série como se fosse um filme em setembro – falei disso lá no meu blog do UOL.