Bixiga 70 no Ensaio

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O Bixiga 70 participou do Ensaio da TV Cultura na semana passada e no vídeo abaixo, o broder Maurício Fleury explica a mítica por trás do quartel-general do “tenteto”, o estúdio Traquitana.

A íntegra do Roda Viva com o Bruno Torturra, da Mídia Ninja, e o Pablo Capilé, do Fora do Eixo

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Há tanto a ser comentado sobre esse momento (que conecta-se com os megaprotestos de junho de 2013, o momento pós-internet do jornalismo brasileiro e o estado da cultura nacional em 2013), mas acho que é melhor ver o que está acontecendo antes de sair falando por aí. Daí a íntegra do Roda Viva de ontem aí embaixo:

Pra quem está completamente à parte da discussão (é possível?), a Camila explica mais detalhadamente:

O Mídia Ninja (uma abreviação livre de Narrativas Independentes Jornalismo e Ação) não obedece à formalidade nem aos rituais da mídia tradicional. Suas imagens são transmitidas em tempo real, sem nenhuma edição. Não há vistas aéreas, não há tomadas a partir de postos de observação: é rua o tempo inteiro, e o ponto de vista é o mesmo do manifestante. Daí as imagens tremidas em meio à correria e os longos trechos de caminhada em busca dos pontos onde se reagrupam os dispersados. A narrativa é crua. Não tenta (nem seria capaz de) explicar ao espectador o que está acontecendo. Com seu material bruto, coloca o público no centro da ação.

Mas a quem pertencem as mochilas? A um grupo de ativistas que, depois de fazer uma cobertura ao vivo da Marcha da Liberdade, realizada em São Paulo em 28 de maio de 2011, lançou uma série de programas de debates transmitidos pela internet em um canal batizado de PósTV. Ligados a diferentes grupos militantes, a maioria deles fazia parte do Movimento Fora do Eixo, coletivo cultural fundado em 2005 por produtores de Campo Grande, MT, Rio Branco, AC, Uberlândia, MG, e Londrina, PR, com o objetivo inicial de promover músicos e bandas de todas as regiões do Brasil, em especial as situadas além do eixo Rio-São Paulo. Presente em 25 cidades, agora também se ocupa da organização de festivais e eventos no Brasil e no exterior, novamente fora do circuito comercial tradicional.

Os autointitulados ninjas, que sempre mostram a cara, expandiram sua grade de programação no primeiro turno das eleições municipais no ano passado, realizando programas diários que discutiam as diferentes candidaturas em 20 cidades do País. Para tanto, se valeram da capilaridade – e dos recursos – do Fora do Eixo. No começo deste ano, visitaram aldeias dos guaranis-caiovás no Mato Grosso do Sul para uma série de reportagens e cobriram o Fórum Social Mundial na Tunísia. Quando se preparavam para discutir linhas de pauta, alternativas de financiamento e os próximos passos da iniciativa, os 20 centavos explodiram nas ruas e os ninjas se jogaram de cabeça nos protestos.

A maioria deles não tem formação jornalística. O chamado núcleo duro, responsável pelas transmissões que ajudaram a dar visibilidade ao coletivo, é formado por cerca de dez jovens, quase todos com menos de 25 anos. A exceção é Bruno Torturra, de 34, que trabalhou na revista Trip por 11 anos como repórter, editor e diretor de redação. Ele, que ficou nos bastidores coordenando as coberturas, orientando quem estava na rua, afirma que a cobertura era guiada por instinto, por um “espírito de perdigueiro sem muito adestramento, sem processos e técnicas que são, sim, muito valiosos”.

Leia a íntegra da matéria dela aqui.

Todo o Roda Viva com os líderes do Movimento Passe Livre

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Repito: o mérito do preço da passagem ter voltado ao valor anterior ao aumento é do Movimento Passe Livre. Para quem ainda acha que esses caras são só “jovens revoltados”, vale assistir ao Roda Viva, da TV Cultura, que foi feito com dois deles – Nina Cappello e Lucas Monteiro de Oliveira -, abaixo.

 

Jorge Ben, Chico Science e a Tábua de Esmeralda

E falando no Ben (“E a Copa?”), que tal esse trecho do recém-aberto acervo do Roda Viva em que, em 1995, Chico Science pergunta ao mestre sobre seu disco mais mítico:

Chico Science: Jorge, sobre essa questão das influências, já começaram perguntando, eu queria perguntar a respeito de um disco. Um que eu acho bem bacana, para mim, é o do Ben Jor que me influencia mais, há outros também, o Tábua de Esmeralda. E eu queria saber o processo de criação desse disco e se você acredita nos deuses astronautas e na agricultura celeste?
Jorge Ben Jor: Acredito, acredito muito. Eu queria dizer que esse foi, para mim, um dos meus melhores trabalhos. Eu posso dizer para você, posso enumerar meus trabalhos, eu posso dizer rapidinho: Samba esquema novo; África Brasil, que já foi o último, mas antes da África Brasil, tem esses dois, o Tábua de esmeraldas, Solta o pavão e o África Brasil. Sendo que o Tábua de esmeraldas, esse meu trabalho na Polygram é o meu melhor trabalho, porque foi um trabalho… Na Polygram sempre tive problemas com trabalho; das pessoas meterem o dedo. Falarem: isso aí não vai vender, é um trabalho muito hermético, então eu falei, vou pedir ordem. Na época, era o André Midani que era o chefe geral, eu fui falar com ele e disse: esse é o meu trabalho, eu queria fazer esse trabalho, esse trabalho é o que eu quero fazer. Mostrei para ele e é um trabalho que eu falei: há muito tempo eu queria fazer. Eu sei que estou falando de uma filosofia que é muito difícil, estou falando dos alquimistas, estou falando da tábua de esmeraldas, estou falando da agricultura celeste, estou falando de filósofos como Paracelso, alquimista, astrólogo e médico sueco, era um herborista considerado pioneiro na farmacêutica ocidental], que tem uma música em homenagem a ele, que é O homem da gravata florida e eu estou falando de coisas que pouca gente sabe. Esse é o trabalho que eu queria fazer e é um trabalho que não vai ser…

Será que alguém descola um vídeo com isso? No site só tem um trecho (de onde eu tirei a imagem que ilustra o post, com o Jorge olhando pro Tárik de Souza, pro Cunha Jr. e pro Chico)…

Eu e Guerra nas Estrelas

Dei entrevista pra uma matéria do Metrópolis na semana passada pra falar sobre a nova caixa do Guerra nas Estrelas e as mudanças feitas por George Lucas.

Criolo, no Ensaio da TV Cultura


“Cerol”


“Subirusdoistiozin”


“Mariô”


“Freguês da Meia-noite”


“Não Existe Amor em SP”


“Lion Man”


“Sucrilhos”


“Linha de Frente”

Exibido ontem (e já posto online pela própria Cultura, vale o registro e o aplauso), o Ensaio é mais um degrau na escalada do Criolo rumo ao estrelato (outro aconteceu ao aparecer na capa da Trip, vi hoje, nem li ainda). Mas será que o resto do Brasil vai curtir? Porque ele ainda é um fenômeno paulistano – e isso sem demérito.

“Bogotá” é bônus e não passou na TV:

Roberta Martinelli na TV

A querida Roberta, que apresenta o Cultura Livre na rádio Cultura AM daqui de São Paulo, já vinha experimentando com o vídeo em seu programa há um tempinho, filmando com webcam ou celular, transmitindo via twitcam e espalhando os vídeos pelo Facebook. Deu certo – e ela começa a apresentar um pequeno bloco do programa agora na TV.

E o riso nervoso no início da entrevista é só charme, em menos de meio minuto ela já mostra que nasceu pra fazer televisão. Não para por aí, vai vendo…

“E até pode ser Baby também…”

Novos Baianos no Ensaio, em 1973. Coisa fina.

Na redação da Billboard Brasil

O Vitrine esteve lá:

Facebook no Vitrine

A visita de Mark Zuckerberg ainda fez com que a Cultura fosse lá no jornal me entrevistar sobre redes sociais – e, pra variar, só usaram um pedacinho do que eu falei (além de meter o H no meu sobrenome).