18 anos de Trabalho Sujo – a festa

trabalhosujo18anos

Sim, dezoito anos. No dia 20 de novembro de 1995 saía a primeira edição do Trabalho Sujo, ainda impresso numa página de jornal. Sempre a cargo de Alexandre Matias, a coluna virou site e chega à maioridade numa festa que promete ser histórica – afinal, vamos ocupar dois andares da Trackers com nosso experimento pop. Chamamos mais uma vez a Casa Do Mancha para cuidar de uma das pistas – e ele convocou o bamba MZK para segurar as picapes e o jovem mestre Curumin para mostrar seu Arrocha ao vivo. Na outra pista, Tiago Guiness, o capo da falecida Overdancing, chama o Kiko Costato para não deixar ninguém parado. E na terceira pista, Matias, Babee, Pattoli e Danilo fazem aquele estrago feliz que já é marca registrada da festa. Sorrisos escancarados, pernas que doem de tanto dançar, acabação feliz… Você sabe com as coisas funcionam, né?

18 ANOS DE TRABALHO SUJO
Sábado, 9 de novembro de 2013
Pista 1: Alexandre Matias, Luiz Pattoli, Babee e Danilo Cabral
Pista 2: Casa do Mancha apresenta MZK e Curumin
Pista 3: Tiago Guiness e Kiko Costato
Trackertower: R. Dom José de Barros, 337, Centro, São Paulo
A partir das 23h45.
Entrada: R$ 35 (até a 1h) e R$ 45 (em diante) apenas com nome na lista através do email noitestrabalhosujo@gmail.com.

Como foi a primeira SUSSA

foto: Helena Yoshioka

O frio do domingo era perfeito para não sair de casa, porém mais de 70 heróis compareceram ao Neu para prestigiar a primeira SUSSA, a Tarde Trabalho Sujo que começamos a fazer neste domingo. Músicas pra curtir na boa, sem afobação nem adolescência, gente legal e até comida de primeira linha (os hambúrgueres do Bruno fizeram sucesso), como dá pra sacar pelas fotos da Helena, logo abaixo. A próxima acontece no mês que vem – e quando chegar mais perto, dou novos detalhes.

 

OEsquema voltou!

…e o Trabalho Sujo também!

cabras

Baleiamos esses dias por problemas com o servidor, mas aparentemente voltamos ao normal. Aos poucos, novos posts.

Dias fora

Back Camera

Terça agora é feriado em São Paulo (é o dia da avenida 9 de julho, tão importante), por isso aproveito a folga pra descansar na minha terra-natal e suspendo os trabalhos por aqui até a quarta que vem. Até!

E o Trabalho Sujo fica duas semaninhas fora do ar…

ferias

Vou desligando as máquinas por um instante, ficar um tempinho fora do ar, na marcha lenta, até o fim do mês. Posso reaparecer vez por outra, mas naquele ritmo lento – férias, afinal. Vão me avisando das novidades aí nos comentários, que eu volto à ativa no início de junho.

Até mais e, pra quem sentir saudade, há todo um arquivo de posts esperando para ser fuçado. Escolha um mês no menu da direita e vai na fé. Outra boa opção é fuçar nos outros blogs dOEsquema. Só gente fina. Boa viagem pra gente.

10 anos de Gardenal

gardenal

Pablo lembrou-se dos dez anos da fundação do Gardenal, um dos primeiros (talvez o primeiro) coletivos de blogs no Brasil, onde este Trabalho Sujo ficou hospedado durante muito tempo e que serviu de trampolim para a criação dOEsquema. Ele lembra:

Furnari falou: “Você conhece um monte de malucos que tem blog. Você tem o seu, eu tenho o meu. Porque não convidamos esses caras para se hospedar conosco?”. As palavras talvez não tenham sido essas, mas foram bem parecidas. A ideia era pagar um servidor e hospedar os blogs dos conhecidos que tinham algo a dizer. Nós pagaríamos, e portanto poderíamos escolher quem convidar. Não entraria qualquer um, apenas quem “merecesse” de alguma forma, ou combinasse com a proposta. Afinal, estávamos fazendo aquilo tanto para nós mesmos quanto para os outros. O conceito da “filantropia digital” deve ter vindo logo em seguida. Estaríamos fazendo algum bem para as pessoas, a um baixo custo (pelo menos para nós): R$ 30 por mês, divididos entre os “donos”, mais o tempo gasto para convidar novos membros, criar layouts a partir de um template simples e cuidar de eventuais perrengues tecnológicos (e eles existiram, aos montes). Mesmo assim, parecia barato e bacana de se fazer. Na verdade, era como se precisássemos fazer – isso em uma época em que a boa reputação digital era algo que não era tão almejado (não havia redes sociais) ou era privilégio de pouquíssimos.

Na época, eu cheguei a escrever em um blog meu:

“… se você for uma pessoa legal, será convidado a visitar a comunidade virtual que estamos bolando. Filantropia Digital, se não é um slogan, é um bom pretexto para gastar dinheiro e não esperar retorno. Logo mais tem mais detalhes.”

Uma semana antes, eu já havia dado outra pista. Mas talvez eu nem soubesse ainda do que estava falando. Não me lembro.

“Mil pessoas novas, cheias de opiniões, pontos de vista, textos inteligentes, experiências desconhecidas, procedências idem, que nunca (ou pouco) vi em pessoa, mas existem na virtualidade.

O que fazer com tanta gente?
Chamar pra uma festa pode ser uma.”

A intenção que jamais admitimos era a de organizar uma festa e consequentemente se dispor a entreter todo mundo (ou pelo menos começar uma boa brincadeira). Convidamos mais um sócio, o Alberto Alerigi Jr., também amigo da PUC, que sabíamos que iria abraçar a causa na hora (e topar dividir o trabalho). Inventamos pseudônimos ridículos, para manter o mistério (Senhor Bonzinho, Senhor Afável e Senhor Simpático). Começou já trabalhoso. Convidei todos que sabia que tinham blog. E instiguei outros a começar. Convidamos o Ubiratan Leal, colega da PUC, que começou a escrever sobre futebol no Balípodo. Avisei o Alexandre Matias, que havia trabalhado comigo na Conrad, que trouxe o Trabalho Sujo. Não demorou para o próprio Matias buscar mais gente lá do Rio de Janeiro: a Lia Amâncio (Lounge), o Bruno Natal (Urbe), e, mais tarde, o Arnaldo Branco (Mau Humor). O Marca Diabo surgiu do nada, ou melhor, de Florianópolis. O Alexandre Inagaki veio em outra leva, com o Pensar Enlouquece dele, e trouxe gente a tiracolo. Acho que foi ele quem me escreveu (ou será que foi o contrário?). O Cleiton Campos, o Rogerio Motoda, o Renato Siqueira, o Artur Rodrigues, meu parceiro aqui Marcel R. Goto e o próprio Alberto, todos começaram blogs pra valer. Eu dei continuidade ao meu Pablog. E havia uma cereja no bolo, que talvez tenha sido o principal motivo pelo qual achamos que a empreitada traria algum resultado diferente: um blog feito por três meninas chamado Garotas que Dizem Ni.

O Garotas talvez fosse o produto mais bem resolvido daquele início de Gardenal.org. Vivi Agostinho, Flávia Pegorin e Clarice Passos se alternavam nas crônicas, uma por dia, e colecionavam novos fãs tão rápido quanto produziam textos de efeito. O blog saltou para o mainstream e ganhou a mídia tradicional, na forma de uma coluna em uma revista semanal e, posteriomente, um livro. Assim como muita gente, elas continuaram firmes mesmo após o fim do Gardenal. Durou até 2008.

Com certeza estou me esquecendo de muita gente que entrou com o passar dos anos: Ovelha Elétrica (Mateus Reis), B*Scene (Katia Abreu, Bárbara Lopes), Homem Grilo (Cadu Simões), Rock em Geral (Marcos Bragatto), Jornalista de Merda (André Pugliesi), Homem-Chavão (Pedro Valente, Patrick Cruz…), Churrasco Grego (Tércio Silveira, Luiz Pattoli…), Ed Ondo (Ed Lascar), Ressaca Moral (Vladimir Cunha, Doda Vilhena…), Mario AV, Marcelo Barbão, Mariana Bandarra, Marcelo Forlani, Juliano Barreto… (e com certeza acabei de ser injusto com muitos outros.) Era muito para se administrar. Chegamos a ter uns 60 sites pendurados ao mesmo tempo. E isso porque acabamos dispensando ou recusando um monte de gente boa (teve um que se deu muito bem nessa, aliás), por absoluta falta de braço (e espaço) para lidar. No meio de tudo, decidimos ajudar a bancar o projeto vendendo camisetas (parecia uma ótima ideia na época). Criamos uma estampa do logotipo e anunciamos para vender ali mesmo, na home do coletivo. Vendemos um monte, e isso até nos encorajou a investir mais dinheiro e tempo em novas estampas, que continuamos produzindo durante meses. Aliás, todo o encalhe daquela época está empilhado em um armário aqui de casa. Alguém se interessa?

Nosso esforço era pequeno, mas gigante se comparado a nossa absoluta falta de tempo livre. Criamos uma home chique e pensávamos sempre em como divulgar melhor cada blog. Ele funcionava sozinho, cada um fazendo seu pequeno negócio. Até que saímos na imprensa. Nos grandes jornais e em citações rápidas em revistas. Algumas matérias tinham até foto. Sem perceber, estávamos na crista da onda dos coletivos de blogs, que, de acordo com as pautas da época, tentavam se desvencilhar dos serviços tradicionais proporcionados por grandes corporações. No nosso caso, não era nada disso. Só queríamos fazer parte de algo legal que pudesse contribuir para cada usuário, de uma maneira ou outra. Nem estávamos preocupados com quantidade de visitantes, ou marketing promocional. Não queríamos que o negócio ficasse enorme, mas também não queríamos nos esconder. Que o negócio existisse sozinho, e que cada participante pudesse ter um pouco de prazer no processo.

“É pra ser legal”, dizíamos nas reuniões de sexta-feira, em bares ou restaurantes, sem nenhuma formalidade ou organização. O Gardenal.org não era um business. Não achávamos que havia maneira de ficar rico com aquilo. A ideia de vender o Gardenal só nos parecia viável se o interessado fosse um grande portal de notícias (o conceito de “investidores” na época inexistia para nós). Só que jamais nos esforçamos um único segundo para tirar um único centavo do negócio – exceto pelas camisetas, que enxergávamos como uma possível mina de ouro (não era).

E os problemas técnicos, causados por nossa ingenuidade, ou confiança (ou azar puro), foram minando o senso de tranquilidade que queríamos que rondasse o Gardenal.org. Não foi uma nem duas vezes que tivemos problemas com o servidor que hospedava o site (e todos os blogs de todo mundo). Quando perdemos tudo pela primeira vez, a história foi engraçada de tão trágica: os funcionários da empresa norte-americana de servidores se rebelaram e trancaram o escritório, tirando do ar todos os sites que hospedavam. Mais tarde, descobrimos que eles haviam apagado tudo. E nós, que jamais encorajamos o backup aos amigos, tivemos de explicar a cada um que o conteúdo estava perdido. Por meses a fio, esperamos pela recuperação dos dados (que para nosso desespero, jamais aconteceu).

Era uma outra internet, uma outra época, uma outra mentalidade. Nem parece que fazem só dez anos…

Off-carnaval

carnaval

Adoro carnaval, essa enorme festa sem parar, mas esse eu vou tirar pra descansar. Volto na quarta… ou na quinta. Divirtam-se!

ANALÓGICODIGITAL DOIS MIL E CREIZE

analogicodigital-verao

Ah, a festa do sábado passado… Só quem foi sabe. As fotos do Dan, abaixo, só dão uma idéia…

 

Seis vezes Trabalho Sujo!

hexasujo

Já estou ficando mal acostumado – todo ano começa com a votação de melhores do ano anterior feita pelo Scream & Yell. A de 2012 acabou de sair e entre os vários primeiros lugares apresentados lá estã o meu Trabalho Sujo mais uma vez entre os melhores blogs do ano – e pela sexta vez em seis anos consecutivos! Desta vez ficou engraçado, porque, ao juntar blogs e sites na mesma categoria, o Sujo ficou na frente do Twitter, do Facebook e do Buzzfeed. Me resta agradecer a confiança de quem me colocou neste posto e manter mais uma vez o compromisso de fazer o melhor blog do Brasil. A íntegra da votação (bem como os votos de cada um dos 119 votantes) pode ser conferida lá no S&Y.

ANALÓGICODIGITAL VERÃO 2013

analogicodigital-verao-2013

Chegou aquela hora. Aquele momento em que todas as forças se juntam para celebrar uma nova fase, uma nova etapa, um novo começo. 2013 já tem seus quase vinte dias de existência, mas a chuva e o frio em São Paulo não deixaram o ano e o verão começar plenamente – e isso é um trabalho para ANALÓGICODIGITAL. Aquele momento em que corações e mentes se unem num espaço mágico no centro da metrópole para transformar uma madrugada de sábado para domingo numa experiência psicodélica sonora que só quem já passou por lá tem idéia do que esperar.

Depois de subir a escada espiral atrás da discreta portinha em um prédio quase em uma das esquinas do Largo do Paissandu, você tem duas opções – seguindo o corredor por um dos lados, você passa pelo bar e por uma área de convivência até cair na pista Analógica, capitaneada pelo Veneno Soundystem. E o trio Peba Tropikal, Maurício Fleury e Ronaldo Evangelista recebem o argentino El Hermano del Espacio e o mestre MZK – todos armados com seus bolachões pretos cheios de grooves de diferentes épocas, países e gêneros musicias, sempre prontos para derreter as mais rígidas convicções pelo movimento dos quadris. Seguindo no outro rumo, os corredores lhes levam para o inferninho da pista digital do Trabalho Sujo de Alexandre Matias, que recebe Danilo Cabral, Luiz Pattoli e Babee Leal para mais uma celebração da história da música pop em ordem cronológica. Será que é a última vez que esse set acontece? Se eu fosse você, na dúvida, não perderia por nada.

Juntos, Veneno e Trabalho Sujo causam a ANALÓGICODIGITAL, uma grande celebração de todas as camadas do prazer a partir da boa música e do encontro com pessoas incríveis. Uma festa que já entrou na história e nos corações de seus frequentadores, sempre de surpresa, sempre alto astral, sempre sempre.

E não custa lembrar que só entra com nome na lista!

ANALÓGICODIGITAL VERÃO 2013
SÁBADO 19 DE JANEIRO DE 2013
VENENO + TRABALHO SUJO
No som os DJs: Maurício Fleury, Ronaldo Evangelista, Peba Tropikal, MZK, Hermano Del Espacio, Alexandre Matias, Luiz Pattoli, Danilo Cabral e Babee Leal.

Trackertower
Rua Dom José de Barros 337, esquina com av. São João
$25 (lista: baile@venenosoundsystem.com – só entra com nome na lista!)